Os usos da biopolítica em Esposito e Agamben: tensionando a (agro)ecopedagogia / Los usos de la biopolítica en Esposito y Agamben: tensando la (agro)ecopedagogía
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Conjectura: filosofia e educação |
Texto Completo: | http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/6544 |
Resumo: | O presente trabalho trata dos usos que destacados filósofos italianos têm dado à noção de biopolítica. O estudo é a continuação do diálogo transdisciplinar entre a filosofia da educação e a agroecologia. Parte da pesquisa de doutorado na área de educação, onde se analisaram as práticas pedagógicas da agroecologia, o qual denominamos como agroecopedagogia. Utilizando a ferramenta arqueogenealógica, a pesquisa indagou pelas relações de poder veiculadas em ditas práticas. Aqui apresentamos parte dessa discussão, incorporando também a chamada ecopedagogia. Como se sabe a biopolítica é uma noção antiga atualizada pelos trabalhos do pensador francês Michel Foucault e a qual abriu uma série de importantes debates no pensamento crítico, especialmente, em questões relacionadas a um suposto progresso da humanidade atrelado à relação saber-poder. Neste artigo descrevemos como dois de seus comentadores mais importantes interpelaram a re-leitura da biopolítica por parte do filósofo do poder criando assim tensões para as pedagogias que tem como fundamento o saber ecológico. Inicialmente, abordamos a duplicidade da biopolítica, presente no livro Bíos, Biopolítica y filosofía de Roberto Esposito, articulada como a política da vida e a política sobre a vida; desta abordagem por parte do professor italiano surgem duas noções chaves para tensionar a (agro)ecopedagogia: comunitas/immunitas. Seguidamente, introduzimos a discussão apresentada pelo também italiano, Giorgio Agamben a partir de duas de suas obras mais comentadas no campo da filosofia da educação, Estado de exceção e Homo Sacer: O poder soberano e a vida nua. A nosso ver, os comentários do Agamben oferecem uma radical discussão em torno da diferença e da democracia, o que nos parece levar a um nível de tensão insuspeitado o discurso agroecológico e a educação ambiental em seu princípio crítico vinculado a um desejo de emancipação, libertação e transformação; de tal forma que esta radical discussão se torna de uma importância vital não só para a própria coerência das práticas supracitadas, mas de forma geral, para um mundo por-vir delimitado cada vez pelo biopoder. |
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Os usos da biopolítica em Esposito e Agamben: tensionando a (agro)ecopedagogia / Los usos de la biopolítica en Esposito y Agamben: tensando la (agro)ecopedagogíaFilosofia da educação; educação ambiental; agroecologiaO presente trabalho trata dos usos que destacados filósofos italianos têm dado à noção de biopolítica. O estudo é a continuação do diálogo transdisciplinar entre a filosofia da educação e a agroecologia. Parte da pesquisa de doutorado na área de educação, onde se analisaram as práticas pedagógicas da agroecologia, o qual denominamos como agroecopedagogia. Utilizando a ferramenta arqueogenealógica, a pesquisa indagou pelas relações de poder veiculadas em ditas práticas. Aqui apresentamos parte dessa discussão, incorporando também a chamada ecopedagogia. Como se sabe a biopolítica é uma noção antiga atualizada pelos trabalhos do pensador francês Michel Foucault e a qual abriu uma série de importantes debates no pensamento crítico, especialmente, em questões relacionadas a um suposto progresso da humanidade atrelado à relação saber-poder. Neste artigo descrevemos como dois de seus comentadores mais importantes interpelaram a re-leitura da biopolítica por parte do filósofo do poder criando assim tensões para as pedagogias que tem como fundamento o saber ecológico. Inicialmente, abordamos a duplicidade da biopolítica, presente no livro Bíos, Biopolítica y filosofía de Roberto Esposito, articulada como a política da vida e a política sobre a vida; desta abordagem por parte do professor italiano surgem duas noções chaves para tensionar a (agro)ecopedagogia: comunitas/immunitas. Seguidamente, introduzimos a discussão apresentada pelo também italiano, Giorgio Agamben a partir de duas de suas obras mais comentadas no campo da filosofia da educação, Estado de exceção e Homo Sacer: O poder soberano e a vida nua. A nosso ver, os comentários do Agamben oferecem uma radical discussão em torno da diferença e da democracia, o que nos parece levar a um nível de tensão insuspeitado o discurso agroecológico e a educação ambiental em seu princípio crítico vinculado a um desejo de emancipação, libertação e transformação; de tal forma que esta radical discussão se torna de uma importância vital não só para a própria coerência das práticas supracitadas, mas de forma geral, para um mundo por-vir delimitado cada vez pelo biopoder. Universidade de Caxias do SulCAPESZuñiga Mosquera, Óscar Emerson2020-12-07info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionAvaliado por Paresapplication/pdfhttp://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/654410.18226/21784612.v25.e020003Conjectura: filosofia e educação; v. 25 (2020); e020003CONJECTURA: filosofia e educação; v. 25 (2020); e0200032178-46120103-1457reponame:Conjectura: filosofia e educaçãoinstname:Universidade de Caxias do Sul (UCS)instacron:UCSporhttp://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/6544/pdfDireitos autorais 2020 CONJECTURA: filosofia e educaçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-12-07T19:01:21ZRevista |
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