Ecologia de percevejos-praga (Hemiptera: Pentatomidae) e seus parasitóides de ovos (Hymenoptera: Scelionidae)
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2007 |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UCB |
Texto Completo: | https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/12525 |
Resumo: | Para um uso eficaz de parasitóides como agentes de controle, é preciso conhecer aspectos da bioecologia destes insetos e de seus hospedeiros. Neste trabalho, realizaram-se estudos numa área experimental que consistiu em um campo de soja de 3 ha, delimitado por uma área de vegetação natural (mata ciliar), uma área de restos de cultura de entressafra (sorgo), uma área de pastagem e uma área da própria cultura (12 ha). O trabalho esteve orientado para determinar a dinâmica de colonização da cultura por percevejos e seus inimigos naturais (parasitóides de ovos), as flutuações populacionais dessas duas guildas de insetos e o índice de parasitismo. Foram utilizadas redes entomológicas e panos de batida para a amostragem de percevejos e, armadilhas adesivas e cartelas de ovos sentinela para a amostragem de parasitóides de ovos, distribuídos em parcelas de 2500 m2 na cultura e nas áreas vizinhas, com monitoramento semanal durante todo o ciclo da cultura. Os resultados obtidos indicam que a estrutura da vegetação adjacente às áreas cultivadas influenciou na dinâmica de colonização das culturas pelos percevejos e os parasitóides. A colonização da cultura foi iniciada no período reprodutivo (inicio da floração), e os percevejos a colonizaram, principalmente a partir de áreas previamente cultivadas com sorgo. Foi constatada uma influência importante das plantas invasoras na distribuição dos percevejos, já que parcelas com alta densidade de picão (Bidens pilosa) e carrapicho de carneiro (Acanthospermum hispidum) apresentaram os maiores índices de percevejos na cultura. A dinâmica de colonização da cultura pelos parasitóides mostrou o mesmo efeito. A influência de áreas com vegetação nativa (mata de galeria) nas populações de percevejos e parasitóides foi pouco relevante. Os resultados deste trabalho sugerem que a colonização e as flutuações de percevejos e parasitóides em áreas cultivadas está fortemente condicionada pela vegetação adjacente, principalmente de culturas de entressafra e pelas plantas invasoras. Este fato deve ser considerado em programas de manejo de percevejos-praga, principalmente aqueles baseados em uso de controle biológico com parasitóides de ovos. Contudo, para uma melhor compreensão dos efeitos da diversidade vegetal na dinâmica ecológica de percevejos e seus inimigos naturais, é necessário estender estes estudos em uma maior escala espaço temporal. |
id |
UCB-2_3ee73fe0b71943cf1523a764eb4bc4ad |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:200.214.135.189:123456789/12525 |
network_acronym_str |
UCB-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UCB |
spelling |
Laumann, Raúl AlbertoVieira, Cecília Rodrigues2019-11-04T11:33:18Z2019-10-282019-11-04T11:33:18Z2007-06VIEIRA, Cecília Rodrigues. Ecologia de percevejos-praga (Hemiptera: Pentatomidae) e seus parasitóides de ovos (Hymenoptera: Scelionidae). 2007. 38 f. Monografia (Graduação em Ciências Biológicas) – Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2007.https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/12525Para um uso eficaz de parasitóides como agentes de controle, é preciso conhecer aspectos da bioecologia destes insetos e de seus hospedeiros. Neste trabalho, realizaram-se estudos numa área experimental que consistiu em um campo de soja de 3 ha, delimitado por uma área de vegetação natural (mata ciliar), uma área de restos de cultura de entressafra (sorgo), uma área de pastagem e uma área da própria cultura (12 ha). O trabalho esteve orientado para determinar a dinâmica de colonização da cultura por percevejos e seus inimigos naturais (parasitóides de ovos), as flutuações populacionais dessas duas guildas de insetos e o índice de parasitismo. Foram utilizadas redes entomológicas e panos de batida para a amostragem de percevejos e, armadilhas adesivas e cartelas