Caminhos tortuosos sob o signo da ruptura: sobre a céu aberto e a pós-modernidade

• Autor(a) principal: Pereira, Glauanne Crystina Andrade
• Data de Publicação: 2011
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UCB
• Texto Completo: https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/8481
• topic: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS; Pós-modernidade; João Gilberto Noll; Literatura brasileira contemporânea; Ficção e realidade

Em A céu aberto, adentramos a vida de um personagem fragmentário que perambula pelos caminhos da vida sem ter destino. Fica-nos a dúvida se seria isso uma referência à contemporaneidade, e mais especificamente ao fenômeno da pós-modernidade. Para que cheguemos à resposta é necessário entender o que é de fato esse fenômeno histórico, o que o precede, tudo que lhe deu originou e que é por ele reinventado. A partir do momento em que sabemos o que está realmente sendo rompido, podemos compreender a essência da pósmodernidade e consequentemente ir ao cerne da obra. São, posteriormente, sobressaltadas rupturas e tortuosidades da própria narrativa em sua escrita e estrutura, que mostram seu diferencial em relação a toda tradição clássica e seu abrigo sob a denominação de pósmoderna. A relação entre a obra e a realidade não-ficcional é investigada até que cheguemos à definição que a mostra como repetição desta, mas não simples cópia. A obra de João Gilberto Noll nos aparece como uma forma exagerada de exibição da realidade, que conserva determinadas características e as infla, e permeando-as com sua poeticidade peculiar.