Estereótipo de “bandido” do ônibus 174 ainda no imaginário: memória da recepção e metodologia de pesquisa na recuperação do fato jornalístico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dall Agnol, Caroline
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Sólio, Marlene Branca
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Conexão: comunicação e cultura
Texto Completo: http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conexao/article/view/6738
Resumo: O objetivo deste artigo é recuperar a importância da consistência no método de pesquisa científica trazendo novas possibilidades de estudo para acadêmicos de Comunicação Social. É possível estudar casos jornalísticos que marcaram memórias afetivas e que se prolongam após anos. O estudo (2012) inicial – resultado de monografia de conclusão do curso de Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo – se debruçou sobre o caso do Ônibus 174 – ocorrido na cidade do Rio de Janeiro, em 2000. No estudo, analisamos como o jornal O Globo construiu, com seu discurso, um estereótipo de bandido do personagem central do caso. Buscamos três hipóteses para responder à questão: a primeira assegura a criação de um estereótipo pelo jornal, que buscou induzir os leitores a classificar o personagem central como bandido; a segunda postula que os leitores confiaram que o estereótipo criado atendia à realidade, e a última afirma que o documentário Ônibus 174 (2002) desconstrói esse estereótipo. A partir do método-guia fenomenológico-hermenêutico, o trabalho apoiou-se em técnicas metodológicas de Estudo de Caso, Análise do Discurso, Entrevistas em Profundidade e Focus Group. Foi possível analisar as matérias publicadas em O Globo da época sobre o fato. Recuperar o fato jornalístico mostrou que o jornal criou um bandido perigoso, e que sua imagem ganhou força na mídia pelo ato criminoso e não pela história de vida e que essa se manteve na memória afetiva do grupo pesquisado.
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