Dilemas teóricos da representação política na origem do estado moderno. Hobbes e Sieyès: tão distantes e tão próximos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Synesis (Online) |
Texto Completo: | https://seer.ucp.br/seer/index.php/synesis/article/view/1212 |
Resumo: | A hipótese do artigo é que o dilema da constituição da representação política, que não tem por função refletir, mas interferir e operar uma unidade de “vontade política” a um povo ou uma nação, foi enfrentado pelos primeiros pensadores da representação moderna em diferentes contextos de grande transformação política e social: na Inglaterra absolutista no século XVII, por Thomas Hobbes, e na França pós-revolucionaria no século XVIII, pelo Abade Sieyès. O artigo procura identificar nos argumentos dos respectivos filósofos os primeiros esforços teóricos sobre a representação moderna, através de uma comparação que evidencia dilemas e constrangimentos semelhantes em diferentes contextos teóricos. Um dos principais desafios da representação política, nos dois autores, permanece sendo a busca dos mecanismos capazes de transformar vontades dispersas e múltiplas de indivíduos numa só vontade unificada do corpo social. Embora os argumentos de legitimidade possam variar, para ambos os autores, a “vontade” do representante político é produto de uma elaboração conceitual e de uma produção racional que se dá com a constituição de um corpo, que no caso de Hobbes se dá com a criação do Estado, e em Sieyès com a representação nacional. |
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Dilemas teóricos da representação política na origem do estado moderno. Hobbes e Sieyès: tão distantes e tão próximosA hipótese do artigo é que o dilema da constituição da representação política, que não tem por função refletir, mas interferir e operar uma unidade de “vontade política” a um povo ou uma nação, foi enfrentado pelos primeiros pensadores da representação moderna em diferentes contextos de grande transformação política e social: na Inglaterra absolutista no século XVII, por Thomas Hobbes, e na França pós-revolucionaria no século XVIII, pelo Abade Sieyès. O artigo procura identificar nos argumentos dos respectivos filósofos os primeiros esforços teóricos sobre a representação moderna, através de uma comparação que evidencia dilemas e constrangimentos semelhantes em diferentes contextos teóricos. Um dos principais desafios da representação política, nos dois autores, permanece sendo a busca dos mecanismos capazes de transformar vontades dispersas e múltiplas de indivíduos numa só vontade unificada do corpo social. Embora os argumentos de legitimidade possam variar, para ambos os autores, a “vontade” do representante político é produto de uma elaboração conceitual e de uma produção racional que se dá com a constituição de um corpo, que no caso de Hobbes se dá com a criação do Estado, e em Sieyès com a representação nacional.UCP2017-08-05info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://seer.ucp.br/seer/index.php/synesis/article/view/1212Synesis (ISSN 1984-6754); Vol. 9 No. 1 (2017): JAN.-JUL.; 1-16Synesis (ISSN 1984-6754); v. 9 n. 1 (2017): JAN.-JUL.; 1-161984-67541678-6785reponame:Synesis (Online)instname:Universidade Católica de Petrópolis (UCP)instacron:UCPporhttps://seer.ucp.br/seer/index.php/synesis/article/view/1212/629Tostes, Ana Paulainfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-03-03T11:36:54Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/1212Revistahttps://seer.ucp.br/seer/index.php/synesisPRIhttps://seer.ucp.br/seer/index.php/synesis/oaisergio.salles@ucp.br || paulo.cerqueira@ucp.br1984-67541678-6785opendoar:2023-03-03T11:36:54Synesis (Online) - Universidade Católica de Petrópolis (UCP)false |
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