Dinâmica espacial e temporal da ocupação e uso do solo da zona de amortecimento de unidade de conservação: caso da Floresta Nacional de Brasília

• Autor(a) principal: Araujo, Mayára Mikessy de Lima
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UCB
• Texto Completo: https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/10838
• topic: CNPQ::ENGENHARIAS; Floresta Nacional de Brasília; Zona de amortecimento; Ocupação e uso do solo; Análise espacial e temporal; Dinâmica da paisagem

Diante da preocupação sobre danos que atividades antrópicas trazem ao meio ambiente, Unidades de Conservação (UC) são instrumentos que visam proteger recursos naturais e biodiversidade. A Floresta Nacional (FLONA) de Brasília constitui o “cinturão verde” do Distrito Federal. No entanto, localizada próxima à áreas urbanas, o entorno da FLONA tem sido ocupado de maneira desordenada e predatória, causando prejuízos ao patrimônio natural. A zona de amortecimento visa minimizar impactos negativos provocados pela antropização, assim, é fundamental a promoção do uso sustentável do solo nas áreas de entorno. Essa pesquisa objetiva realizar análise temporal da dinâmica de ocupação e uso na zona de amortecimento da Floresta Nacional de Brasília. Comparou-se a composição da paisagem entre os anos 1999-2015 numa faixa de 3 quilômetros (km) ao redor da FLONA. A análise espacial e temporal foi executada utilizando ferramenta de classificação supervisionada do software ArcGIS. Resultados mostram que as classes Cerrado, Mata Ciliar e Reflorestamento não apresentam grandes variações temporais, pois constituem áreas protegidas por legislação ambiental. A área urbana apresentou considerável aumento, em 1999 representava 12,3% da área de estudo, passou a ocupar 23,5% (2015). Houve diminuição da área agrícola de 31,3% (1999) para 21,0% (2015), devido substituição de tal ocupação pela urbana. O adensamento urbano ocorreu principalmente nas Regiões Administrativas Taguatinga, Vicente Pires e Ceilândia, além de fragmentos de ocupação irregular em áreas que antes eram destinadas para uso agrícola. Como resultado, a UC sofre com fragmentação da vegetação natural e impactos gerados pelo crescimento urbano, intensificando o efeito de borda.