Reflexões acerca da saúde mental de mulheres presas a partir do livro “Presos que Menstruam”
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Data de Publicação: | 2020 |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UCB |
Texto Completo: | https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/13577 |
Resumo: | Objetivo: Investigar, a partir dos relatos registrados na obra “Presos que menstruam”, de que modo o ambiente prisional brasileiro afeta a saúde mental das detentas. Método: Para elaboração do presente trabalho, tratou-se do método qualitativo, deste modo foram avaliadas as falas presentes no livro da jornalista Nana Queiroz (Presos que menstruam, de 2016). Os relatos registrados no livro foram escolhidos a partir dos seguintes critérios: ser uma fala enunciada por uma mulher presa; ilustrar a vivência no cárcere; abordar de forma clara e direta a temática da saúde mental; além relatos que sugerem ou apresentam intervenções realizadas por profissionais de saúde mental, em especial de psicologia. Resultados: Constatou-se que o ambiente carcerário pode acarretar à mulher presa diversos adoecimentos mentais, ocasionados pelo ócio, superlotação, má alimentação e dificuldade de relacionar-se. As questões estruturais também são fatores que não favorecem a experiência na prisão e dificultam a socialização, bem como uma possível ressocialização futuramente. Mulheres grávidas passam por privações durante e após o parto que afetam a relação mãe e filho para além do cárcere. O uso de remédios controlados tornou-se uma prática recorrente até mesmo por internas que não possuem acompanhamento psiquiátrico. Diante disto, entende-se que cabe à psicologia propor estratégias para além da aplicação de testes psicológicos e da elaboração de relatórios e/ou exames criminológicos. Faz-se necessário, então, que os psicólogos criem e participem ativamente de intervenções que visem promover saúde mental no contexto prisional. Considerações Finais: Esse trabalho possibilitou o contato com narrativas de mulheres em situação de privação de liberdade, mas ressaltamos a importância e existência de relatos de outros atores do sistema penitenciário. Reconhecemos os limites da psicologia no sistema prisional brasileiro, tanto pela burocracia quanto pela falta de recursos, e é por este motivo que realçamos a importância da continuidade de estudos e investimentos para o sistema, pois faz-se necessária a presença e a atuação de profissionais da saúde, em especial, de psicólogos no cárcere. |
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Bezerra, Ana Cristina de AlencarFerreira, Amanda CalixtaBezerra, Thaynara Camargos2021-03-03T13:53:25Z2021-01-252021-03-03T13:53:25Z2020-12-01FERREIRA, Amanda Calixta; BEZERRA, Thaynara Camargos. Reflexões acerca da saúde mental de mulheres presas a partir do livro “Presos que Menstruam”. 2020. 32 f. Monografia (Graduação em Psicologia) – Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2020.https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/13577Objetivo: Investigar, a partir dos relatos registrados na obra “Presos que menstruam”, de que modo o ambiente prisional brasileiro afeta a saúde mental das detentas. Método: Para elaboração do presente trabalho, tratou-se do método qualitativo, deste modo foram avaliadas as falas presentes no livro da jornalista Nana Queiroz (Presos que menstruam, de 2016). Os relatos registrados no livro foram escolhidos a partir dos seguintes critérios: ser uma fala enunciada por uma mulher presa; ilustrar a vivência no cárcere; abordar de forma clara e direta a temática da saúde mental; além relatos que sugerem ou apresentam intervenções realizadas por profissionais de saúde mental, em especial de psicologia. Resultados: Constatou-se que o ambiente carcerário pode acarretar à mulher presa diversos adoecimentos mentais, ocasionados pelo ócio, superlotação, má alimentação e dificuldade de relacionar-se. As questões estruturais também são fatores que não favorecem a experiência na prisão e dificultam a socialização, bem como uma possível ressocialização futuramente. Mulheres grávidas passam por privações durante e após o parto que afetam a relação mãe e filho para além do cárcere. O uso de remédios controlados tornou-se uma prática recorrente até mesmo por internas que não possuem acompanhamento psiquiátrico. Diante disto, entende-se que cabe à psicologia propor estratégias para além da aplicação de testes psicológicos e da elaboração de relatórios e/ou exames criminológicos. Faz-se necessário, então, que os psicólogos criem e participem ativamente de intervenções que visem promover saúde mental no contexto prisional. Considerações Finais: Esse trabalho possibilitou o contato com narrativas de mulheres em situação de privação de liberdade, mas ressaltamos a importância e existência de relatos de outros atores do sistema