de ovos sentinela para a amostragem de parasitóides de ovos, distribuídos em parcelas de 2500 m2 na cultura e nas áreas vizinhas, com monitoramento semanal durante todo o ciclo da cultura. Os resultados obtidos indicam que a estrutura da vegetação adjacente às áreas cultivadas influenciou na dinâmica de colonização das culturas pelos percevejos e os parasitóides. A colonização da cultura foi iniciada no período reprodutivo (inicio da floração), e os percevejos a colonizaram, principalmente a partir de áreas previamente cultivadas com sorgo. Foi constatada uma influência importante das plantas invasoras na distribuição dos percevejos, já que parcelas com alta densidade de picão (Bidens pilosa) e carrapicho de carneiro (Acanthospermum hispidum) apresentaram os maiores índices de percevejos na cultura. A dinâmica de colonização da cultura pelos parasitóides mostrou o mesmo efeito. A influência de áreas com vegetação nativa (mata de galeria) nas populações de percevejos e parasitóides foi pouco relevante. Os resultados deste trabalho sugerem que a colonização e as flutuações de percevejos e parasitóides em áreas cultivadas está fortemente condicionada pela vegetação adjacente, principalmente de culturas de entressafra e pelas plantas invasoras. Este fato deve ser considerado em programas de manejo de percevejos-praga, principalmente aqueles baseados em uso de controle biológico com parasitóides de ovos. Contudo, para uma melhor compreensão dos efeitos da diversidade vegetal na dinâmica ecológica de percevejos e seus inimigos naturais, é necessário estender estes estudos em uma maior escala espaço temporal.For an efficient use of parasitoids as biological control agents their bioecology and of their hosts need to be knowledge. In this work were conducted field studies in a area of soybean of 3 ha, boarding by natural vegetation (mata ciliar), rest or sorghum culture from winter cropping, a pasture area and the own culture (10 ha). The work was oriented to establish the colonization dynamic of the culture by stink-bugs and their natural enemies (egg parasitoids), population fluctuation of this guilds and parasitism indexes. Sticky traps, sampling cloth and sentinels eggs distributed in survey areas of were used in 2500 m2 areas in the culture and in the neighbor areas, with weekly surveys during all the culture cycle. Results show that vegetation structure near cultivated fields influenced the colonization dynamics of soybean by stink-bugs and parasitoids. The colonization of the culture was initiated in the reproductive period (flowering), the stinkbugs ingress in the soybean field, principally, from areas previously cropping with sorghum. Weeds and invasive plans show important influence in the distribution of stinkbugs in the soybean field. Areas with high densities of Bidens pilosa and Acanthospermum hispidum show higher median value of stink-bugs. Colonization dynamics of culture by parasitoids show the same trends. Native vegetation doesn’t show a relevant influence in stink-bug or parasitoid populations. Results of this work may indicate that colonization and fluctuation of stink-bugs and parasitoids in cultivated areas it’s hardly conditioned by neighboring vegetation, principally by winter crops and by weeds or invasive plants. This fact may be considered in stink-bug management programs, specially those that use biological control with egg parasitoids. However, for a better comprehend of effects of vegetal diversity in the ecological dynamics of stink-bugs and their natural enemies, it’s necessary extend this studies in a bigger space-temporal scale.Submitted by Maria José Martins (mmartins@ucb.br) on 2019-10-28T16:53:37Z No. of bitstreams: 1 CecíliaRodriguesVieiraTCCGraduacao2007.pdf: 858088 bytes, checksum: 0de80e40f32f5b34666e836de05fd380 (MD5)Approved for entry into archive by Sara Ribeiro (sara.ribeiro@ucb.br) on 2019-11-04T11:33:18Z (GMT) No. of bitstreams: 1 CecíliaRodriguesVieiraTCCGraduacao2007.pdf: 858088 bytes, checksum: 0de80e40f32f5b34666e836de05fd380 (MD5)Made available in DSpace on 2019-11-04T11:33:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 