O SI MESMO: ENTRE PIERRE HADOT E MICHEL FOUCAULT
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Synesis (Online) |
Texto Completo: | https://seer.ucp.br/seer/index.php/synesis/article/view/2054 |
Resumo: | O presente estudo tem como objetivo aprofundar os aspectos filosóficos da relação existente entre a obra de Pierre Hadot e de Michel Foucault, no que diz respeito aos conceitos de “Exercícios Espirituais” e “Cuidado de Si”. Pretendemos analisar como Pierre Hadot interpretou a apropriação que Michel de Foucault fez do seu texto “exercícios espirituais”, ao apresentar a noção acerca da definição de “Cuidado de si”. Elucidamos as principais divergências e convergências presentes entre as reflexões filosóficas desses dois autores, que são de grande relevância para a compreensão de fenômenos da atualidade. A metodologia adotada foi a pesquisa exploratória teórico-bibliográfica, a meio caminho entre um comentário e um ensaio. Nossos estudos apontam o tema do ‘si mesmo’ como o ponto central da pesquisa, sendo o “Cuidado de Si” o viés capaz de nos conduzir ao conhecimento e, desta maneira, nos levar ao direcionamento da existência por meio da racionalidade dos “Exercícios Espirituais”. Nossos dois autores, em suas discussões a respeito do “ter cuidados consigo mesmo”, evocam em partes o pensamento dos gregos, que são a fonte da definição deste princípio. Sendo assim, nos norteará o termo “epimeleia heauton”, isto é, incumbir-se diante do mundo da vida, na prática de minuciosas e permanentes críticas diante da própria conduta. Ou seja, por meio destes exercícios espirituais conseguir assim contemplar-se racionalmente em um caminho para “si mesmo” e através de “si mesmo”. Ademais, tudo isto implica num esforço constante sobre a vontade e o desejo, afim de arquitetar no dia-a-dia uma autêntica autonomia. Não temos a pretensão de esgotar todo o assunto, contudo, a relação a ser desenvolvida nos aproximará do domínio sobre nós mesmos e nos fará refletir sobre o estado do “ter-se nas próprias mãos”. |
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