Estudo sobre a ecologia e virulência de Paracoccidioides brasiliensis: caracterização de sua interação com amebas de solo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Crisóstomo, Luana Soares
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UCB
Texto Completo: https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/12168
Resumo: Paracoccidioides brasiliensis é um fungo dimórfico que causa a paracoccidioidomicose (PCM), doença endêmica da América Latina, sendo que o maior número de casos foram descritos no Brasil. P. brasiliensis não precisa de um hospedeiro mamífero para completar seu ciclo de vida, porém, este fungo consegue sobreviver e se reproduzir nos macrófagos do hospedeiro, estabelecendo a doença. Uma possível hipótese é que os fatores de virulência desse fungo se desenvolveram ou foram mantidos em resposta a pressão seletiva imposta por interação com organismos fagocíticos e nematoides presentes no solo. A interação de amebas já cultivadas em laboratório e leveduras do fungo é bastante similar a interação desse fungo com macrófagos. O objetivo deste trabalho é isolar amebas de amostras de solo onde são encontrados P. brasiliensis e avaliar a interação entre esses dois microrganismos; bem como detectar molecularmente amebas presentes no solo. Foram isoladas 9 linhagens de amebas de solo de uma região endêmica para esse fungo. Em ensaios de interação fungo-ameba, foi possível observar a internalização de células do fungo por algumas linhagens de amebas, embora as taxas de fagocitose tenham sido baixas. Esses resultados corroboram com a nossa hipótese de que o fungo possa interagir com esses predadores em seu ambiente natural. As baixas taxas de fagocitose podem ser resultantes da presença de bactérias contaminantes, uma vez que não foi possível obtermos culturas axenizadas dessas amebas. No entanto, talvez esse modelo mimetize melhor o que realmente acontece com esse fungo no seu ambiente natural.
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Uma possível hipótese é que os fatores de virulência desse fungo se desenvolveram ou foram mantidos em resposta a pressão seletiva imposta por interação com organismos fagocíticos e nematoides presentes no solo. A interação de amebas já cultivadas em laboratório e leveduras do fungo é bastante similar a interação desse fungo com macrófagos. O objetivo deste trabalho é isolar amebas de amostras de solo onde são encontrados P. brasiliensis e avaliar a interação entre esses dois microrganismos; bem como detectar molecularmente amebas presentes no solo. Foram isoladas 9 linhagens de amebas de solo de uma região endêmica para esse fungo. Em ensaios de interação fungo-ameba, foi possível observar a internalização de células do fungo por algumas linhagens de amebas, embora as taxas de fagocitose tenham sido baixas. Esses resultados corroboram com a nossa hipótese de que o fungo possa interagir com esses predadores em seu ambiente natural. As baixas taxas de fagocitose podem ser resultantes da presença de bactérias contaminantes, uma vez que não foi possível obtermos culturas axenizadas dessas amebas. No entanto, talvez esse modelo mimetize melhor o que realmente acontece com esse fungo no seu ambiente natural.Paracoccidioides brasiliensis is a dimorphic fungus that causes paracoccidioidomycosis (PCM), an endemic disease in Latin America, with the largest number of cases have been reported in Brazil. P. brasiliensis does not need a mammalian host to complete its life cycle, however, this fungus can survive and reproduce in host macrophages, establishing the disease. A possible hypothesis is that fungal virulence factors that were developed or maintained in response to selective pressure imposed by interaction with phagocytic organisms and nematodes in the soil. The interaction of amoebae that have grown in the laboratory and fungal yeast is very similar to interaction of this fungus with macrophages. The objective of this work is to isolate amoebae from soil samples in which P. brasiliensis is found and evaluate the interaction between these two microorganisms. Additionally, we also aimed to molecularly detect those amoebae for further identification of their species. We were able to isolate 9 soil amoebae strains from an endemic region for this fungus by plating soil samples in agar non-nutrient medium. During fungus-amoeba interaction assays, we observed internalization of fungal cells by some of those amoebas strains, although the percentage of phagocytosis were low. These results support our hypothesis that the fungus can interact with these predators in its natural environment. The low rates of phagocytosis could be explained by the presence of contaminating bacteria, since it was not possible to obtain axenic cultures of these amoebae. However, maybe this model mimics better what really happens in the environment.Submitted by Franciene Aguiar (franciene.aguiar@ucb.br) on 2019-07-10T20:46:31Z No. of bitstreams: 1 LuanaSoaresCrisostomoTCCGraduacao2016.pdf: 1039484 bytes, checksum: 3d9911f541e6d758a439e5fb12834373 (MD5)Approved for entry into archive by Sara Ribeiro (sara.ribeiro@ucb.br) on 2019-07-12T20:02:43Z (GMT) No. of bitstreams: 1 LuanaSoaresCrisostomoTCCGraduacao2016.pdf: 1039484 bytes, checksum: 3d9911f541e6d758a439e5fb12834373 (MD5)Made available in DSpace on 2019-07-12T20:02:43Z (GMT). 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Paracoccidioides brasiliensis is a dimorphic fungus that causes paracoccidioidomycosis (PCM), an endemic disease in Latin America, with the largest number of cases have been reported in Brazil. P. brasiliensis does not need a mammalian host to complete its life cycle, however, this fungus can survive and reproduce in host macrophages, establishing the disease. A possible hypothesis is that fungal virulence factors that were developed or maintained in response to selective pressure imposed by interaction with phagocytic organisms and nematodes in the soil. The interaction of amoebae that have grown in the laboratory and fungal yeast is very similar to interaction of this fungus with macrophages. The objective of this work is to isolate amoebae from soil samples in which P. brasiliensis is found and evaluate the interaction between these two microorganisms. Additionally, we also aimed to molecularly detect those amoebae for further identification of their species. We were able to isolate 9 soil amoebae strains from an endemic region for this fungus by plating soil samples in agar non-nutrient medium. During fungus-amoeba interaction assays, we observed internalization of fungal cells by some of those amoebas strains, although the percentage of phagocytosis were low. These results support our hypothesis that the fungus can interact with these predators in its natural environment. The low rates of phagocytosis could be explained by the presence of contaminating bacteria, since it was not possible to obtain axenic cultures of these amoebae. However, maybe this model mimics better what really happens in the environment.
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