Expressão da proteína recombinante cistatina do ovo de galinha em E. coli

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nascimento, Cristina Pimentel do
Data de Publicação: 2009
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UCB
Texto Completo: https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/12118
Resumo: As cistatinas são proteínas inibidoras de proteinases cisteínicas, sendo que a primeira cistatina descrita foi isolada da clara do ovo de galinha (Gallus gallus domesticus) e teve sua atividade caracterizada pela inibição da enzima papaína, um tipo de proteinase cisteínica. Alguns fitopatógenos possuem proteinases cisteínicas intestinais que atuam na sua dieta. Dessa forma, os inibidores de proteinases são importantes ferramentas utilizadas pela natureza para o controle de pragas. A descoberta e o conhecimento das proteínas que funcionam como inseticidas é um ponto de grande relevância para obtenção de plantas resistentes a pragas. O potencial destas proteínas de interferir com a digestão de proteínas em fungos e insetos foi utilizado como base teórica para experimentos de super-expressão destas proteínas em plantas com o objetivo de conferir resistência contra patógenos cuja digestão de proteínas dependesse de proteinases cisteínicas. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi expressar a proteína cistatina do ovo de galinha em E. coli a fim de obter grande quantidade da proteína para ser utilizada em trabalhos posteriores como bioensaios testando seu potencial de inibição em sementes sintéticas de plantas suscetíveis a insetos praga. Para isso, inicialmente foi construído um vetor de expressão específico para bactérias utilizando o plasmídeo pET19a e o gene da cistatina do ovo de galinha e usado para transformar a cepa BL21DE3 de E. coli. A cultura de bactérias crescida em meio LB líquido com o antibiótico específico até atingir O.D.600 0.6 então a expressão foi induzida com a adição de IPTG a 0,8 uM mantido em agitão a 37º C por 3 horas e coletadas alíquotas da cultura a cada uma hora com o objetivo de determinar o melhor tempo de expressão para esta proteína. As alíquotas foram centrifugadas e o extrato bruto (5uL) foi apliado diretamente em em gel de poliacrilamida SDS-page e em seguinda este foi utilizado para western blot utilizando anticorpos contra his-tag. Todo este procedimento foi realizado também em bactérias transformadas com o vetor pET19b sem conter o gene servindo como controle negativo. O western blot confirmou a presença da cistatina e o melhor tempo de expressão observado foi o de 2h após a adição de IPTG. A partir daí, serão realizadas expressões em maior quantidade de meio de cultura e purificações em coluna anti-his-tag a fim de obter alta quantidade da proteína em questão, etapa esta necessária para os trabalhos posteriores. No presente estudo foi verificado como dito anteriormente que a cistatina pode ser expressa de forma heteróloga em E coli.
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spelling Aragão, Francisco José LimaNascimento, Cristina Pimentel do2019-07-08T14:24:11Z2019-07-052019-07-08T14:24:11Z2009NASCIMENTO, Cristina Pimentel do. Expressão da proteína recombinante cistatina do ovo de galinha em E. coli. 2009. 32 f. Artigo (Graduação em Ciências Biológicas) - Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2009.https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/12118As cistatinas são proteínas inibidoras de proteinases cisteínicas, sendo que a primeira cistatina descrita foi isolada da clara do ovo de galinha (Gallus gallus domesticus) e teve sua atividade caracterizada pela inibição da enzima papaína, um tipo de proteinase cisteínica. Alguns fitopatógenos possuem proteinases cisteínicas intestinais que atuam na sua dieta. Dessa forma, os inibidores de proteinases são importantes ferramentas utilizadas pela natureza para o controle de pragas. A descoberta e o conhecimento das proteínas que funcionam como inseticidas é um ponto de grande relevância para obtenção de plantas resistentes a pragas. O potencial destas proteínas de interferir com a digestão de proteínas em fungos e insetos foi utilizado como base teórica para experimentos de super-expressão destas proteínas em plantas com o objetivo de conferir resistência contra patógenos cuja digestão de proteínas dependesse de proteinases cisteínicas. