Análise de parâmetros físico-químicos das drenagens do médio e baixo vale da sub-bacia do Pipiripau em virtude do uso e ocupação do solo

• Autor(a) principal: Pessoa, Raniery Silva
• Data de Publicação: 2007
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UCB
• Texto Completo: https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/10728
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS; Uso do solo; Autodepuração; Qualidade da água; Resolução do CONAMA 357/05

Desde sua construção, o Distrito Federal apresenta um crescimento populacional elevado, oriundo da vinda de trabalhadores e de seus familiares de outras regiões, principalmente do nordeste. Esse adensamento populacional desordenado tem gerado grande pressão nos recursos naturais da região, principalmente no que se refere aos recursos hídricos. A sub-bacia do Córrego Pipiripau apresenta uma vocação agrícola e possui duas captações de água importantes: a do canal Santos Dumont, instalada para suprir a necessidade de irrigação de culturas do Núcleo Rural Santos Dumont, e a da CAESB, para o abastecimento humano das cidades de Sobradinho e Planaltina. Diante deste contexto o objetivo do projeto é identificar a qualidade d’água da drenagem do médio e baixo vale da sub-bacia do Pipiripau em virtude do uso e ocupação do solo. As coletas de água foram feitas em cinco pontos estratégicos para analisar os parâmetros físico-químicos, bacteriológicos e de metais contidos na água, comparando os valores das concentrações obtidas com os Valores Máximos Permissíveis (VMP) para água de classe 2 estabelecidos pela resolução do CONAMA 357/05, mostrando também se a possível poluição está sendo depurado ou se o córrego já está sofrendo um processo acumulativo no caso de metais. Foi verificado que apesar da intensa atividade agropecuária e alguns loteamentos irregulares, a água do Córrego Pipiripau de forma geral, na região do médio e baixo vale, está dentro dos valores máximos permissíveis para água de classe 2, na maioria dos valores, de acordo com resolução do CONAMA 357/05. Para alguns parâmetros, onde essa resolução não define o VMP, comparou-se os resultados com os valores de potabilidade estabelecidos pela Portaria Nº 518 do Ministério da Saúde, já que o enquadramento da água nestes padrões garante que a mesma se encaixe nos padrões de água de classe 2, já que os valores máximos permissíveis para potabilidade são mais rigorosos do que os da resolução do CONAMA 357/05. A região do Córrego Taquara (ponto 2) é o que apresenta água de melhor qualidade por mostrar valores mais baixos na maioria dos vii parâmetros analisados como DQO e metais. O ponto em que se deve ter mais atenção em relação a qualidade da água da região próximo a ponte da DF 230 (ponto 4) o qual apresenta concentração de DQO e Cádmio acima dos VMP e está bem próximo à captação de água da CAESB a qual fornece água para o abastecimento público para cidade Satélite de Planaltina- DF.