Contratransferência no atendimento inicial de vítimas de violência sexual e urbana: uma pesquisa qualitativa/quantitativa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Eizirik,Mariana
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Polanczyk,Guilherme, Schestatsky,Sidnei, Jaeger,Maria Amélia, Ceitlin,Lúcia Helena Freitas
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81082007000200011
Resumo: OBJETIVO: Avaliar a contratransferência dos terapeutas durante o atendimento inicial de pacientes mulheres vítimas de violência sexual e urbana, investigando a influência do gênero do terapeuta e da natureza e momento do trauma. MÉTODO: A amostra foi composta por 36 relatos redigidos por médicos residentes de psiquiatria do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, oriundos do atendimento de 36 pacientes. Este estudo utilizou métodos qualitativos e quantitativos para a análise dos seus dados. Os relatos foram classificados em seis grupos, conforme o gênero do terapeuta e a natureza do trauma. Foi realizada a análise de conteúdo dos relatos. Associou-se uma análise estatística dos dados. RESULTADOS: Houve predomínio de sentimentos de aproximação nos terapeutas de ambos os sexos no atendimento de vítimas de violência sexual. Entre terapeutas mulheres, a natureza do trauma (sexual ou urbano) não influenciou os padrões contratransferenciais (p = 0,7). Entre os terapeutas homens, ao contrário, a natureza do trauma influenciou de forma significativa (p = 0,044) o padrão contratransferencial, havendo um número elevado de sentimentos de distanciamento nos relatos de atendimentos de vítimas de violência urbana. CONCLUSÕES: Houve um predomínio de sentimentos de aproximação dos terapeutas de ambos os sexos no atendimento inicial de pacientes vítimas de violência sexual. Foi observado um predomínio de sentimentos de distanciamento nos terapeutas homens que atenderam vítimas de violência urbana. Mais estudos são necessários para uma melhor compreensão das relações terapêuticas nos atendimentos de vítimas de trauma psíquico.
id SPRGS-1_ad9a0ff1a3ceb29958680cc531d737f0
oai_identifier_str oai:scielo:S0101-81082007000200011
network_acronym_str SPRGS-1
network_name_str Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul
repository_id_str
spelling Contratransferência no atendimento inicial de vítimas de violência sexual e urbana: uma pesquisa qualitativa/quantitativaContratransferênciaviolência sexualviolência urbanatrauma psíquicopsicoterapiaOBJETIVO: Avaliar a contratransferência dos terapeutas durante o atendimento inicial de pacientes mulheres vítimas de violência sexual e urbana, investigando a influência do gênero do terapeuta e da natureza e momento do trauma. MÉTODO: A amostra foi composta por 36 relatos redigidos por médicos residentes de psiquiatria do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, oriundos do atendimento de 36 pacientes. Este estudo utilizou métodos qualitativos e quantitativos para a análise dos seus dados. Os relatos foram classificados em seis grupos, conforme o gênero do terapeuta e a natureza do trauma. Foi realizada a análise de conteúdo dos relatos. Associou-se uma análise estatística dos dados. RESULTADOS: Houve predomínio de sentimentos de aproximação nos terapeutas de ambos os sexos no atendimento de vítimas de violência sexual. Entre terapeutas mulheres, a natureza do trauma (sexual ou urbano) não influenciou os padrões contratransferenciais (p = 0,7). Entre os terapeutas homens, ao contrário, a natureza do trauma influenciou de forma significativa (p = 0,044) o padrão contratransferencial, havendo um número elevado de sentimentos de distanciamento nos relatos de atendimentos de vítimas de violência urbana. CONCLUSÕES: Houve um predomínio de sentimentos de aproximação dos terapeutas de ambos os sexos no atendimento inicial de pacientes vítimas de violência sexual. Foi observado um predomínio de sentimentos de distanciamento nos terapeutas homens que atenderam vítimas de violência urbana. Mais estudos são necessários para uma melhor compreensão das relações terapêuticas nos atendimentos de vítimas de trauma psíquico.Sociedade de Psiquiatria do Rio Grande do Sul2007-08-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81082007000200011Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul v.29 n.2 2007reponame:Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sulinstname:Sociedade de Psiquiatria do Rio Grande do Sul (SPRGS)instacron:SPRGS10.1590/S0101-81082007000200011info:eu-repo/semantics/openAccessEizirik,MarianaPolanczyk,GuilhermeSchestatsky,SidneiJaeger,Maria AméliaCeitlin,Lúcia Helena Freitaspor2007-12-13T00:00:00Zoai:scielo:S0101-81082007000200011Revistahttp://www.scielo.br/rprssONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||revista@aprs.org.br0101-81080101-8108opendoar:2007-12-13T00:00Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul - Sociedade de Psiquiatria do Rio Grande do Sul (SPRGS)false
