Moralidade, biopolítica e educação em tempos de pós-verdade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Conjectura: filosofia e educação |
Texto Completo: | http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/7382 |
Resumo: | O artigo pretende abordar o tema da moralidade no campo da Educação a par tir da transição da discussão de Freud a Adorno (e Horkheimer), potencializada pela compreensão da biopolítica de Foucault e Agamben. O objetivo é fazer a crítica ao ato de discriminar e direcionar o destino das verbas públicas não para a Educação, e sim em prol de valores do mercado. O tema da moralidade está sendo utilizado largamente como expediente de formação de massas com características fascistas no Brasil atual, o que demanda um esforço hermenêutico para repensar suas premissas filosóficas e psicanalíticas. Não se trata somente de investigar o papel positivo que desempenham os agrupamentos que trabalham em prol de causas elevadas. Mais do que isso, interessa compreender como eles se unem em torno de pautas conservadoras e que se utilizam do escudo da moral, em tempos de pós-verdade, como forma de distração dos reais problemas enfrentados pela vida pública brasileira. Com isso, é possível mergulhar na psique das massas, percebendo que a falta de distanciamento ou identificação entre o eu e o ideal do eu é um dos principais motivos À emergência de uma biopolítica da moralidade que leva ao comportamento massificado do indivíduo. Quando renuncia ao seu ideal do eu para adotar atitudes e comportamentos padronizados, acaba por abolir a sua instância moral e passa a operar sem apoio no narcisismo. Deixa, assim, de aspirar à sua própria autoafirmação, focando todos os seus esforços no ideal do coletivo, sem perceber que paga o preço da renúncia a si mesmo que leva à heteronomia, cujas normas são prescritas pela sociedade. |
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Moralidade, biopolítica e educação em tempos de pós-verdadeMoralidade. Biopolítica. Educação. Massa. Pós-verdade.O artigo pretende abordar o tema da moralidade no campo da Educação a par tir da transição da discussão de Freud a Adorno (e Horkheimer), potencializada pela compreensão da biopolítica de Foucault e Agamben. O objetivo é fazer a crítica ao ato de discriminar e direcionar o destino das verbas públicas não para a Educação, e sim em prol de valores do mercado. O tema da moralidade está sendo utilizado largamente como expediente de formação de massas com características fascistas no Brasil atual, o que demanda um esforço hermenêutico para repensar suas premissas filosóficas e psicanalíticas. Não se trata somente de investigar o papel positivo que desempenham os agrupamentos que trabalham em prol de causas elevadas. Mais do que isso, interessa compreender como eles se unem em torno de pautas conservadoras e que se utilizam do escudo da moral, em tempos de pós-verdade, como forma de distração dos reais problemas enfrentados pela vida pública brasileira. Com isso, é possível mergulhar na psique das massas, percebendo que a falta de distanciamento ou identificação entre o eu e o ideal do eu é um dos principais motivos À emergência de uma biopolítica da moralidade que leva ao comportamento massificado do indivíduo. Quando renuncia ao seu ideal do eu para adotar atitudes e comportamentos padronizados, acaba por abolir a sua instância moral e passa a operar sem apoio no narcisismo. Deixa, assim, de aspirar à sua própria autoafirmação, focando todos os seus esforços no ideal do coletivo, sem perceber que paga o preço da renúncia a si mesmo que leva à heteronomia, cujas normas são prescritas pela sociedade. Universidade de Caxias do SulEdital Universal 2018 - Faixa C - CNPqTrevisan, Amarildo Luiz2020-04-15info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionAvaliado por Paresapplication/pdfhttp://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/738210.18226/21784612.v25.dossie.2Conjectura: filosofia e educação; v. 25 (2020): Dossiê: Filosofia da Educação e Pedagogia Crítica: preocupações e tendências atuais; 17-33CONJECTURA: filosofia e educação; v. 25 (2020): Dossiê: Filosofia da Educação e Pedagogia Crítica: preocupações e tendências atuais; 17-332178-46120103-1457reponame:Conjectura: filosofia e educaçãoinstname:Universidade de Caxias do Sul (UCS)instacron:UCSporhttp://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/7382/pdfDireitos autorais 2020 CONJECTURA: filosofia e educaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-05-07T18:56:36ZRevista |
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O artigo pretende abordar o tema da moralidade no campo da Educação a par tir da transição da discussão de Freud a Adorno (e Horkheimer), potencializada pela compreensão da biopolítica de Foucault e Agamben. O objetivo é fazer a crítica ao ato de discriminar e direcionar o destino das verbas públicas não para a Educação, e sim em prol de valores do mercado. O tema da moralidade está sendo utilizado largamente como expediente de formação de massas com características fascistas no Brasil atual, o que demanda um esforço hermenêutico para repensar suas premissas filosóficas e psicanalíticas. Não se trata somente de investigar o papel positivo que desempenham os agrupamentos que trabalham em prol de causas elevadas. Mais do que isso, interessa compreender como eles se unem em torno de pautas conservadoras e que se utilizam do escudo da moral, em tempos de pós-verdade, como forma de distração dos reais problemas enfrentados pela vida pública brasileira. Com isso, é possível mergulhar na psique das massas, percebendo que a falta de distanciamento ou identificação entre o eu e o ideal do eu é um dos principais motivos À emergência de uma biopolítica da moralidade que leva ao comportamento massificado do indivíduo. Quando renuncia ao seu ideal do eu para adotar atitudes e comportamentos padronizados, acaba por abolir a sua instância moral e passa a operar sem apoio no narcisismo. Deixa, assim, de aspirar à sua própria autoafirmação, focando todos os seus esforços no ideal do coletivo, sem perceber que paga o preço da renúncia a si mesmo que leva à heteronomia, cujas normas são prescritas pela sociedade. |
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