DEGRADAÇÃO DO VÍNCULO PARENTAL E VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA: O USO DO GENOGRAMA FAMILIAR NA PRÁTICA CLÍNICA PEDIÁTRICA
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Paulista de Pediatria (Ed. Português. Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-05822017000200185 |
Resumo: | RESUMO Objetivo: Demonstrar a importância da utilização do genograma familiar na consulta pediátrica como ferramenta de análise da presença de degradação do vínculo parental e da violência contra a criança. Métodos: Estudo qualitativo, conduzido em 2011. A população compreendeu 63 crianças, com idades entre 2 e 6 anos, matriculadas em creche. Para a construção do genograma, a coleta dos dados se deu em quatro momentos: avaliação pediátrica na creche; entrevista dos cuidadores; entrevista dos professores; e entrevista da coordenadora da creche. Foram utilizados os dados sobre as famílias para a construção dos genogramas, com auxilio do programa GenoPro®-2016. Na avaliação da qualidade de vínculo, foram incluídos na representação do genograma: violência contra a criança, dependência química, negligência, transtorno mental, tipo de relação entre os membros da família. Resultados: As crianças e respectivas famílias avaliadas deram origem a 55 genogramas. Em 38 deles, observaram-se arranjos familiares funcionais e com vínculos afetivos próximos ou muito próximos. Em 17 dos casos, evidenciaram-se situações que envolviam violência física, emocional ou sexual contra as crianças. Dentre esses, quatro representavam casos mais extremos, com esgarçamento do vinculo parental e arranjos familiares disfuncionais. Nessas famílias predominava a dependência química de múltiplos membros, transtorno mental grave, agressões física e verbal persistentes e abuso sexual. Conclusões: A utilização do genograma auxilia na identificação precoce da degradação do vínculo parental e da violência praticada contra a criança e, quando incorporada à prática pediátrica rotineira, pode contribuir para a promoção de uma assistência integral à saúde da criança, independentemente da presença de vulnerabilidades social. |
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