Utilização do pó da casca de mandioca (Maninhot esculenta crantz) para remoção de metais em lixiviado de aterro controlado

• Autor(a) principal: Alves, Paula de Sousa
• Data de Publicação: 2015
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UCB
• Texto Completo: https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/10826
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS; Biossorção; Mandioca; Lixiviado; Metais

Metais como ferro, manganês e chumbo são frequentemente encontrados em concentrações acima do tolerável nos lixiviados de aterros de resíduos e podem causar impactos negativos ao meio. A partir deste fato, o presente trabalho focou seu objetivo no estudo do processo de remoção de ferro, manganês e chumbo no lixiviado do Aterro Controlado do Jockey Clube de Brasília utilizando-se pó da casca de mandioca (Maninhot esculenta crantz). Os seguintes parâmetros foram otimizados por meio da aplicação da biomassa em solução contaminada com os metais: diâmetro (0,074 mm), massa (0,500 g), pH (3,00) e tempo de agitação (60 min). Nessas condições foram removidos 27,28% de ferro; 52,38% de manganês e; 100% de chumbo da solução. Após esse procedimento, os parâmetros otimizados foram aplicados ao lixiviado e obteve-se 66,82% de remoção do manganês e 53,17% de chumbo. Não houve remoção significativa de ferro do lixiviado, esse comportamento pode ser atribuído a presença de ferro presente na biomassa. Concluiu-se que a mandioca tem potencial para utilização como biossorvente dos metais manganês e chumbo, porque apresenta boas porcentagens de remoção. Mas para aplicação do processo em lixiviados recomenda-se realizar estudos mais aprofundados sobre a biossorção desses metais, porque a biossorção é um método alternativo, biológico e barato que pode evitar impactos ambientais negativos associados à disposição incorreta de lixiviados que contenham concentrações de metais acima do permissível.