Prevalência de sintomas depressivos e ansiosos e fatores associados na população do Rio Grande do Sul durante a pandemia: um inquérito telefônico.
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do UCpel |
Texto Completo: | http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/925 |
Resumo: | Introdução: Os sintomas depressivos e ansiosos estão entre os transtornos mentais comuns mais notificados no território brasileiro, que quando não tratados adequadamente podem ser fator de risco para o suicídio. Estudos tem demonstrado que durante o período de pandemia as populações de inúmeros países se tornaram mais propensas a manifestar esses distúrbios em virtude do medo, preocupação, e insegurança em relação à COVID-19. Objetivo: Avaliar a prevalência de sintomas depressivos e ansiosos durante a pandemia por COVID-19 no Rio Grande do Sul. Método: Trata-se de um estudo transversal realizado com sujeitos portadores de linha de telefonia móvel pertencente a uma das quatro áreas de Discagem Direta à Distância (DDD) do estado (51, 53, 54, e 55) entre setembro de 2020 a abril de 2021. A prevalência dos sintomas depressivos e ansiosos foi avaliada respectivamente pelos instrumentos Patient Health Questionnaire – PHQ-9 e Generalized Anxiety Disorder – GAD7. Ainda, foram avaliadas questões sociodemográficas e de medidas de proteção contra a COVID-19. A análise dos dados foi feita no programa estatístico SPSS 22.0. Para as análises univariadas utilizou-se frequência absoluta e relativa e para análises bivariadas o teste do quiquadrado. Resultados: Foram entrevistados 741 indivíduos. A prevalência de sintomas depressivos na amostra foi de 37,4% e ansiosos 40,4%. As mulheres, pessoas com até 33 anos de idade, que moravam com 6 ou mais pessoas na mesma casa, que iniciaram o uso de psicofármaco durante a pandemia, e que consumiam bebida alcoólica até dois dias por semana apresentaram maior prevalência de ambos os sintomas (p<0,05). Além disso, o teste para tendência linear identificou que quanto maior o número de moradores da casa e menor a idade maior foi a prevalência de sintomas depressivos e ansiosos (p<0,05). Também verificou-se que os indivíduos não-brancos tiveram maior prevalência de sintomas ansiosos (p=0,038). Conclusão: Através dos resultados desse estudo foi possível identificar uma taxa elevada de sintomas depressivos e ansiosos durante a pandemia por COVID-19. Os sintomas foram mais frequentes em mulheres, pessoas mais jovens, não-brancos, casas com 6 ou mais moradores, que usavam psicofármacos e consumiam bebida alcoólica. Conhecer o perfil mais vulnerável para a presença dos sintomas pode servir como alerta para que se possa criar estratégias de promoção, prevenção e intervenções locais, além da oferta de acompanhamento psicológico às famílias que perderam seus entes durante a pandemia. |
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Prevalência de sintomas depressivos e ansiosos e fatores associados na população do Rio Grande do Sul durante a pandemia: um inquérito telefônico.sintomas depressivos; sintomas ansiosos; pandemia; COVID-19depressive symptoms; anxious symptoms; pandemic; COVID-19CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINAIntrodução: Os sintomas depressivos e ansiosos estão entre os transtornos mentais comuns mais notificados no território brasileiro, que quando não tratados adequadamente podem ser fator de risco para o suicídio. Estudos tem demonstrado que durante o período de pandemia as populações de inúmeros países se tornaram mais propensas a manifestar esses distúrbios em virtude do medo, preocupação, e insegurança em relação à COVID-19. Objetivo: Avaliar a prevalência de sintomas depressivos e ansiosos durante a pandemia por COVID-19 no Rio Grande do Sul. Método: Trata-se de um estudo transversal realizado com sujeitos portadores de linha de telefonia móvel pertencente a uma das quatro áreas de Discagem Direta à Distância (DDD) do estado (51, 53, 54, e 55) entre setembro de 2020 a abril de 2021. A prevalência dos sintomas depressivos e ansiosos foi avaliada respectivamente pelos instrumentos Patient Health Questionnaire – PHQ-9 e Generalized Anxiety Disorder – GAD7. Ainda, foram avaliadas questões sociodemográficas e de medidas de proteção contra a COVID-19. A análise dos dados foi feita no programa estatístico SPSS 22.0. Para as análises univariadas utilizou-se frequência absoluta e relativa e para análises bivariadas o teste do quiquadrado. Resultados: Foram entrevistados 741 indivíduos. A prevalência de sintomas depressivos na amostra foi de 37,4% e ansiosos 40,4%. As mulheres, pessoas com até 33 anos de idade, que moravam com 6 ou mais pessoas na mesma