CecíliaRodriguesVieiraTCCGraduacao2007.pdf: 858088 bytes, checksum: 0de80e40f32f5b34666e836de05fd380 (MD5) Previous issue date: 2007-06porUniversidade Católica de BrasíliaCiências Biológicas (Graduação)UCBBrasilEscola de Exatas, Arquitetura e Meio AmbienteCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICASPentatomídeosParasitóides de ovosControle biológicoBioecologiaEcologia de percevejos-praga (Hemiptera: Pentatomidae) e seus parasitóides de ovos (Hymenoptera: Scelionidae)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UCBinstname:Universidade Católica de Brasília (UCB)instacron:UCBTEXTCecíliaRodriguesVieiraTCCGraduacao2007.pdf.txtCecíliaRodriguesVieiraTCCGraduacao2007.pdf.txtExtracted texttext/plain63279https://200.214.135.178:9443/jspui/bitstream/123456789/12525/3/Cec%c3%adliaRodriguesVieiraTCCGraduacao2007.pdf.txt54688ca05e56f4e15076ca46225711ccMD53ORIGINALCecíliaRodriguesVieiraTCCGraduacao2007.pdfCecíliaRodriguesVieiraTCCGraduacao2007.pdfMonografiaapplication/pdf858088https://200.214.135.178:9443/jspui/bitstream/123456789/12525/1/Cec%c3%adliaRodriguesVieiraTCCGraduacao2007.pdf0de80e40f32f5b34666e836de05fd380MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81869https://200.214.135.178:9443/jspui/bitstream/123456789/12525/2/license.txt4d5160124c10e76e035be9c2700508e4MD52123456789/125252020-06-09 03:46:34.017TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhbnRlIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de Publicaçõeshttps://repositorio.ucb.br:9443/jspui/ |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Ecologia de percevejos-praga (Hemiptera: Pentatomidae) e seus parasitóides de ovos (Hymenoptera: Scelionidae) |
title |
Ecologia de percevejos-praga (Hemiptera: Pentatomidae) e seus parasitóides de ovos (Hymenoptera: Scelionidae) |
spellingShingle |
Ecologia de percevejos-praga (Hemiptera: Pentatomidae) e seus parasitóides de ovos (Hymenoptera: Scelionidae) Vieira, Cecília Rodrigues CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS Pentatomídeos Parasitóides de ovos Controle biológico Bioecologia |
title_short |
Ecologia de percevejos-praga (Hemiptera: Pentatomidae) e seus parasitóides de ovos (Hymenoptera: Scelionidae) |
title_full |
Ecologia de percevejos-praga (Hemiptera: Pentatomidae) e seus parasitóides de ovos (Hymenoptera: Scelionidae) |
title_fullStr |
Ecologia de percevejos-praga (Hemiptera: Pentatomidae) e seus parasitóides de ovos (Hymenoptera: Scelionidae) |
title_full_unstemmed |
Ecologia de percevejos-praga (Hemiptera: Pentatomidae) e seus parasitóides de ovos (Hymenoptera: Scelionidae) |
title_sort |
Ecologia de percevejos-praga (Hemiptera: Pentatomidae) e seus parasitóides de ovos (Hymenoptera: Scelionidae) |
author |
Vieira, Cecília Rodrigues |
author_facet |
Vieira, Cecília Rodrigues |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Laumann, Raúl Alberto |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Vieira, Cecília Rodrigues |
contributor_str_mv |
Laumann, Raúl Alberto |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS |
topic |
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS Pentatomídeos Parasitóides de ovos Controle biológico Bioecologia |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Pentatomídeos Parasitóides de ovos Controle biológico Bioecologia |
dc.description.abstract.por.fl_txt_mv |
Para um uso eficaz de parasitóides como agentes de controle, é preciso conhecer aspectos da bioecologia destes insetos e de seus hospedeiros. Neste trabalho, realizaram-se estudos numa área experimental que consistiu em um campo de soja de 3 ha, delimitado por uma área de vegetação natural (mata ciliar), uma área de restos de cultura de entressafra (sorgo), uma área de pastagem e uma área da própria cultura (12 ha). O trabalho esteve orientado para determinar a dinâmica de colonização da cultura por percevejos e seus inimigos naturais (parasitóides de ovos), as flutuações populacionais dessas duas guildas de insetos e o índice de parasitismo. Foram utilizadas redes entomológicas e panos de batida para a amostragem de percevejos e, armadilhas adesivas e cartelas de ovos sentinela para a