penitenciário. Reconhecemos os limites da psicologia no sistema prisional brasileiro, tanto pela burocracia quanto pela falta de recursos, e é por este motivo que realçamos a importância da continuidade de estudos e investimentos para o sistema, pois faz-se necessária a presença e a atuação de profissionais da saúde, em especial, de psicólogos no cárcere.Objective: To investigate, from the reports recorded in the work “Prisoners who menstruate”, how the Brazilian prison environment affects the mental health of inmates. Method: For the elaboration of the present work, it was a qualitative method, in this way the speeches present in the book by journalist Nana Queiroz (Prisoners who menstruate, 2016) were evaluated. The reports recorded in the book were chosen based on the following criteria: being a speech uttered by a woman in prison; illustrate the experience in prison; address the theme of mental health in a clear and direct way; besides reports that suggest or present interventions carried out by mental health professionals, especially psychology. Results: It was found that the prison environment can cause the imprisoned woman several mental illnesses, caused by leisure, overcrowding, poor diet and difficulty in relating. Structural issues are also factors that do not favor the experience in prison and hinder socialization, as well as possible re-socialization in the future. Pregnant women experience deprivation during and after childbirth that affect the mother-child relationship beyond prison. The use of controlled drugs has become a recurrent practice even by inmates who do not have psychiatric follow-up. Given this, it is understood that it is up to psychology to propose strategies in addition to the application of psychological tests and the preparation of reports and / or criminological exams. It is necessary, then, that psychologists create and actively participate in interventions that aim to promote mental health in the prison context. Final Considerations: This work enabled contact with narratives of women in situations of deprivation of liberty, but we emphasize the importance and existence of reports from other actors in the prison system. We recognize the limits of psychology in the Brazilian prison system, both because of the bureaucracy and the lack of resources, and it is for this reason that we emphasize the importance of continuing studies and investments for the system, as the presence and performance of professionals is necessary health, in particular, of psychologists in prison.Submitted by Lucivânia Carmo (lucivania.carmo@ucb.br) on 2021-01-25T17:15:01Z No. of bitstreams: 1 AmandaCalixtaFerreiraTCCGraduacao2020.pdf: 495901 bytes, checksum: 6d997736062c993a15a9644f0b730a6d (MD5)Approved for entry into archive by Sara Ribeiro (sara.ribeiro@ucb.br) on 2021-03-03T13:53:25Z (GMT) No. of bitstreams: 1 AmandaCalixtaFerreiraTCCGraduacao2020.pdf: 495901 bytes, checksum: 6d997736062c993a15a9644f0b730a6d (MD5)Made available in DSpace on 2021-03-03T13:53:25Z (GMT). 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Objetivo: Investigar, a partir dos relatos registrados na obra “Presos que menstruam”, de que modo o ambiente prisional brasileiro afeta a saúde mental das detentas. Método: Para elaboração do presente trabalho, tratou-se do método qualitativo, deste modo foram avaliadas as falas presentes no livro da jornalista Nana Queiroz (Presos que menstruam, de 2016). Os relatos registrados no livro foram escolhidos a partir dos seguintes critérios: ser uma fala enunciada por uma mulher presa; ilustrar a vivência no cárcere; abordar de forma clara e direta a temática da saúde mental; além relatos que sugerem ou apresentam intervenções realizadas por profissionais de saúde mental, em especial de psicologia. Resultados: Constatou-se que o ambiente carcerário pode acarretar à mulher presa diversos adoecimentos mentais, ocasionados pelo ócio, superlotação, má alimentação e dificuldade de relacionar-se. As questões estruturais também são fatores que não favorecem a experiência na prisão e dificultam a socialização, bem como uma possível ressocialização futuramente. Mulheres grávidas passam por privações durante e após o parto que afetam a relação mãe e filho para além do cárcere. O uso de remédios controlados tornou-se uma prática recorrente até mesmo por internas que não possuem acompanhamento psiquiátrico. Diante disto, entende-se que cabe à psicologia propor estratégias para além da aplicação de testes psicológicos e da elaboração de relatórios e/ou exames criminológicos. Faz-se necessário, então, que os psicólogos criem e participem ativamente de intervenções que visem promover saúde mental no contexto prisional. Considerações Finais: Esse trabalho possibilitou o contato com narrativas de mulheres em situação de privação de liberdade, mas ressaltamos a importância e existência de relatos