INTERAÇÃO EM SALA DE AULA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA DE DEFICIENTES VISUAIS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nascimento, Kátia Regina Silva do
Data de Publicação: 1997
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do UCpel
Texto Completo: http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/12
Resumo: O estudo tem por objetivo averiguar os significados interacionais entre professor/aluno e aluno/aluno em uma aula de Língua Estrangeira (LE), especificamente, Língua Espanhola, de alunos deficientes visuais (DVs). Os resultados estão baseados nos textos de sala de aula produzidos por professor e alunos, nos diários da professora e nas entrevistas feitas com os alunos. Entre os resultados, destaca-se a dificuldade de uma professora adaptar sua ação pedagógica e o seu discurso à realidade de ensino e aprendizagem de pessoas com necessidades especiais de visão. Facilmente usa linguagem discriminatória; encontra dificuldade em resolver problemas, pois não pode lançar mão dos recursos utilizados no aprender dos videntes, como o uso do quadro, gestos e expressão facial e elementos dêiticos. Sente-se também insegura na programação de atividades, pois não está familiarizada com o aprender das pessoas com necessidades especiais de visão. Verifica-se também que os DVs, mais do que os videntes, precisam utilizar a interação para aprender. Por essa razão, sempre estão dispostos a contribuir, a preencher os momentos de silêncio, a ajudar na solução de problemas dos colegas e do professor; possuem uma grande capacidade de escutar o professor e colegas, pois é pela audição que apreendem a realidade e constroem representações mentais; utilizam estratégias especiais de aprendizagem como anotações em braille, gravações para posterior estudo, repetição atenta; solucionam imediatamente seus problemas por causa da dependência do professor ou dos colegas; tomam o turno com prontidão quando nomeados pela professora; têm atitude positiva perante o aprender e perante as atividades propostas e usam o tato e a inferência para criar representações das realidades circundantes. Essas estratégias juntamente com a curiosidade são algumas das características mais marcantes do aprendiz cego observado. O estudo conclui afirmando a necessidade de uma pedagogia especial e de professores especializados para ensinarem os DVs, examina as implicações pedagógicas dos resultados e oferece sugestões para pesquisas posteriores.
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spelling INTERAÇÃO EM SALA DE AULA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA DE DEFICIENTES VISUAISLíngua estrangeiradeficientes visuaislinguística aplicadaCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA::LINGUISTICA APLICADAO estudo tem por objetivo averiguar os significados interacionais entre professor/aluno e aluno/aluno em uma aula de Língua Estrangeira (LE), especificamente, Língua Espanhola, de alunos deficientes visuais (DVs). Os resultados estão baseados nos textos de sala de aula produzidos por professor e alunos, nos diários da professora e nas entrevistas feitas com os alunos. Entre os resultados, destaca-se a dificuldade de uma professora adaptar sua ação pedagógica e o seu discurso à realidade de ensino e aprendizagem de pessoas com necessidades especiais de visão. Facilmente usa linguagem discriminatória; encontra dificuldade em resolver problemas, pois não pode lançar mão dos recursos utilizados no aprender dos videntes, como o uso do quadro, gestos e expressão facial e elementos dêiticos. Sente-se também insegura na programação de atividades, pois não está familiarizada com o aprender das pessoas com necessidades especiais de visão. Verifica-se também que os DVs, mais do que os videntes, precisam utilizar a interação para aprender. Por essa razão, sempre estão dispostos a contribuir, a preencher os momentos de silêncio, a ajudar na solução de problemas dos colegas e do professor; possuem uma grande capacidade de escutar o professor e colegas, pois é pela audição que apreendem a realidade e constroem representações mentais; utilizam estratégias especiais de aprendizagem como anotações em braille, gravações para posterior estudo, repetição atenta; solucionam imediatamente seus problemas por causa da dependência do professor ou dos colegas; tomam o turno com prontidão quando nomeados pela professora; têm atitude positiva perante o aprender e perante as atividades propostas e usam o tato e a inferência para criar representações das realidades circundantes. Essas estratégias juntamente com a curiosidade são algumas das características mais marcantes do aprendiz cego observado. O estudo conclui afirmando a necessidade de uma pedagogia especial e de professores especializados para ensinarem os DVs, examina as implicações pedagógicas dos resultados e oferece sugestões para pesquisas posteriores.The study aims to inquire the interaction between teacher and learners and between learners in a Foreign Language (FL) classroom of visual handicapped learners of the Spanish Language. The data for the analysis come from the texts produced by the teacher, the learners interaction in the classroom, from the teacher s diaries and from the interviews with the learners. The results show the difficulties of the teacher in adapting to the new pedagogical situation of the learners needs. The teacher frequently uses discriminatory language, finds it difficult to solve problems because she cannot make use of the pedagogical and linguistic resources used in the classroom of students without visual deficiencies. Such resources include the blackboard, gestures, facial expressions and the linguistic deitic elements. The teacher also felt very insecure in scheduling the activities for the students because she was not familiar with the strategies used by visually handicapped learners to solve their problems. She was always concerned about their needs and she was convinced that learning would only happen through interaction. But, she soon found out that learners with visual difficulties are always willing to fill in the moments of silence and to assist the teacher in her difficulties. They have a great capacity to listen to the teacher and colleagues, because it is from hearing that they perceive reality and build their mental representation. Students use special learning strategies, taking notes in Braille, recording the class for later listening and study, careful repetition, taking the turn promptly when the problem appeared or when the teacher gave them the turn to speak. They also have a positive attitude towards learning and proposed activities and competently use tact and inference in their learning. These strategies combined with the curiosity are some of the most remarkable features of their learning. The study concludes stating that there is an urgent need to prepare teachers for learners who have special visual needs and offers suggestions for further research.Universidade Catolica de PelotasLetrasBRUcpelMestrado em LetrasBohn, Hilário InácioCPF:16584970906http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4727299A6Leffa, Vilson JoseCPF:00757110010http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4783238Y5Nascimento, Kátia Regina Silva do2016-03-22T17:26:01Z2008-04-161997-11-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfNASCIMENTO, Kátia Regina Silva do. INTERAÇÃO EM SALA DE AULA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA DE DEFICIENTES VISUAIS. 1997. 81 f. 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