amostragem de parasitóides de ovos, distribuídos em parcelas de 2500 m2 na cultura e nas áreas vizinhas, com monitoramento semanal durante todo o ciclo da cultura. Os resultados obtidos indicam que a estrutura da vegetação adjacente às áreas cultivadas influenciou na dinâmica de colonização das culturas pelos percevejos e os parasitóides. A colonização da cultura foi iniciada no período reprodutivo (inicio da floração), e os percevejos a colonizaram, principalmente a partir de áreas previamente cultivadas com sorgo. Foi constatada uma influência importante das plantas invasoras na distribuição dos percevejos, já que parcelas com alta densidade de picão (Bidens pilosa) e carrapicho de carneiro (Acanthospermum hispidum) apresentaram os maiores índices de percevejos na cultura. A dinâmica de colonização da cultura pelos parasitóides mostrou o mesmo efeito. A influência de áreas com vegetação nativa (mata de galeria) nas populações de percevejos e parasitóides foi pouco relevante. Os resultados deste trabalho sugerem que a colonização e as flutuações de percevejos e parasitóides em áreas cultivadas está fortemente condicionada pela vegetação adjacente, principalmente de culturas de entressafra e pelas plantas invasoras. Este fato deve ser considerado em programas de manejo de percevejos-praga, principalmente aqueles baseados em uso de controle biológico com parasitóides de ovos. Contudo, para uma melhor compreensão dos efeitos da diversidade vegetal na dinâmica ecológica de percevejos e seus inimigos naturais, é necessário estender estes estudos em uma maior escala espaço temporal. For an efficient use of parasitoids as biological control agents their bioecology and of their hosts need to be knowledge. In this work were conducted field studies in a area of soybean of 3 ha, boarding by natural vegetation (mata ciliar), rest or sorghum culture from winter cropping, a pasture area and the own culture (10 ha). The work was oriented to establish the colonization dynamic of the culture by stink-bugs and their natural enemies (egg parasitoids), population fluctuation of this guilds and parasitism indexes. Sticky traps, sampling cloth and sentinels eggs distributed in survey areas of were used in 2500 m2 areas in the culture and in the neighbor areas, with weekly surveys during all the culture cycle. Results show that vegetation structure near cultivated fields influenced the colonization dynamics of soybean by stink-bugs and parasitoids. The colonization of the culture was initiated in the reproductive period (flowering), the stinkbugs ingress in the soybean field, principally, from areas previously cropping with sorghum. Weeds and invasive plans show important influence in the distribution of stinkbugs in the soybean field. Areas with high densities of Bidens pilosa and Acanthospermum hispidum show higher median value of stink-bugs. Colonization dynamics of culture by parasitoids show the same trends. Native vegetation doesn’t show a relevant influence in stink-bug or parasitoid populations. Results of this work may indicate that colonization and fluctuation of stink-bugs and parasitoids in cultivated areas it’s hardly conditioned by neighboring vegetation, principally by winter crops and by weeds or invasive plants. This fact may be considered in stink-bug management programs, specially those that use biological control with egg parasitoids. However, for a better comprehend of effects of vegetal diversity in the ecological dynamics of stink-bugs and their natural enemies, it’s necessary extend this studies in a bigger space-temporal scale. |
description |
