Trocando o dia pela noite: uma análise psicodinâmica do processo saúde-adoecimento de vigilantes noturnos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Juliana Nunes
Data de Publicação: 2011
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UCB
Texto Completo: https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/10869/5044
Resumo: Psicologia
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Entende-se que o trabalho é fonte de gratificação psíquica, gerando prazer quando do contato significativo com determinadas tarefas e relações socioprofissionais, porém, torna-se fonte de sofrimento quando inviabiliza a realização do sujeito pelo trabalho. As vivências de sofrimento estão associadas à divisão e à padronização de tarefas com subutilização do potencial técnico e da criatividade; rigidez hierárquica, com excesso de procedimentos burocráticos; ingerências políticas; centralização de informações; falta de participação nas decisões e não-reconhecimento; e pouca perspectiva de crescimento profissional. Para que não ocorra uma desestruturação diante do sofrimento resultante das situações de trabalho, o sujeito pode direcionar o sofrimento para as estratégias de mediação. As estratégias de mediação visam tornar possível a superação, ressignificação e/ou transformação do custo humano do trabalho, do sofrimento e do mal-estar, proporcionando a predominância de vivências de prazer e de bem-estar no trabalho. O estudo foi realizado com cinco vigilantes noturnos da mesma empresa que prestam serviço para um mesmo local. Para a coleta de dados utilizou-se entrevistas semi-estruturadas, as quais foram analisadas por meio da técnica da análise dos núcleos de sentido (ANS), adaptada a partir da técnica de análise de conteúdo categorial desenvolvida por Bardin (1997). Os resultados obtidos indicam ritmo intenso de esforço mental por parte dos trabalhadores, rigidez e padrão de conduta na organização do trabalho, cansaço, sono descompensado e indisposição frequentes dos vigilantes devido à jornada de trabalho. Percebeu-se que a organização do trabalho exerce variadas influências no funcionamento psíquico dos trabalhadores, seja por meio do sofrimento, como pela via do prazer através das relações socioprofissionais. No entanto, notou-se que a organização do trabalho se abstém da responsabilidade por vezes culpabilizando o trabalhador pelo seu próprio adoecimento. Dessa forma, justifica-se as estratégias utilizadas pelos trabalhadores que perpassam pela racionalização, conformismo e esporte como meio de compensação do prazer, satisfação e forma de amenizar danos físicos e mentais.Submitted by Tania Marques Ribeiro (tmarques@ucb.br) on 2014-10-29T17:10:22Z No. of bitstreams: 1 Juliana Nunes Pereira.pdf: 788576 bytes, checksum: 4f3f9167fc8e8f1dff519f8c9d2316be (MD5)Approved for entry into archive by Kelson Anthony de Menezes(kelson@ucb.br) on 2014-11-26T13:52:53Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Juliana Nunes Pereira.pdf: 788576 bytes, checksum: 4f3f9167fc8e8f1dff519f8c9d2316be (MD5)Made available in DSpace on 2014-11-26T13:52:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Juliana Nunes Pereira.pdf: 788576 bytes, checksum: 4f3f9167fc8e8f1dff519f8c9d2316be (MD5) Previous issue date: 2011-06-16Made available in DSpace on 2016-10-10T03:46:45Z (GMT). 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