Caracterização das argamassas das edificações históricas do Engenho Monjope-PE.
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNICAP |
Texto Completo: | http://tede2.unicap.br:8080/handle/tede/1310 |
Resumo: | Este trabalho apresenta o estudo realizado no Engenho Monjope, situado no município de Igarassu, em Pernambuco. Esta pesquisa trata da caracterização das argamassas de revestimento e assentamento coletadas das quatro principais edificações do Engenho: Casa Grande, Capela, Senzala e Fábrica, a fim de se obter um maior conhecimento acerca dos componentes destas argamassas de épocas possivelmente distintas, já que o Engenho tem sua história iniciada no século XVII estando o mesmo em atividade até o início do século XX, passando por um período de abandono, até 1986, quando finalmente a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE) iniciou o processo de tombamento do Engenho, visando salvaguardar este patrimônio. Todas as amostras coletadas tiveram suas cores especificadas pelo sistema de Notação Munsell e foram observadas em lupas de 10x de aumento. O teste de absorção do tubo de Kansten foi realizado in situ nas argamassas de revestimento. Em todos os testemunhos retirados foram realizadas análises estruturais pela difratometria de Raios X (DRX), espectroscópicas através da Espectroscopia no Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR) e também microestruturais e composicionais pelo ensaio de Microscopia Eletrônica de Varredura com dispersão de energia (MEV-EDS). Tais ensaios possibilitaram a análise da permeabilidade à água, a determinação da natureza e dos componentes mineralógicos, a identificação de compostos orgânicos e a descrição da morfologia dos constituintes. Desta forma, foi possível determinar os prováveis aglomerantes e agregados de cada argamassa. Com base nos resultados obtidos, é possível concluir que as argamassas do Engenho Monjope continham em seu aglomerante cales oriundas de rochas calcárias, rochas sedimentares de origem marinha, conchas de moluscos bivalves e ainda de dentes e ossos de animais vertebrados. Quanto aos agregados, os picos apontados no DRX e no FTIR, a morfologia apontada pelo MEV e o mapa geral do EDS apontam materiais arenosos e argilosos. Também foi observado que as edificações menos nobres apresentavam uma argamassa de teor mais bastardo, enquanto as edificações que simbolizavam prosperidade econômica possuíam uma argamassa esbranquiçada, mais rica em cal. |
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Esta pesquisa trata da caracterização das argamassas de revestimento e assentamento coletadas das quatro principais edificações do Engenho: Casa Grande, Capela, Senzala e Fábrica, a fim de se obter um maior conhecimento acerca dos componentes destas argamassas de épocas possivelmente distintas, já que o Engenho tem sua história iniciada no século XVII estando o mesmo em atividade até o início do século XX, passando por um período de abandono, até 1986, quando finalmente a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE) iniciou o processo de tombamento do Engenho, visando salvaguardar este patrimônio. Todas as amostras coletadas tiveram suas cores especificadas pelo sistema de Notação Munsell e foram observadas em lupas de 10x de aumento. O teste de absorção do tubo de Kansten foi realizado in situ nas argamassas de revestimento. Em todos os testemunhos retirados foram realizadas análises estruturais pela difratometria de Raios X (DRX), espectroscópicas através da Espectroscopia no Infravermelho com Transformada de Fourier (FTIR) e também microestruturais e composicionais pelo ensaio de Microscopia Eletrônica de Varredura com dispersão de energia (MEV-EDS). Tais ensaios possibilitaram a análise da permeabilidade à água, a determinação da natureza e dos componentes mineralógicos, a identificação de compostos orgânicos e a descrição da morfologia dos constituintes. Desta forma, foi possível determinar os prováveis aglomerantes e agregados de cada argamassa. Com base nos resultados obtidos, é possível concluir que as argamassas do Engenho Monjope continham em seu aglomerante cales oriundas de rochas calcárias, rochas sedimentares de origem marinha, conchas de moluscos bivalves e ainda de dentes e ossos de animais vertebrados. Quanto aos agregados, os picos apontados no DRX e no FTIR, a morfologia apontada pelo MEV e o mapa geral do EDS apontam materiais arenosos e argilosos. Também foi observado que as edificações menos nobres apresentavam uma argamassa de teor mais bastardo, enquanto as edificações que simbolizavam prosperidade econômica possuíam uma argamassa esbranquiçada, mais rica em cal.Este trabalho apresenta o estudo realizado no Engenho Monjope, situado no município de Igarassu, em Pernambuco. Esta pesquisa trata da caracterização das argamassas de revestimento e assentamento coletadas das quatro principais edificações do Engenho: Casa Grande, Capela, Senzala e Fábrica, a fim de se obter um maior conhecimento acerca dos componentes destas argamassas de épocas possivelmente distintas, já que o Engenho tem sua história iniciada no século XVII estando o mesmo em atividade até o início do século XX, passando por um período de abandono, até 1986, quando finalmente a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (FUNDARPE) iniciou o processo de tombamento do Engenho, visando salvaguardar este patrimônio. Todas as amostras coletadas tiveram suas cores especificadas pelo sistema de Notação Munsell e foram observadas em lupas de 10x de aumento. O teste de absorção do tubo de Kansten foi realizado in situ nas argamassas de revestimento. 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