HEMORRAGIA DIGESTIVA OCASIONAL EM CRIANÇA POR ESTRONGILOIDÍASE: IMPORTÂNCIA DO EXAME PARASITOLÓGICO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Brandelero,Evandro
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Dambrós,Bibiana Paula, Gonçalves,Elenice Messias do Nascimento, Castilho,Vera Lucia Pagliusi, Ribas,Amarildo Moro, Gaio,Maribel Emília
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Paulista de Pediatria (Ed. Português. Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-05822019000100121
Resumo: RESUMO Objetivo: Descrever um caso incomum de infecção por Strongyloides stercoralis (S. stercoralis) em paciente de quatro meses de idade e ressaltar a importância do diagnóstico precoce. Descrição do caso: Paciente masculino, procedente e residente de Videira, Santa Catarina, Brasil, nasceu pré-termo, parto cesárea, peso de nascimento 1.655 g, e permaneceu na Unidade de Terapia Intensiva neonatal e intermediária por 20 dias. Aos quatro meses de idade, começou a evacuar fezes sanguinolentas e foi feita hipótese de alergia à proteína do leite de vaca, em razão da sintomatologia e do uso da fórmula infantil para o primeiro semestre, para o qual foi indicada a substituição por fórmula infantil com proteína hidrolisada. Foram solicitados a pesquisa de leucócitos e o exame parasitológico das fezes). Ambos se mostraram positivos e o parasitológico revelou a presença de larva rabditoide de S. stercoralis. O clínico manteve a hipótese inicial e a dieta, mas solicitou a coleta de três amostras de fezes, que resultaram em uma amostra para larvas rabditoide, em muda, de S. stercoralis. Como a criança apresentava dor abdominal, vômito e as fezes permaneciam sanguinolentas, foi iniciado o tratamento com tiabendazol - duas vezes/dia por dois dias -, repetido após sete dias, e, em seguida, realizado o exame parasitológico de fezes, tendo sido negativo. Comentários: A estrongiloidíase, apesar de ser uma infecção parasitária frequentemente leve, em pacientes imunocomprometidos pode se apresentar de forma grave e disseminada. Deve-se suspeitar desse agente em pacientes que vivem em áreas endêmicas, sendo o diagnóstico estabelecido por meio da pesquisa das larvas do S. stercoralis na secreção traqueal e nas fezes.
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