Psiquiatra e assistente social de CAPS-AD: o que dizem da religiosidade de seus usuários?
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Data de Publicação: | 2016 |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UCB |
Texto Completo: | https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/9274 |
Resumo: | A presente pesquisa teve como objetivo investigar como profissionais de CAPSAD percebem a manifestação da religiosidade/espiritualidade dos usuários do serviço de CAPSAD. Especificamente como psiquiatras e assistentes sociais lidam com a manifestação religiosa/espiritual do usuário, como diferenciam fenômenos religiosos/espirituais de sintomas psicopatológicos, como estabelecem o manejo de sua própria religiosidade neste contexto. Refere-se a uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório. Foram realizadas quatro entrevistas semiestruturadas com base fenomenológica, sendo, duas com assistentes sociais e duas com psiquiatras. A análise dos dados ocorreu a partir da leitura fenomenológica com a apreensão de núcleos de sentido, onde se buscou compreender as falas das citadas profissões como também entre as distintas profissões. Todos os entrevistados relataram que percebem a religiosidade/espiritualidade presente na vida de seus pacientes, consideram que deve haver o acolhimento e o respeito deste aspecto. No entanto, esteve também presente em algumas falas, o oposto disso, expressando, em alguns casos, a desqualificação ou desconsideração desta dimensão da vida humana. Em relação à diferenciação que fazem entre fenômenos religiosos/espirituais de fenômeno psicopatológicos, os profissionais apresentam ainda certa dificuldade em estabelecer critérios que sejam contextualizados com a as vivências do paciente. No que diz respeito ao manejo com a própria religiosidade/espiritualidade neste contexto, ficou evidente nas falas dos psiquiatras certa incoerência, ou seja, ao mesmo tempo em que relatam que não misturam seus valores pessoais com o que é da vida do paciente, relatam também que não existe isenção ou neutralidade nos atendimentos. Já as assistentes sociais de início relataram que é impossível não existir interferências do que se acredita em seus atendimentos. Por tanto, foi possível apurar a necessidade de uma instrumentalização por parte dos profissionais a fim de exercerem um atendimento que abarque a integralidade do sujeito. |
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Santos, LucianaPaiva, Alice Ferreira2017-07-14T12:12:49Z2017-07-132017-07-14T12:12:49Z2016-12-01PAIVA, Alice Ferreira. Psiquiatra e assistente social de CAPS-AD: o que dizem da religiosidade de seus usuários?. 2016. 64 f. Monografia (Graduação em Psicologia) – Universidade Católica de Brasília, Brasília, 2016.https://repositorio.ucb.br:9443/jspui/handle/123456789/9274A presente pesquisa teve como objetivo investigar como profissionais de CAPSAD percebem a manifestação da religiosidade/espiritualidade dos usuários do serviço de CAPSAD. Especificamente como psiquiatras e assistentes sociais lidam com a manifestação religiosa/espiritual do usuário, como diferenciam fenômenos religiosos/espirituais de sintomas psicopatológicos, como estabelecem o manejo de sua própria religiosidade neste contexto. Refere-se a uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório. Foram realizadas quatro entrevistas semiestruturadas com base fenomenológica, sendo, duas com assistentes sociais e duas com psiquiatras. A análise dos dados ocorreu a partir da leitura fenomenológica com a apreensão de núcleos de sentido, onde se buscou compreender as falas das citadas profissões como também entre as distintas profissões. Todos os entrevistados relataram que percebem a religiosidade/espiritualidade presente na vida de seus pacientes, consideram que deve haver o acolhimento e o respeito deste aspecto. No entanto, esteve também presente em algumas falas, o oposto disso, expressando, em alguns casos, a desqualificação ou desconsideração desta dimensão da vida humana. Em relação à diferenciação que fazem entre fenômenos religiosos/espirituais de fenômeno psicopatológicos, os profissionais apresentam ainda certa dificuldade em estabelecer critérios que sejam contextualizados com a as vivências do paciente. No que diz respeito ao manejo com a própria religiosidade/espiritualidade neste contexto, ficou evidente nas falas dos psiquiatras certa incoerência, ou seja, ao mesmo tempo em que relatam que não misturam seus