Indicadores de suicídio no método de Rorschach: um estudo de caso de depressão

• Autor(a) principal: Soares, Karen Dantas
• Data de Publicação: 2010
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UCB
• Texto Completo: https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/13598
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA::PSIQUIATRIA; Depressão; Risco de suicídio; Psicodiagnóstico diferencial; Método de Rorschach

O presente estudo tem como objetivo discutir, a partir de um caso clínico real, a relevância do psicodiagnóstico de Rorschach na identificação dos indicadores mais expressivos presentes nos quadros depressivos com risco de suicídio. O estudo contou com a participação de um paciente psiquiátrico com hipótese diagnóstica de transtorno depressivo com risco iminente de suicídio. O psicodiagnóstico foi realizado na Universidade Católica de Brasília - UCB como atividade obrigatória da disciplina de conclusão do curso de Especialização em Psicopatologia e Psicodiagnóstico. O psicodiagnóstico foi solicitado pela equipe de profissionais que o acompanham na instituição psiquiátrica (Centro de Atenção Psicossocial – CAPS) com o objetivo de elaborar diagnóstico diferencial e proposta terapêutica mais adequada para o caso. O método utilizado foi o clínico qualitativo de estudo de caso. Foram utilizados no estudo entrevistas clínicas com o examinando e seus familiares, associadas aos seguintes instrumentos psicológicos: Escalas Beck, Matrizes Progressivas de Raven, HTP – House Tree Person e Método de Rorschach. A correlação do relato da história clínica do examinando com a análise dinâmica psicanalítica do Método de Rorschach (Escola Francesa) embasou o estudo bibliográfico que subsidiou a realização do diagnóstico diferencial. A partir dos resultados encontrados na avaliação psicodiagnóstica (análise qualitativa e quantitativa), observa-se que o examinando apresenta o diagnóstico depressão com risco de suicídio, cumulado com déficit cognitivo, sendo que esse último associado aos eventos de vida do examinando configuram hoje um Transtorno de Personalidade Esquiva (DSM – IV 301.82). Conclui-se que este é um caso bastante complexo, principalmente em relação ao seu prognóstico, uma vez que exige uma compreensão não apenas dos seus sintomas, mas principalmente do seu funcionamento psicodinâmico.