Distribuição espacial de Tabebuia impetiginosa (mart. Ex dc.) Standl. e Tabebuia serratifolia (Vahl) G. Nicholson, em uma floresta estacional, Goiás, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bernardes, Luciana Aparecida
Data de Publicação: 2008
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UCB
Texto Completo: https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/12295
Resumo: O gênero Tabebuia (Bignoniaceae) possui distribuição ampla, sendo comum na América Tropical. Tabebuia impetiginosa (Mart. ex DC.) Standl. e Tabebuia serratifolia (Vahl) G. Nicholson são decíduas e heliófitas, apresentando frutos encapsulados, com numerosas sementes aladas com dispersão anemocórica. Estas espécies além de serem típicas das Florestas Estacionais que estão entre as formações florestais mais ameaçadas dos trópicos, também estão sob forte ameaça, pois sofrem elevado grau de exploração. O objetivo deste estudo foi identificar o padrão de distribuição espacial, bem como descrever a estrutura da população de T. impetiginosa e T. serratifolia em uma floresta estacional semidecídua no Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco, Goiás, Brasil. O estudo foi realizado de julho a dezembro de 2007, onde foram demarcados cinco transectos, distantes 150 m entre si, subdivididos em oito parcelas contíguas de 20 x 20 m, totalizando uma área de 1,6 ha. Foram medidos a altura e os diâmetros a altura do solo (DAS) e do peito (DAP) para todos os indivíduos em todos os estágios ontogenéticos. Utilizou-se o índice de Morisita (IM), a Razão variância/média (R) e a função K de Ripley para identificação do padrão de distribuição espacial. O coeficiente de correlação linear (r) foi utilizado para verificar a correlação entre o número de indivíduos de mudas e de adultos nas 40 parcelas. Foram registrados 41 indivíduos de T. impetiginosa e 174 indivíduos de T. serratifolia, com alturas variando de 0,11 a 16 m. A maior parte dos indivíduos concentrou-se na categoria muda. Ambas as espécies demonstraram distribuição agrupada, sendo que os indivíduos de T. serratifolia mostraram-se mais agrupados (IM = 3,70; R = 13,00) do que os indivíduos de T. impetiginosa (IM = 1,90; R=1,93). A distribuição de freqüências dos indivíduos nas classes de diâmetro e para as classes de altura mostrou-se do tipo J-invertido para ambas as espécies. O Coeficiente de Correlação Linear entre a densidade de mudas e adultos encontrado demonstrou baixa correlação positiva para T. impetiginosa (r = 0,035; P < 0,05), e para T. serratifolia (r = 0,054; P < 0,05). A concentração de indivíduos na categoria de mudas sugere capacidade de regeneração e manutenção de nascimento e mortalidade, podendo refletir um aumento no crescimento da população. Correlações positivas entre estágios ontogenéticos podem indicar que a variação no número de indivíduos dentro de uma categoria influencia a distribuição espacial de demais categorias dentro de uma população.
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spelling Munhoz, Cássia Beatriz RodriguesBernardes, Luciana Aparecida2019-09-20T20:46:08Z2019-07-262019-09-20T20:46:08Z2008-11BERNARDES, Luciana Aparecida. Distribuição espacial de Tabebuia impetiginosa (mart. Ex dc.) Standl. e Tabebuia serratifolia (Vahl) G. Nicholson, em uma floresta estacional, Goiás, Brasil. 2008. 31 f. Monografia (Graduação em Ciências Biológicas) – Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2008.https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/12295O gênero Tabebuia (Bignoniaceae) possui distribuição ampla, sendo comum na América Tropical. Tabebuia impetiginosa (Mart. ex DC.) Standl. e Tabebuia serratifolia (Vahl) G. Nicholson são decíduas e heliófitas, apresentando frutos encapsulados, com numerosas sementes aladas com dispersão anemocórica. Estas espécies além de serem típicas das Florestas Estacionais que estão entre as formações florestais mais ameaçadas dos trópicos, também estão sob forte ameaça, pois sofrem elevado grau de exploração. O objetivo deste estudo foi identificar o padrão de distribuição espacial, bem como descrever a estrutura da população de T. impetiginosa e T. serratifolia em uma floresta estacional semidecídua no Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco, Goiás, Brasil. O estudo foi realizado de julho a dezembro de 2007, onde foram demarcados cinco transectos, distantes 150 m entre si, subdivididos em oito parcelas contíguas de 20 x 20 m, totalizando uma área de 1,6 ha. Foram medidos a altura e os diâmetros a altura do solo (DAS) e do peito (DAP) para todos os indivíduos em todos os estágios ontogenéticos. Utilizou-se o índice de Morisita (IM), a Razão variância/média (R) e a função K de Ripley