Avaliação do ataque por sulfato ao concreto em estações de tratamento de esgoto

• Autor(a) principal: Silva, David de Souza Tavares da
• Data de Publicação: 2017
• Outros Autores: Freitas, Pedro Henrique Oliveira de
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UCB
• Texto Completo: https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/11769
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS::ENGENHARIA CIVIL; Sulfato; Concreto; Esgoto

Entre os agentes causadores de agressões ao concreto têm-se os ácidos, como por exemplo o sulfeto de hidrogênio (H2S) proveniente de fornos industriais que utilizam combustíveis com alto teor de enxofre e da decomposição da matéria orgânica presente em pântanos, lagos rasos e tubulações e demais estruturas contendo esgoto. De fato, estruturas de concreto existentes no sistema de esgotamento sanitário são vulneráveis ao elemento sulfato presente naturalmente nos efluentes, sendo, portanto susceptíveis à expansão, fissuras, desgaste, perda de resistência, erosão e cavitação. Tornando-se essencial sua avaliação e o monitoramento constante das estruturas de concreto utilizadas no sistema de esgotamento, em especial nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETE), visto que essas possuem inúmeras estruturas concretadas. O presente trabalho teve por objetivo avaliar os danos causados em estruturas de concreto utilizadas em estações de tratamento de esgoto em função dos possíveis ataques por sulfato. A avaliação foi realizada em laboratório utilizando barras prismáticas de argamassa cimentícia imersas em esgoto bruto e solução de sulfato com a finalidade de avaliar os danos causados a dois diferentes tipos de cimento. Ademais, foi realizada análise das características físico-químicas de esgoto oriundo de ETE do Distrito Federal utilizada para o experimento. Ao final do experimento, foi possível concluir que a concentração de sulfato em esgotos domésticos é baixa, todavia não insignificante para o ataque de sulfato, visto que o processo de degradação da matéria orgânica gera subprodutos, como o sulfeto de hidrogênio, com potencial de degradação ao concreto. Com relação ao experimento do laboratório, verificou-se expansão nas barras prismáticas de CP II / CP V, portanto indicando que esses não são resistentes a sulfatos, não sendo indicado para a construção de estruturas para o esgotamento sanitário.