EQUITAÇÃO NO RIO GRANDE DO SUL: UM ESTUDO SOBRE A CONFIGURAÇÃO DA VERTENTE RURAL
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Ciência e Movimento (Online) |
Texto Completo: | https://portalrevistas.ucb.br/index.php/rbcm/article/view/9137 |
Resumo: | A pesquisa trata de compreender o desenvolvimento da vertente rural da equitação no estado do Rio Grande do Sul no período do século XX. A investigação ocorreu por meio da coleta em fontes documentais, como documentos oficiais das associações hípicas e em jornais e revistas que circulavam a partir da metade do século XIX. As informações coletadas foram interpretadas por meio da técnica de análise documental. Os resultados da pesquisa demonstraram que, a partir do trabalho campeiro e rural no RS, são estabelecidas relações de interdependência com o esporte, com as manifestações culturais e com o mercado. Ao abordar uma das técnicas de trabalho rural, a prática do tiro de laço, bem como o seu deslocamento do campo para a cidade, tem-se, em um primeiro momento, o Movimento Tradicionalista Gaúcho valorizando-a enquanto uma manifestação cultural típica do estado. Posteriormente, tem-se a Federação Gaúcha de Laço com a intenção de direcionar a prática do tiro de laço para uma disposição esportiva e profissional. A partir disto, identifica-se que o elemento central na configuração estabelecida entre trabalho campeiro, cultura e esporte, no cenário da prática do tiro de laço, é representado pelo cavalo da raça crioula. Com base nisto é que emergem as competições do denominado Crioulaço, o qual parece contribuir para a legitimação do cavalo crioulo enquanto elemento-chave no arranjo configuracional do tiro de laço. Um processo de esportivização pode, ainda, ser identificado nas práticas equestres que compõem o Prêmio Freio de Ouro. Evidenciou-se que as práticas equestres possuem seus primórdios associados à lida campeira e em um primeiro momento, apresentam finalidades mais próximas de uma noção de entretenimento, passando a manifestar elementos de esportivização em meados da década de 1950. |
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EQUITAÇÃO NO RIO GRANDE DO SUL: UM ESTUDO SOBRE A CONFIGURAÇÃO DA VERTENTE RURALEquitação Tiro de laço Crioulaço Movimento Tradicionalista Gaúcho Esporte HistóriaA pesquisa trata de compreender o desenvolvimento da vertente rural da equitação no estado do Rio Grande do Sul no período do século XX. A investigação ocorreu por meio da coleta em fontes documentais, como documentos oficiais das associações hípicas e em jornais e revistas que circulavam a partir da metade do século XIX. As informações coletadas foram interpretadas por meio da técnica de análise documental. Os resultados da pesquisa demonstraram que, a partir do trabalho campeiro e rural no RS, são estabelecidas relações de interdependência com o esporte, com as manifestações culturais e com o mercado. Ao abordar uma das técnicas de trabalho rural, a prática do tiro de laço, bem como o seu deslocamento do campo para a cidade, tem-se, em um primeiro momento, o Movimento Tradicionalista Gaúcho valorizando-a enquanto uma manifestação cultural típica do estado. Posteriormente, tem-se a Federação Gaúcha de Laço com a intenção de direcionar a prática do tiro de laço para uma disposição esportiva e profissional. A partir disto, identifica-se que o elemento central na configuração estabelecida entre trabalho campeiro, cultura e esporte, no cenário da prática do tiro de laço, é representado pelo cavalo da raça crioula. Com base nisto é que emergem as competições do denominado Crioulaço, o qual parece contribuir para a legitimação do cavalo crioulo enquanto elemento-chave no arranjo configuracional do tiro de laço. Um processo de esportivização pode, ainda, ser identificado nas práticas equestres que compõem o Prêmio Freio de Ouro. Evidenciou-se que as práticas equestres possuem seus primórdios associados à lida campeira e em um primeiro momento, apresentam finalidades mais próximas de uma noção de entretenimento, passando a manifestar elementos de esportivização em meados da década de 1950.Universidade Católica de Brasília2019-06-12info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionAvaliado por ParesPesquisa Qualitativaapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttps://portalrevistas.ucb.br/index.php/rbcm/article/view/913710.31501/rbcm.v27i2.9137Revista Brasileira de Ciência e Movimento; v. 27 n. 2 (2019); 155-1750103-171610.31501/rbcm.v27i2reponame:Revista Brasileira de Ciência e Movimento (Online)instname:Universidade Católica de Brasília (UCB)instacron:UCBporhttps://portalrevistas.ucb.br/index.php/rbcm/article/view/9137/6206https://portalrevistas.ucb.br/index.php/rbcm/article/view/9137/10004https://portalrevistas.ucb.br/index.php/rbcm/article/view/9137/10005Copyright (c) 2019 Revista Brasileira de Ciência e Movimentoinfo:eu-repo/semantics/openAccessPereira, Ester LiberatoMazo, Janice ZarpellonBataglion, Giandra Anceski2020-04-07T17:21:04Zoai:ojs.portalrevistas.ucb.br:article/9137Revistahttp://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCMPRIhttp://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/oai||jr_lazer@yahoo.com.br2237-90020103-1716opendoar:2020-04-07T17:21:04Revista Brasileira de Ciência e Movimento (Online) - Universidade Católica de Brasília (UCB)false |
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