de outros atores do sistema penitenciário. Reconhecemos os limites da psicologia no sistema prisional brasileiro, tanto pela burocracia quanto pela falta de recursos, e é por este motivo que realçamos a importância da continuidade de estudos e investimentos para o sistema, pois faz-se necessária a presença e a atuação de profissionais da saúde, em especial, de psicólogos no cárcere. Objective: To investigate, from the reports recorded in the work “Prisoners who menstruate”, how the Brazilian prison environment affects the mental health of inmates. Method: For the elaboration of the present work, it was a qualitative method, in this way the speeches present in the book by journalist Nana Queiroz (Prisoners who menstruate, 2016) were evaluated. The reports recorded in the book were chosen based on the following criteria: being a speech uttered by a woman in prison; illustrate the experience in prison; address the theme of mental health in a clear and direct way; besides reports that suggest or present interventions carried out by mental health professionals, especially psychology. Results: It was found that the prison environment can cause the imprisoned woman several mental illnesses, caused by leisure, overcrowding, poor diet and difficulty in relating. Structural issues are also factors that do not favor the experience in prison and hinder socialization, as well as possible re-socialization in the future. Pregnant women experience deprivation during and after childbirth that affect the mother-child relationship beyond prison. The use of controlled drugs has become a recurrent practice even by inmates who do not have psychiatric follow-up. Given this, it is understood that it is up to psychology to propose strategies in addition to the application of psychological tests and the preparation of reports and / or criminological exams. It is necessary, then, that psychologists create and actively participate in interventions that aim to promote mental health in the prison context. Final Considerations: This work enabled contact with narratives of women in situations of deprivation of liberty, but we emphasize the importance and existence of reports from other actors in the prison system. We recognize the limits of psychology in the Brazilian prison system, both because of the bureaucracy and the lack of resources, and it is for this reason that we emphasize the importance of continuing studies and investments for the system, as the presence and performance of professionals is necessary health, in particular, of psychologists in prison. |
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Objetivo: Investigar, a partir dos relatos registrados na obra “Presos que menstruam”, de que modo o ambiente prisional brasileiro afeta a saúde mental das detentas. Método: Para elaboração do presente trabalho, tratou-se do método qualitativo, deste modo foram avaliadas as falas presentes no livro da jornalista Nana Queiroz (Presos que menstruam, de 2016). Os relatos registrados no livro foram escolhidos a partir dos seguintes critérios: ser uma fala enunciada por uma mulher presa; ilustrar a vivência no cárcere; abordar de forma clara e direta a temática da saúde mental; além relatos que sugerem ou apresentam intervenções realizadas por profissionais de saúde mental, em especial de psicologia. Resultados: Constatou-se que o ambiente carcerário pode acarretar à mulher presa diversos adoecimentos mentais, ocasionados pelo ócio, superlotação, má alimentação e dificuldade de relacionar-se. As questões estruturais também são fatores que não favorecem a experiência na prisão e dificultam a socialização, bem como uma possível ressocialização futuramente. Mulheres grávidas passam por privações durante e após o parto que afetam a relação mãe e filho para além do cárcere. O uso de remédios controlados tornou-se uma prática recorrente até mesmo por internas que não possuem acompanhamento psiquiátrico. Diante disto, entende-se que cabe à psicologia propor estratégias para além da aplicação de testes psicológicos e da elaboração de relatórios e/ou exames criminológicos. Faz-se necessário, então, que os psicólogos criem e participem ativamente de intervenções que visem promover saúde mental no contexto prisional. Considerações Finais: Esse trabalho possibilitou o contato com narrativas de mulheres em situação de privação de liberdade, mas ressaltamos a importância e existência de relatos de outros atores do sistema penitenciário. Reconhecemos os limites da psicologia no sistema prisional brasileiro, tanto pela burocracia quanto pela falta de recursos, e é por este motivo que realçamos a importância da continuidade de estudos e investimentos para o sistema, pois faz-se necessária a presença e a atuação de profissionais da saúde, em especial, de psicólogos no cárcere. |
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