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi expressar a proteína cistatina do ovo de galinha em E. coli a fim de obter grande quantidade da proteína para ser utilizada em trabalhos posteriores como bioensaios testando seu potencial de inibição em sementes sintéticas de plantas suscetíveis a insetos praga. Para isso, inicialmente foi construído um vetor de expressão específico para bactérias utilizando o plasmídeo pET19a e o gene da cistatina do ovo de galinha e usado para transformar a cepa BL21DE3 de E. coli. A cultura de bactérias crescida em meio LB líquido com o antibiótico específico até atingir O.D.600 0.6 então a expressão foi induzida com a adição de IPTG a 0,8 uM mantido em agitão a 37º C por 3 horas e coletadas alíquotas da cultura a cada uma hora com o objetivo de determinar o melhor tempo de expressão para esta proteína. As alíquotas foram centrifugadas e o extrato bruto (5uL) foi apliado diretamente em em gel de poliacrilamida SDS-page e em seguinda este foi utilizado para western blot utilizando anticorpos contra his-tag. Todo este procedimento foi realizado também em bactérias transformadas com o vetor pET19b sem conter o gene servindo como controle negativo. O western blot confirmou a presença da cistatina e o melhor tempo de expressão observado foi o de 2h após a adição de IPTG. A partir daí, serão realizadas expressões em maior quantidade de meio de cultura e purificações em coluna anti-his-tag a fim de obter alta quantidade da proteína em questão, etapa esta necessária para os trabalhos posteriores. No presente estudo foi verificado como dito anteriormente que a cistatina pode ser expressa de forma heteróloga em E coli.The cystatins are proteins that inhibit the cysteine proteinases, with the first described cystatin was isolated from egg white chicken (Gallus gallus domesticus) and its activity was characterized by inhibiting the enzyme papain, a type of cysteine proteinase. Some pathogens have intestinal cysteine proteinases that function in their diet. Thus, the proteinase inhibitors are important tools used by nature to control pests. The discovery and understanding of proteins that function as insecticides is a point of great importance to obtain plants resistant to pests. The potential of these proteins to interfere with the digestion of proteins in fungi and insects was used as a theoretical basis for experiments overexpression of these proteins in plants in order to confer resistance against pathogens whose digestion of proteins depended on cysteine proteinases. Thus, the objective of this study was to express the protein cystatin of hen's egg in E. coli to obtain large amounts of protein to be used in later works such as bioassays testing their potential inhibition of synthetic seeds of plants susceptible to insect pests. Therefore, initially was constructed an expression vector specific for bacteria using the plasmid pET19a and the gene for cystatin of hen's egg and used to transform the strain of E. BL21DE3 coli. The culture of bacteria grown in liquid LB medium with the specific antibiotic until OD600 0.6 then expression was induced by adding IPTG to 0.8 uM agitai kept at 37 ° C for 3 hours and collected aliquots of each culture hours in order to determine the best time of expression for this protein. Aliquots were centrifuged and the crude extract (5uL) was applied directly to polyacrylamide gel SDS-page and in the following section that was used for western blot using antibodies against his-tag. The whole procedure was also performed in bacteria transformed with pET19b vector without containing the gene serving as a negative control. The Western blot confirmed the presence of cystatin and the best time of expression was observed 2 hours after the addition of IPTG. Thereafter, terms shall be held to a greater amount of culture medium and purification column anti-his-tag in order to obtain higher amounts of protein in question, this step required for subsequent work. In the present study was verified as previously said that the cystatin can be expressed in a heterologous in E. coli.Submitted by Franciene Aguiar (franciene.aguiar@ucb.br) on 2019-07-05T17:35:47Z No. of bitstreams: 1 CristinaPimentelDoNascimentoTCCGraduacao2009.pdf: 326701 bytes, checksum: de96044be3eebb98c321055ef540234d (MD5)Approved for entry into archive by Sara Ribeiro (sara.ribeiro@ucb.br) on 2019-07-08T14:24:11Z (GMT) No. of bitstreams: 1 CristinaPimentelDoNascimentoTCCGraduacao2009.pdf: 326701 bytes, checksum: de96044be3eebb98c321055ef540234d (MD5)Made available in DSpace on 2019-07-08T14:24:11Z (GMT). 