dc.title.none.fl_str_mv Contratransferência no atendimento inicial de vítimas de violência sexual e urbana: uma pesquisa qualitativa/quantitativa
title Contratransferência no atendimento inicial de vítimas de violência sexual e urbana: uma pesquisa qualitativa/quantitativa
spellingShingle Contratransferência no atendimento inicial de vítimas de violência sexual e urbana: uma pesquisa qualitativa/quantitativa
Eizirik,Mariana
Contratransferência
violência sexual
violência urbana
trauma psíquico
psicoterapia
title_short Contratransferência no atendimento inicial de vítimas de violência sexual e urbana: uma pesquisa qualitativa/quantitativa
title_full Contratransferência no atendimento inicial de vítimas de violência sexual e urbana: uma pesquisa qualitativa/quantitativa
title_fullStr Contratransferência no atendimento inicial de vítimas de violência sexual e urbana: uma pesquisa qualitativa/quantitativa
title_full_unstemmed Contratransferência no atendimento inicial de vítimas de violência sexual e urbana: uma pesquisa qualitativa/quantitativa
title_sort Contratransferência no atendimento inicial de vítimas de violência sexual e urbana: uma pesquisa qualitativa/quantitativa
author Eizirik,Mariana
author_facet Eizirik,Mariana
Polanczyk,Guilherme
Schestatsky,Sidnei
Jaeger,Maria Amélia
Ceitlin,Lúcia Helena Freitas
author_role author
author2 Polanczyk,Guilherme
Schestatsky,Sidnei
Jaeger,Maria Amélia
Ceitlin,Lúcia Helena Freitas
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Eizirik,Mariana
Polanczyk,Guilherme
Schestatsky,Sidnei
Jaeger,Maria Amélia
Ceitlin,Lúcia Helena Freitas
dc.subject.por.fl_str_mv Contratransferência
violência sexual
violência urbana
trauma psíquico
psicoterapia
topic Contratransferência
violência sexual
violência urbana
trauma psíquico
psicoterapia
description OBJETIVO: Avaliar a contratransferência dos terapeutas durante o atendimento inicial de pacientes mulheres vítimas de violência sexual e urbana, investigando a influência do gênero do terapeuta e da natureza e momento do trauma. MÉTODO: A amostra foi composta por 36 relatos redigidos por médicos residentes de psiquiatria do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, oriundos do atendimento de 36 pacientes. Este estudo utilizou métodos qualitativos e quantitativos para a análise dos seus dados. Os relatos foram classificados em seis grupos, conforme o gênero do terapeuta e a natureza do trauma. Foi realizada a análise de conteúdo dos relatos. Associou-se uma análise estatística dos dados. RESULTADOS: Houve predomínio de sentimentos de aproximação nos terapeutas de ambos os sexos no atendimento de vítimas de violência sexual. Entre terapeutas mulheres, a natureza do trauma (sexual ou urbano) não influenciou os padrões contratransferenciais (p = 0,7). Entre os terapeutas homens, ao contrário, a natureza do trauma influenciou de forma significativa (p = 0,044) o padrão contratransferencial, havendo um número elevado de sentimentos de distanciamento nos relatos de atendimentos de vítimas de violência urbana. CONCLUSÕES: Houve um predomínio de sentimentos de aproximação dos terapeutas de ambos os sexos no atendimento inicial de pacientes vítimas de violência sexual. Foi observado um predomínio de sentimentos de distanciamento nos terapeutas homens que atenderam vítimas de violência urbana. Mais estudos são necessários para uma melhor compreensão das relações terapêuticas nos atendimentos de vítimas de trauma psíquico.
publishDate 2007
dc.date.none.fl_str_mv 2007-08-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81082007000200011
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81082007000200011
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0101-81082007000200011
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade de Psiquiatria do Rio Grande do Sul
publisher.none.fl_str_mv Sociedade de Psiquiatria do Rio Grande do Sul
dc.source.none.fl_str_mv Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul v.29 n.2 2007
reponame:Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul
instname:Sociedade de Psiquiatria do Rio Grande do Sul (SPRGS)
instacron:SPRGS
instname_str Sociedade de Psiquiatria do Rio Grande do Sul (SPRGS)
instacron_str SPRGS
institution SPRGS
reponame_str Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul
collection Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul
repository.name.fl_str_mv Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul - Sociedade de Psiquiatria do Rio Grande do Sul (SPRGS)
repository.mail.fl_str_mv ||revista@aprs.org.br
_version_ 1754821041270554624