Para um uso eficaz de parasitóides como agentes de controle, é preciso conhecer aspectos da bioecologia destes insetos e de seus hospedeiros. Neste trabalho, realizaram-se estudos numa área experimental que consistiu em um campo de soja de 3 ha, delimitado por uma área de vegetação natural (mata ciliar), uma área de restos de cultura de entressafra (sorgo), uma área de pastagem e uma área da própria cultura (12 ha). O trabalho esteve orientado para determinar a dinâmica de colonização da cultura por percevejos e seus inimigos naturais (parasitóides de ovos), as flutuações populacionais dessas duas guildas de insetos e o índice de parasitismo. Foram utilizadas redes entomológicas e panos de batida para a amostragem de percevejos e, armadilhas adesivas e cartelas de ovos sentinela para a amostragem de parasitóides de ovos, distribuídos em parcelas de 2500 m2 na cultura e nas áreas vizinhas, com monitoramento semanal durante todo o ciclo da cultura. Os resultados obtidos indicam que a estrutura da vegetação adjacente às áreas cultivadas influenciou na dinâmica de colonização das culturas pelos percevejos e os parasitóides. A colonização da cultura foi iniciada no período reprodutivo (inicio da floração), e os percevejos a colonizaram, principalmente a partir de áreas previamente cultivadas com sorgo. Foi constatada uma influência importante das plantas invasoras na distribuição dos percevejos, já que parcelas com alta densidade de picão (Bidens pilosa) e carrapicho de carneiro (Acanthospermum hispidum) apresentaram os maiores índices de percevejos na cultura. A dinâmica de colonização da cultura pelos parasitóides mostrou o mesmo efeito. A influência de áreas com vegetação nativa (mata de galeria) nas populações de percevejos e parasitóides foi pouco relevante. Os resultados deste trabalho sugerem que a colonização e as flutuações de percevejos e parasitóides em áreas cultivadas está fortemente condicionada pela vegetação adjacente, principalmente de culturas de entressafra e pelas plantas invasoras. Este fato deve ser considerado em programas de manejo de percevejos-praga, principalmente aqueles baseados em uso de controle biológico com parasitóides de ovos. Contudo, para uma melhor compreensão dos efeitos da diversidade vegetal na dinâmica ecológica de percevejos e seus inimigos naturais, é necessário estender estes estudos em uma maior escala espaço temporal. |
publishDate |
2007 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2007-06 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-11-04T11:33:18Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-10-28 2019-11-04T11:33:18Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
VIEIRA, Cecília Rodrigues. Ecologia de percevejos-praga (Hemiptera: Pentatomidae) e seus parasitóides de ovos (Hymenoptera: Scelionidae). 2007. 38 f. Monografia (Graduação em Ciências Biológicas) – Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2007. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/12525 |
identifier_str_mv |
VIEIRA, Cecília Rodrigues. Ecologia de percevejos-praga (Hemiptera: Pentatomidae) e seus parasitóides de ovos (Hymenoptera: Scelionidae). 2007. 38 f. Monografia (Graduação em Ciências Biológicas) – Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2007. |
url |
https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/12525 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Católica de Brasília |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Ciências Biológicas (Graduação) |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UCB |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Escola de Exatas, Arquitetura e Meio Ambiente |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Católica de Brasília |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UCB instname:Universidade Católica de Brasília (UCB) instacron:UCB |
instname_str |
Universidade Católica de Brasília (UCB) |
instacron_str |
UCB |
institution |
UCB |
reponame_str |
Repositório Institucional da UCB |
collection |
Repositório Institucional da UCB |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://200.214.135.178:9443/jspui/bitstream/123456789/12525/3/Cec%c3%adliaRodriguesVieiraTCCGraduacao2007.pdf.txt https://200.214.135.178:9443/jspui/bitstream/123456789/12525/1/Cec%c3%adliaRodriguesVieiraTCCGraduacao2007.pdf https://200.214.135.178:9443/jspui/bitstream/123456789/12525/2/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
54688ca05e56f4e15076ca46225711cc 0de80e40f32f5b34666e836de05fd380 4d5160124c10e76e035be9c2700508e4 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
|
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1724829917240098816 |