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The cystatins are proteins that inhibit the cysteine proteinases, with the first described cystatin was isolated from egg white chicken (Gallus gallus domesticus) and its activity was characterized by inhibiting the enzyme papain, a type of cysteine proteinase. Some pathogens have intestinal cysteine proteinases that function in their diet. Thus, the proteinase inhibitors are important tools used by nature to control pests. The discovery and understanding of proteins that function as insecticides is a point of great importance to obtain plants resistant to pests. The potential of these proteins to interfere with the digestion of proteins in fungi and insects was used as a theoretical basis for experiments overexpression of these proteins in plants in order to confer resistance against pathogens whose digestion of proteins depended on cysteine proteinases. Thus, the objective of this study was to express the protein cystatin of hen's egg in E. coli to obtain large amounts of protein to be used in later works such as bioassays testing their potential inhibition of synthetic seeds of plants susceptible to insect pests. Therefore, initially was constructed an expression vector specific for bacteria using the plasmid pET19a and the gene for cystatin of hen's egg and used to transform the strain of E. BL21DE3 coli. The culture of bacteria grown in liquid LB medium with the specific antibiotic until OD600 0.6 then expression was induced by adding IPTG to 0.8 uM agitai kept at 37 ° C for 3 hours and collected aliquots of each culture hours in order to determine the best time of expression for this protein. Aliquots were centrifuged and the crude extract (5uL) was applied directly to polyacrylamide gel SDS-page and in the following section that was used for western blot using antibodies against his-tag. The whole procedure was also performed in bacteria transformed with pET19b vector without containing the gene serving as a negative control. The Western blot confirmed the presence of cystatin and the best time of expression was observed 2 hours after the addition of IPTG. Thereafter, terms shall be held to a greater amount of culture medium and purification column anti-his-tag in order to obtain higher amounts of protein in question, this step required for subsequent work. In the present study was verified as previously said that the cystatin can be expressed in a heterologous in E. coli.
description As cistatinas são proteínas inibidoras de proteinases cisteínicas, sendo que a primeira cistatina descrita foi isolada da clara do ovo de galinha (Gallus gallus domesticus) e teve sua atividade caracterizada pela inibição da enzima papaína, um tipo de proteinase cisteínica. Alguns fitopatógenos possuem proteinases cisteínicas intestinais que atuam na sua dieta. Dessa forma, os inibidores de proteinases são importantes ferramentas utilizadas pela natureza para o controle de pragas. A descoberta e o conhecimento das proteínas que funcionam como inseticidas é um ponto de grande relevância para obtenção de plantas resistentes a pragas. O potencial destas proteínas de interferir com a digestão de proteínas em fungos e insetos foi utilizado como base teórica para experimentos de super-expressão destas proteínas em plantas com o objetivo de conferir resistência contra patógenos cuja digestão de proteínas dependesse de proteinases cisteínicas. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi expressar a proteína cistatina do ovo de galinha em E. coli a fim de obter grande quantidade da proteína para ser utilizada em trabalhos posteriores como bioensaios testando seu potencial de inibição em sementes sintéticas de plantas suscetíveis a insetos praga. Para isso, inicialmente foi construído um vetor de expressão específico para bactérias utilizando o plasmídeo pET19a e o gene da cistatina do ovo de galinha e usado para transformar a cepa BL21DE3 de E. coli. A cultura de bactérias crescida em meio LB líquido com o antibiótico específico até atingir O.D.600 0.6 então a expressão foi induzida com a adição de IPTG a 0,8 uM mantido em agitão a 37º C por 3 horas e coletadas alíquotas da cultura a cada uma hora com o objetivo de determinar o melhor tempo de expressão para esta proteína. As alíquotas foram centrifugadas e o extrato bruto (5uL) foi apliado diretamente em em gel de poliacrilamida SDS-page e em seguinda este foi utilizado para western blot utilizando anticorpos contra his-tag. Todo este procedimento foi realizado também em bactérias transformadas com o vetor pET19b sem conter o gene servindo como controle negativo. O western blot confirmou a presença da cistatina e o melhor tempo de expressão observado foi o de 2h após a adição de IPTG. A partir daí, serão realizadas expressões em maior quantidade de meio de cultura e purificações em coluna anti-his-tag a fim de obter alta quantidade da proteína em questão, etapa esta necessária para os trabalhos posteriores. No presente estudo foi verificado como dito anteriormente que a cistatina pode ser expressa de forma heteróloga em E coli.
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