A imagem do psiquiatra em filmes ganhadores do Prêmio da Academia entre 1991 e 2001
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Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81082007000100018 |
Resumo: | OBJETIVOS: Os objetivos do estudo são descrever os personagens de psiquiatras existentes em filmes vencedores de um ou mais Prêmios da Academia, entre 1991 e 2001, bem como, verificar se esses filmes transmitem mensagens negativas sobre a psiquiatria ou se apresentam retratos idealizados de profissionais, como algumas produções cinematográficas anteriores ao período estudado. MÉTODO: Foi realizada a análise de caracterização dramática dos personagens. Foram identificados os temas e as mensagens relacionados à psiquiatria presentes nas tramas para comparação com produções anteriores a 1991. RESULTADOS: Nove filmes foram selecionados e analisados 17 personagens. "O Silêncio dos Inocentes" associa psiquiatria e loucura, genialidade e doença mental, análise e canibalismo. De acordo com "As Loucuras do Rei George", "Gênio Indomável" e "Garota, Interrompida", o psiquiatra ideal tem idéias modernas, histórico semelhante ao do paciente, postura informal e demonstra emoção. "Shakespeare Apaixonado" associa a psiquiatria à magia. "Melhor é Impossível" apresenta uma representação positiva da medicação psiquiátrica. "Shine - Brilhante" e "Mente Brilhante" destacam a importância da família para a recuperação do paciente. Em "Céu Azul", a psiquiatria é usada para a interdição de uma pessoa por motivos políticos. CONCLUSÕES: Os filmes estudados não contestam a validade da psiquiatria, mas apresentam uma batalha entre a abordagem tradicional e uma não tradicional, advogando que um psiquiatra deve ser alguém fora dos padrões e excepcionalmente talentoso para ser capaz de entender e tratar uma pessoa. As críticas e as imagens negativas apresentadas nessas tramas podem ser um reflexo do profundo estigma existente na sociedade em relação aos profissionais de saúde mental e pacientes. |
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