casa, que iniciaram o uso de psicofármaco durante a pandemia, e que consumiam bebida alcoólica até dois dias por semana apresentaram maior prevalência de ambos os sintomas (p<0,05). Além disso, o teste para tendência linear identificou que quanto maior o número de moradores da casa e menor a idade maior foi a prevalência de sintomas depressivos e ansiosos (p<0,05). Também verificou-se que os indivíduos não-brancos tiveram maior prevalência de sintomas ansiosos (p=0,038). Conclusão: Através dos resultados desse estudo foi possível identificar uma taxa elevada de sintomas depressivos e ansiosos durante a pandemia por COVID-19. Os sintomas foram mais frequentes em mulheres, pessoas mais jovens, não-brancos, casas com 6 ou mais moradores, que usavam psicofármacos e consumiam bebida alcoólica. Conhecer o perfil mais vulnerável para a presença dos sintomas pode servir como alerta para que se possa criar estratégias de promoção, prevenção e intervenções locais, além da oferta de acompanhamento psicológico às famílias que perderam seus entes durante a pandemia.Introduction: The depressive and anxious symptoms are among the most common mental disorders reported in Brazil, which when not properly treated can be a risk factor for suicide. Studies have shown that during the pandemic period the populations of numerous countries became more prone to manifest these disorders due to fear, concern, and insecurity in relation to COVID-19. Objective: To evaluate the prevalence of depressive and anxious symptoms during the COVID-19 pandemic in Rio Grande do Sul. Method: This is a cross-sectional study conducted with subjects with a mobile telephone lines belonging to one of the four Direct Dialing Distance (DDD) areas (51, 53, 54, and 55) between september 2020 and april 2021. The prevalence of depressive and anxious symptoms was assessed respectively by the Patient Health Questionnaire – PHQ-9 and Generalized Anxiety Disorder – GAD-7. Furthermore, sociodemographic and protective measures against COVID-19 were evaluated. Data analysis was performed in the statistical program SPSS 22.0. For the univariate analyses, absolute and relative frequency was used and for bivariate analyses the chi-square test. Results: A total of 741 individuals were interviewed. The prevalence of depressive symptoms in the sample was 37.4% and anxious symptoms 40.4%. Women, people up to 33 years of age, who lived with 6 or more people in the same house, who started using psychotropic drugs during the pandemic, and who consumed alcohol up to two days a week had a higher prevalence of both symptoms (p<0.05). In addition, the linear trend test identified that the higher the number of residentes of the house and the lower the age, the higher the prevalence of depressive and anxious symptoms (p<0.05). It was also found that non-white individuals had a higher prevalence of anxious symptoms (p=0.038). Conclusion: Through the results of this study it was possible to identify a high rate of depressive and anxious symptoms during the pandemic by COVID-19. Symptoms were more frequent in women, younger people, nonwhites, homes with 6 or more residents, who used psychotropic drugs, and consumed alcoholic beverages. Knowing the most vulnerable profile for the presence of symptoms can serve as a warning to create strategies for promotion, prevention and local interventions, in addition to offering psychological follow-up to families who lost their loved ones during the pandemic.Universidade Catolica de PelotasCentro de Ciencias da SaudeBrasilUCPelMestrado Profissional em Saúde do Ciclo VitalQUEVEDO, Luciana de ÁvilaMATOS, Mariana Bonatti deMOTTA, Janaína Vieira dos SantosOLIVEIRA, Marlon Pereira de2022-02-24T11:30:11Z2021-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfOLIVEIRA, Marlon Pereira de. Prevalência de sintomas depressivos e ansiosos e fatores associados na população do Rio Grande do Sul durante a pandemia: um inquérito telefônico.. 2021. 66f. Dissertação( Mestrado Profissional em Saúde do Ciclo Vital) - Universidade Catolica de Pelotas, Pelotas.http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/jspui/925porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do UCpelinstname:Universidade Católica de Pelotas (UCPEL)instacron:UCPEL2022-02-25T04:00:09Zoai:tede.ucpel.edu.br:jspui/925Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www2.ufpel.edu.br/tede/http://tede.ucpel.edu.br:8080/oai/requestbiblioteca@ucpel.edu.br||cristiane.chim@ucpel.tche.bropendoar:2022-02-25T04:00:09Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do UCpel - Universidade Católica de Pelotas (UCPEL)false |
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