Avaliação da ocorrência de restrições laborais em auxiliares e técnicos de enfermagem em uma regional de saúde do Distrito Federal

• Autor(a) principal: Silva, Rony José da
• Data de Publicação: 2009
• Outros Autores: Alencar, Vanessa Lemos de
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UCB
• Texto Completo: https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/10542
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEM; Enfermagem; Educação continuada; Riscos ocupacionais

O estudo teve como objetivo avaliar a ocorrência de restrições laborais em auxiliares e técnicos de enfermagem em uma Regional de saúde do Distrito Federal. Trata-se de um estudo com abordagem retrospectiva e quantitativa. Os dados foram coletados por questionário semi-estruturado, aplicado a 35 profissionais da enfermagem de nível médio. Observa-se que 9,34% (69) dos servidores de enfermagem existentes nesta Regional de Saúde possuem algum tipo de restrição laboral. Destes 62,32% (43) apresentam restrições de características osteomusculares, outros 20,29% (14) apresentam restrições de características de imunossupressão e ou alérgicas, e 14,49% (10) apresentam restrições de caráter psicoemocional. Quanto à jornada de trabalho, a maioria dos entrevistados (80%) trabalha 40 horas semanais; 54,29% (19) afirmaram desempenhar funções assistenciais e administrativas; 57,14% (20) afirmam que conseguem parcialmente desempenhar suas funções sem prejuízo de sua saúde, e 51,43% (18) concordam que consegue desempenhar suas atividades sem prejuízo no desempenho de suas funções; ainda 62,86% (22) não se consideram menos produtivo; 51,43% (18) afirmam estar parcialmente bem readaptados ao serviço. Em 45,71% (16) dos entrevistados afirmam não ter encontrado problemas com a medicina interna ou gerência de enfermagem ao se mostrarem dependentes de uma readaptação laboral, porém a readaptação não ocorreu de forma efetiva no primeiro momento para 42,86% (15) servidores, e 60% (21) servidores relataram ter sofrido assédio moral durante o processo de readaptação. Em relação às condições de trabalho anteriores ao desenvolvimento da patologia laboral, observou-se que quase metade dos entrevistados (40%) trabalhava no Pronto Socorro quando adquiriram a patologia laboral. A maioria, 77,14% (27), informou que não havia programa de preservação da saúde do servidor. Apesar de todos os servidores terem dito considerar importante o processo de educação continuada, em 97,14% (34) houve relato de não haver este tipo de programa na unidade onde trabalhava. Em análise do nível de conhecimento sobre riscos ocupacionais evidencia-se que apenas 28,57% dos entrevistados sabem o conceito sobre o que é risco físico, e 91,43% (21) não souberam identificar os riscos físicos a que estão expostos no atual local de trabalho, assim demonstram desconhecê-los. No tocante as ações existentes para a preservação e a manutenção da saúde dos servidores, a Regional de saúde estudada apresenta ações preventivas e ações curativas com predomínio desta com (63,78%) 9777 servidores participantes, dentre elas com maior destaque ocorreu 26,43% (2584) homologações de atestados médicos. As ações preventivas foram responsáveis pela participação de (36,22%) 5553 servidores, e destes 76,78% (4264) servidores compareceram às aulas de ginástica laboral ministrada nos setores. Em seguida observou-se que 14,26% (792) dos servidores participam de palestras educativas.