Paradigmas de interpretação das relações raciais no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Motta,Roberto
Data de Publicação: 2000
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Estudos Afro-Asiáticos
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-546X2000000200006
Resumo: No estudo das relações raciais no Brasil durante o século XX Distinguem-se três paradigmas. O primeiro, o paradigma da morenidade, está associado a Gilberto Freyre, mas apesar de aparentes desacordos, é compartilhado por Marvin Harris e Carl Degler, cujas formulações , "ambigüidade referencial no cálculo da identidade racial" e "nem branco nem preto" significam em essência o mesmo que moreno. Um segundo paradigma está associado a Florestan Fernandes, que destaca o caráter puramente residual do preconceito de raça e da desigualdade no Brasil. O terceiro paradigma, ligado sobretudo a Carlos Hasenbalg, postula que a discriminação racial persistente é a causa da desigualdade entre brancos e não-brancos no plano da economia, da educação e de outros indicadores. As diferenças entre esses paradigmas, e mesmo entre autores que aderem a paradigmas substancialmente idênticos, derivam em grande medida de modelos diferentes de história e desenvolvimento.
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