Residência em psiquiatria no Brasil: análise crítica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81082005000100002 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: A psiquiatria evoluiu muito nas últimas décadas e seu estudo tornou-se, conseqüentemente, mais complexo. Os avanços em neurociências, aliados aos estudos clássicos de psicopatologia, psicofarmacologia, psicoterapia e neurologia, influenciaram grandemente o diagnóstico e o tratamento psiquiátricos. Apesar disso, a residência em psiquiatria no Brasil não se adequou a essa nova realidade. OBJETIVOS E MÉTODO: Partindo das recomendações da World Psychiatry Association (WPA), pesquisamos na Internet programas de residências brasileiros e de países das Américas e Europa. Comparamos nosso programa com as recomendações e dados do Institutional Program on the Core Training Curriculum for Psychiatry da WPA e propusemos um currículo mínimo para a residência em psiquiatria. DISCUSSÃO: Na maioria dos programas pesquisados, alguns pontos se destacam: duração mínima de 3 anos; estágio integral em neurologia por no mínimo um mês; conteúdo programático contendo psicopatologia, psicofarmacologia, teorias psicoterápicas, emergências psiquiátricas entre outras disciplinas; ensino e prática das diversas linhas psicoterápicas; abrangência das várias etapas da vida (crianças, adultos e idosos); álcool e drogas; espaços livres de que o residente pode dispor para sua formação (terapia, estudo ou pesquisa). CONCLUSÃO: O modelo brasileiro de residência em psiquiatria encontra-se defasado em relação à formação proposta pela WPA (observada em diversos países, mesmo latino-americanos). A residência necessita, seguindo modelo referenciado pela WPA e respeitando as diferenças regionais de cada escola, prover o mínimo para uma boa formação do psiquiatra. |
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