para identificação do padrão de distribuição espacial. O coeficiente de correlação linear (r) foi utilizado para verificar a correlação entre o número de indivíduos de mudas e de adultos nas 40 parcelas. Foram registrados 41 indivíduos de T. impetiginosa e 174 indivíduos de T. serratifolia, com alturas variando de 0,11 a 16 m. A maior parte dos indivíduos concentrou-se na categoria muda. Ambas as espécies demonstraram distribuição agrupada, sendo que os indivíduos de T. serratifolia mostraram-se mais agrupados (IM = 3,70; R = 13,00) do que os indivíduos de T. impetiginosa (IM = 1,90; R=1,93). A distribuição de freqüências dos indivíduos nas classes de diâmetro e para as classes de altura mostrou-se do tipo J-invertido para ambas as espécies. O Coeficiente de Correlação Linear entre a densidade de mudas e adultos encontrado demonstrou baixa correlação positiva para T. impetiginosa (r = 0,035; P < 0,05), e para T. serratifolia (r = 0,054; P < 0,05). A concentração de indivíduos na categoria de mudas sugere capacidade de regeneração e manutenção de nascimento e mortalidade, podendo refletir um aumento no crescimento da população. Correlações positivas entre estágios ontogenéticos podem indicar que a variação no número de indivíduos dentro de uma categoria influencia a distribuição espacial de demais categorias dentro de uma população.The genus Tabebuia (Bignoniaceae) have broad distribution and is common in tropical America. Tabebuia impetiginosa (Mart. ex DC.) Standl. and Tabebuia serratifolia (Vahl) G. Nicholson are deciduous and helophyte featuring fruits encapsulated, with numerous winged seed dispersal with anemochorous. These species in addition to the typical seasonal forests that are among the most endangered forest formations of the tropics, are also under great threat because suffering high degree of exploration. The aim of this study was to identify the pattern of spatial distribution and describe the structure of the population of T. impetiginosa and T. serratifolia in a semideciduous seasonal forest in the Altamiro de Moura Pacheco Park, Goias, Brazil. The study was conducted from July to December 2007, which were demarcated five transects, 150 m away from each other, subdivided into eight contiguous plots of 20 x 20 m, totaling an area of 1.6 ha. We measured the height and diameter at soil height (DSH) and breast (DBH) for all individuals in all stages ontogenetics. We used the Morisita Index (MI), the Ratio variance/mean (R) and Ripley’s K function to identify the pattern of spatial distribution. The linear correlation coefficient (r) was used to determine the correlation between the number of individuals of seedlings and adults in 40 plots. 41 individuals were registered for T. impetiginosa and 174 individuals of T. serratifolia, with heights ranging from 0.11 to 16 m. Most individuals focused on the category seedlings. Both species have grouped distribution, and the individuals of T. serratifolia were more clustered (MI = 3.70; R = 13.00) than those of T. impetiginosa (MI = 1.90; R = 1.93). The distribution of frequencies of individuals in the classes of diameter and in the classes of height proved to be the type J-inverted for both species. The Linear Correlation Coefficient between the density of seedlings and adults has found positive low correlation for T. impetiginosa (r = 0035, P < 0.05), and for T. serratifolia (r = 0054, P < 0.05). The concentration of individuals in the category of seedlings suggests capacity for regeneration and maintenance of birth and mortality may reflect an increase in population growth. Positive correlations between stages ontogenetics may indicate that the variation in the number of individuals within a category influences the spatial distribution of other categories within a population.Submitted by Maria José Martins (mmartins@ucb.br) on 2019-07-26T13:32:01Z No. of bitstreams: 1 LucianaAparecidaBernardesTCCGraduacao2008.pdf: 581705 bytes, checksum: 37bf066f0e1c277ceedc17e7657247ad (MD5)Approved for entry into archive by Sara Ribeiro (sara.ribeiro@ucb.br) on 2019-09-20T20:46:08Z (GMT) No. of bitstreams: 1 LucianaAparecidaBernardesTCCGraduacao2008.pdf: 581705 bytes, checksum: 37bf066f0e1c277ceedc17e7657247ad (MD5)Made available in DSpace on 2019-09-20T20:46:08Z (GMT). 