REARTICULAÇÕES DA AUTOETNOGRAFIA A PARTIR DA TEORIA ATOR-REDE: EXEMPLO DE UM ESTUDO COLABORATIVO EM TEMPOS DE PANDEMIA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marquezini, Viviane Santana
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Cristina Cohen Fonseca, Gisele, Rolim Abadia, Lília
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Comunicologia
Texto Completo: https://portalrevistas.ucb.br/index.php/RCEUCB/article/view/12856
Resumo: A pandemia de Covid-19 alterou significativamente nossas relações pessoais, profissionais e acadêmicas e as interações delas advindas. Este artigo tenciona refletir sobre o nosso processo de pesquisa, contribuindo para a discussão teórico-metodológica sobre os estudos de autoetnografia à luz da Teoria Ator-Rede (TAR). A pergunta que norteia este artigo é:  como fazer uma autoetnografia a partir da perspectiva da TAR? A nossa abordagem autoetnográfica se reconfigurou quando alinhada à TAR, que permite uma resposta às críticas ao subjetivismo e à auto-indulgência da trajetória pessoal das pesquisadoras no estudo. Ao seguirmos um viés colaborativo no uso da metodologia, foi possível construir um relato permeado pelas similaridades e diferenças dos olhares sobre as instáveis e complexas redes sociotécnicas que constituem o nosso estudo. O escrutínio das experiências relatadas no diário de bordo sob as lentes da teoria conduziu a uma compreensão de formas de agência que ultrapassam, se opõem, resistem ou surpreendem as expectativas nelas depositadas. Por exemplo, o Comitê de Ética em Pesquisa, antes compreendido apenas como um intermediário no processo de execução da pesquisa, passou a ser visto como um ator, cujas ações demandaram reações. Ou mesmo, um computador, que entendíamos apenas como um intermediário no processo de aprendizagem ou na execução de um trabalho, passou a ser percebido como um elemento essencial na rede sociotécnica, em que o mau funcionamento resultou na necessidade de ações não previstas no percurso da pesquisa.     
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