valores pessoais com o que é da vida do paciente, relatam também que não existe isenção ou neutralidade nos atendimentos. Já as assistentes sociais de início relataram que é impossível não existir interferências do que se acredita em seus atendimentos. Por tanto, foi possível apurar a necessidade de uma instrumentalização por parte dos profissionais a fim de exercerem um atendimento que abarque a integralidade do sujeito.The present research had as objective to investigate how CAPSAD professionals perceive the manifestation of the religiosity / spirituality of the users of the CAPSAD service. Specifically how they deal with the religious / spiritual manifestation of the user, how they differentiate religious / spiritual phenomena from psychopathological symptoms, how they deal with their own religiosity in this context. Refers to an exploratory research of qualitative data analysis. Four semi-structured interviews were carried out on a phenomenological basis, two of them with social workers and two with psychiatrists. The analysis of the data occurred from the phenomenological reading with the construction of sense nuclei, aiming to identify the convergences between the speeches of the mentioned professions as well as between the different professions. All interviewees reported that they perceive the religiosity / spirituality present in their patients, consider that there should be the reception and respect of this aspect present in the life of the subject, however, was present in some speeches the opposite of this, expressing in some cases the disqualification Or disregard of this dimension of the life of being. Therefore, it was possible to ascertain the need for an instrumentalization by the professionals in order to exercise a care that encompasses the integrality of the subject.Submitted by maikon ornelas (maikon.ornelas@ucb.br) on 2017-07-13T18:24:06Z No. of bitstreams: 1 AliceFerreiraPaivaTCCGraduação2016.pdf: 1080892 bytes, checksum: 6a49ab10a969956962189d3251dc88ba (MD5)Approved for entry into archive by Sara Ribeiro (sara.ribeiro@ucb.br) on 2017-07-14T12:12:49Z (GMT) No. of bitstreams: 1 AliceFerreiraPaivaTCCGraduação2016.pdf: 1080892 bytes, checksum: 6a49ab10a969956962189d3251dc88ba (MD5)Made available in DSpace on 2017-07-14T12:12:49Z (GMT). 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A presente pesquisa teve como objetivo investigar como profissionais de CAPSAD percebem a manifestação da religiosidade/espiritualidade dos usuários do serviço de CAPSAD. Especificamente como psiquiatras e assistentes sociais lidam com a manifestação religiosa/espiritual do usuário, como diferenciam fenômenos religiosos/espirituais de sintomas psicopatológicos, como estabelecem o manejo de sua própria religiosidade neste contexto. Refere-se a uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório. Foram realizadas quatro entrevistas semiestruturadas com base fenomenológica, sendo, duas com assistentes sociais e duas com psiquiatras. A análise dos dados ocorreu a partir da leitura fenomenológica com a apreensão de núcleos de sentido, onde se buscou compreender as falas das citadas profissões como também entre as distintas profissões. Todos os entrevistados relataram que percebem a religiosidade/espiritualidade presente na vida de seus pacientes, consideram que deve haver o acolhimento e o respeito deste aspecto. No entanto, esteve também presente em algumas falas, o oposto disso, expressando, em alguns casos, a desqualificação ou desconsideração desta dimensão da vida humana. Em relação à diferenciação que fazem entre fenômenos religiosos/espirituais de fenômeno psicopatológicos, os profissionais apresentam ainda certa dificuldade em estabelecer critérios que sejam contextualizados com a as vivências do paciente. No que diz respeito ao manejo com a própria religiosidade/espiritualidade neste contexto, ficou evidente nas falas dos psiquiatras certa incoerência, ou seja, ao mesmo tempo em que relatam que não misturam seus valores pessoais com o que é da vida do paciente, relatam também que não existe isenção ou neutralidade nos atendimentos. Já as assistentes sociais de início relataram que é impossível não existir interferências do que se acredita em seus atendimentos. Por tanto, foi possível apurar a necessidade de uma instrumentalização por parte dos profissionais a fim de exercerem um atendimento que abarque a integralidade do sujeito. |
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