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The genus Tabebuia (Bignoniaceae) have broad distribution and is common in tropical America. Tabebuia impetiginosa (Mart. ex DC.) Standl. and Tabebuia serratifolia (Vahl) G. Nicholson are deciduous and helophyte featuring fruits encapsulated, with numerous winged seed dispersal with anemochorous. These species in addition to the typical seasonal forests that are among the most endangered forest formations of the tropics, are also under great threat because suffering high degree of exploration. The aim of this study was to identify the pattern of spatial distribution and describe the structure of the population of T. impetiginosa and T. serratifolia in a semideciduous seasonal forest in the Altamiro de Moura Pacheco Park, Goias, Brazil. The study was conducted from July to December 2007, which were demarcated five transects, 150 m away from each other, subdivided into eight contiguous plots of 20 x 20 m, totaling an area of 1.6 ha. We measured the height and diameter at soil height (DSH) and breast (DBH) for all individuals in all stages ontogenetics. We used the Morisita Index (MI), the Ratio variance/mean (R) and Ripley’s K function to identify the pattern of spatial distribution. The linear correlation coefficient (r) was used to determine the correlation between the number of individuals of seedlings and adults in 40 plots. 41 individuals were registered for T. impetiginosa and 174 individuals of T. serratifolia, with heights ranging from 0.11 to 16 m. Most individuals focused on the category seedlings. Both species have grouped distribution, and the individuals of T. serratifolia were more clustered (MI = 3.70; R = 13.00) than those of T. impetiginosa (MI = 1.90; R = 1.93). The distribution of frequencies of individuals in the classes of diameter and in the classes of height proved to be the type J-inverted for both species. The Linear Correlation Coefficient between the density of seedlings and adults has found positive low correlation for T. impetiginosa (r = 0035, P < 0.05), and for T. serratifolia (r = 0054, P < 0.05). The concentration of individuals in the category of seedlings suggests capacity for regeneration and maintenance of birth and mortality may reflect an increase in population growth. Positive correlations between stages ontogenetics may indicate that the variation in the number of individuals within a category influences the spatial distribution of other categories within a population.
description O gênero Tabebuia (Bignoniaceae) possui distribuição ampla, sendo comum na América Tropical. Tabebuia impetiginosa (Mart. ex DC.) Standl. e Tabebuia serratifolia (Vahl) G. Nicholson são decíduas e heliófitas, apresentando frutos encapsulados, com numerosas sementes aladas com dispersão anemocórica. Estas espécies além de serem típicas das Florestas Estacionais que estão entre as formações florestais mais ameaçadas dos trópicos, também estão sob forte ameaça, pois sofrem elevado grau de exploração. O objetivo deste estudo foi identificar o padrão de distribuição espacial, bem como descrever a estrutura da população de T. impetiginosa e T. serratifolia em uma floresta estacional semidecídua no Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco, Goiás, Brasil. O estudo foi realizado de julho a dezembro de 2007, onde foram demarcados cinco transectos, distantes 150 m entre si, subdivididos em oito parcelas contíguas de 20 x 20 m, totalizando uma área de 1,6 ha. Foram medidos a altura e os diâmetros a altura do solo (DAS) e do peito (DAP) para todos os indivíduos em todos os estágios ontogenéticos. Utilizou-se o índice de Morisita (IM), a Razão variância/média (R) e a função K de Ripley para identificação do padrão de distribuição espacial. O coeficiente de correlação linear (r) foi utilizado para verificar a correlação entre o número de indivíduos de mudas e de adultos nas 40 parcelas. Foram registrados 41 indivíduos de T. impetiginosa e 174 indivíduos de T. serratifolia, com alturas variando de 0,11 a 16 m. A maior parte dos indivíduos concentrou-se na categoria muda. Ambas as espécies demonstraram distribuição agrupada, sendo que os indivíduos de T. serratifolia mostraram-se mais agrupados (IM = 3,70; R = 13,00) do que os indivíduos de T. impetiginosa (IM = 1,90; R=1,93). A distribuição de freqüências dos indivíduos nas classes de diâmetro e para as classes de altura mostrou-se do tipo J-invertido para ambas as espécies. O Coeficiente de Correlação Linear entre a densidade de mudas e adultos encontrado demonstrou baixa correlação positiva para T. impetiginosa (r = 0,035; P < 0,05), e para T. serratifolia (r = 0,054; P < 0,05). A concentração de indivíduos na categoria de mudas sugere capacidade de regeneração e manutenção de nascimento e mortalidade, podendo refletir um aumento no crescimento da população. Correlações positivas entre estágios ontogenéticos podem indicar que a variação no número de indivíduos dentro de uma categoria influencia a distribuição espacial de demais categorias dentro de uma população.
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