Hábitos alimentares dos jovens brasileiros: uma análise dos alimentos mais consumidos por adolescentes no Brasil
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Data de Publicação: | 2019 |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UCB |
Texto Completo: | https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/12591 |
Resumo: | Segundo dados da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF), realizada nos anos de 2008 e 2009, os hábitos alimentares dos adolescentes brasileiros vêm mudando nos últimos anos, devido a mudanças sociais, culturais e na composição das famílias. De acordo com o IBGE, o aumento de peso em adolescentes de 10 a 19 anos foi contínuo nos últimos 34 anos. Isso é mais perceptível no sexo masculino, em que o índice passou de 3,7% para 21,7%. Já entre as jovens, as estatísticas triplicaram: de 7,6% para 19% entre 1974-75 e 2008-09. Quanto à obesidade, mostra-se menos intensa, mas também com tendência ascendente, indo de 0,4% para 5,9% entre meninos e rapazes e de 0,7% para 4,0% no sexo feminino. Os jovens estão consumindo mais produtos ultraprocessados, com alto teor de açúcares e gorduras, além de baixa quantidade de fibras alimentares. Esses hábitos alimentares, associados a mudanças de estilo de vida, como o sedentarismo, favorece o aumento de risco para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Dados da POF apontam que os produtos alimentícios mais consumidos pelos adolescentes brasileiros são: bebidas lácteas, biscoitos recheados, sucos de caixinha e salgadinhos industrializados. O presente estudo buscou analisar as quantidades de carboidratos, açúcares de adição, gorduras e fibras, comparandoas com as recomendações diárias de referência. Os resultados apontam que os os produtos industrializados mais consumidos pelos adolescentes brasileiros, possuem alto teor de açúcar e gorduras e baixo teor de fibras alimentares, seu consumo contínuo representa riscos para a saúde. Também foi possível constatar que a atual legislação referente a rotulagem desses produtos apresenta falhas, tornando as informações nas tabelas de valores nutricionais insuficientes para que a população tome decisões favoráveis à escolha de alimentos mais saudáveis. É preciso que seja feita uma reformulação das resoluções, referentes à rotulagem de produtos industrializados, assim como a regulamentação da publicidade e do marketing voltado a esses produtos de forma a desencorajar ou não estimular o consumo de alimentos nocivos à saúde, especialmente entre os jovens brasileiros. |
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Já entre as jovens, as estatísticas triplicaram: de 7,6% para 19% entre 1974-75 e 2008-09. Quanto à obesidade, mostra-se menos intensa, mas também com tendência ascendente, indo de 0,4% para 5,9% entre meninos e rapazes e de 0,7% para 4,0% no sexo feminino. Os jovens estão consumindo mais produtos ultraprocessados, com alto teor de açúcares e gorduras, além de baixa quantidade de fibras alimentares. Esses hábitos alimentares, associados a mudanças de estilo de vida, como o sedentarismo, favorece o aumento de risco para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Dados da POF apontam que os produtos alimentícios mais consumidos pelos adolescentes brasileiros são: bebidas lácteas, biscoitos recheados, sucos de caixinha e salgadinhos industrializados. O presente estudo buscou analisar as quantidades de carboidratos, açúcares de adição, gorduras e fibras, comparandoas com as recomendações diárias de referência. Os resultados apontam que os os produtos industrializados mais consumidos pelos adolescentes brasileiros, possuem alto teor de açúcar e gorduras e baixo teor de fibras alimentares, seu consumo contínuo representa riscos para a saúde. Também foi possível constatar que a atual legislação referente a rotulagem desses produtos apresenta falhas, tornando as informações nas tabelas de valores nutricionais insuficientes para que a população tome decisões favoráveis à escolha de alimentos mais saudáveis. É preciso que seja feita uma reformulação das resoluções, referentes à rotulagem de produtos industrializados, assim como a regulamentação da publicidade e do marketing voltado a esses produtos de forma a desencorajar ou não estimular o consumo de alimentos nocivos à saúde, especialmente entre os jovens brasileiros.According to data from the Family Budget Survey (POF), conducted in 2008 and 2009, the eating habits of Brazilian adolescents have been changing in recent years due to social, cultural and family composition changes. According to the IBGE, the weight gain in adolescents from 10 to 19 years has been continuous in the last 34 years. This is more noticeable in males, where the rate went from 3.7% to 21.7%. Among young women, the statistics tripled: from 7.6% to 19,% between 1974-75 and 2008-09. As for obesity, it is less intense, but also with an upward trend, ranging from 0.4% to 5.9% among boys and boys and from 0.7% to 4.0% in girls. Young people are consuming more ultraprocessed products with a high content of sugars and fats, as well as low amounts of dietary fiber. These eating habits, associated with changes in lifestyle, such as sedentary lifestyle, favor an increased risk for chronic noncommunicable diseases (CNCD). POF data indicate that the food products most consumed by Brazilian adolescents are: dairy drinks, stuffed biscuits, box juice and industrialized snack foods. The present study sought to analyze the amounts of carbohydrates, addition sugars, fats and fibers, comparing them with the daily reference recommendations. The results indicate that the industrialized products most consumed by Brazilian adolescents, are high in sugar and fat and low in dietary fiber, their continuous consumption represents health risks. It was also possible to verify that the current legislation regarding the labeling of these products has flaws, making the information in the tables of nutritional values insufficient for the population to make favorable decisions to choose healthier foods. It is necessary to reformulate the resolutions regarding the labeling of industrialized products, as well as the regulation of advertising and marketing aimed at these products in order to discourage or not stimulate the consumption of foods harmful to health, especially among young Brazilians.Submitted by Cláudia de Fátima Moura (claudiaf@ucb.br) on 2019-11-09T16:41:35Z No. of bitstreams: 1 MariaCatarineCamargoTCCGraduacao2019.pdf: 1511444 bytes, checksum: a047b5c354970e67abaae7fb7126533b (MD5)Approved for entry into archive by Sara Ribeiro (sara.ribeiro@ucb.br) on 2019-11-20T11:27:45Z (GMT) No. of bitstreams: 1 MariaCatarineCamargoTCCGraduacao2019.pdf: 1511444 bytes, checksum: a047b5c354970e67abaae7fb7126533b (MD5)Made available in DSpace on 2019-11-20T11:27:45Z (GMT). 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