Turismo Social ‘Na Prática’: A Experiência Turística de Pessoas em Situação de Rua na Região Metropolitana do Rio De Janeiro-RJ, Brasil / Social Tourism 'In Practice': The Tourist Experience of Homeless People in the Metropolitan Region of Rio de Janeiro-RJ, Brazil
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Data de Publicação: | 2020 |
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Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Rosa dos Ventos (Caxias do Sul) |
Texto Completo: | http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/rosadosventos/article/view/8299 |
Resumo: | RESUMOAo serem desconsideradas como cidadãs, as pessoas em situação de rua parecem ser invisíveis no que diz respeito aos seus direitos, enquanto que no cotidiano a presença delas causa incômodo, gerando o inverso da invisibilidade. Este trabalho, ao empreender o turismo como um direito social, descreve como decorreram as experiências turísticas de um grupo de pessoas em situação de rua - atendidas por um órgão público de assistência social, em parceria com um programa de extensão da Universidade Federal Fluminense -, que visitou atrativos turísticos da região metropolitana do Rio de Janeiro. Além do contato com autores/pesquisas que se debruçaram sobre a realidade das pessoas em situação de rua, o embasamento teórico entrelaçou os temas do Direito ao Lazer e à Cidade, da Experiência Turística e do Turismo Social. As análises realizadas a partir de bases etnográficas, incluindo a observação participante e entrevistas com roteiro semiestruturado, indicaram que as experiências turísticas parecem ter despertado memórias afetivas que funcionam para esse grupo como meio de resistência à condição na qual se encontram. Ainda assim, algumas experiências foram atravessadas por situações graves de preconceito e discriminação, direcionadas por visitantes convencionais ao grupo.PALAVRAS-CHAVETurismo Social; Direito ao Lazer; População em Situação de Rua; Rio de Janeiro, RJ, Brasil. ABSTRACTWhen they are disregarded as citizens, people on the street seem to be invisible with regard to their rights, while in their daily lives their presence causes discomfort, generating the inverse of invisibility. This work, when undertaking tourism as a social right, describes how the tourist experiences of a group of homeless people - assisted by a public social assistance agency, in partnership with a UFF extension program - took place, which they visited tourist attractions in the metropolitan region of Rio. In addition to contact with authors / research that dealt with the reality of people living on the streets, the theoretical basis intertwined the themes of the Right to Leisure and the City, the Tourist Experience and Social Tourism. The analyzes carried out from ethnographic bases, including participant observation and interviews with a semi-structured script, indicated that tourist experiences seem to have aroused affective memories that work for this group as a means of resistance to the condition in which they find themselves. Even so, some experiences were crossed by serious situations of prejudice and discrimination, directed by conventional visitors to the group.KEYWORDSSocial Tourism; Right to Leisure; Homeless Population; Rio de Janeiro, RJ, Brazil. AUTORIAJordania de Oliveira Eugenio – Doutoranda. Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer, Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais, Brasil. Currículo: http://lattes.cnpq.br/6752199442222274 E-mail: jordaniaeugenio@ufmg.br Bernardo Lazary Cheibub – Doutor. Professor na Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. Currículo: http://lattes.cnpq.br/3403295501230221 E-mail: bernardocheibubu@id.uff.br REFERÊNCIASAndré. M. (2005). Etnografia da prática escolar. São Paulo: Papirus. Alves, V. F.N., Miranda Júnior, M. C., & Martins, R. D. (12 a 15 de setembro de 2004). Turismo e Lazer: em Busca da Cidadania e da Inclusão Social. Anais... 2º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária, Belo Horizonte, UFMG, 1-8. LinkArendt, H. (2004). Origens do totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras.Bettin, G. (1982). Los sociólogos de Ias ciudád. Barcelona: Gustavo Gili.Buarque, C. (1993). O que é apartação: o apartheid social no Brasil. São Paulo: Brasiliense.Bureau. (1996). Declaração de Montreal. Bureau Internacional du Tourisme Social, [S.l.].Carta de Viena. (1990). Estúdios turísticos. LinkCastel, R. (1993). Da indigência à exclusão, a desfiliação, precariedade do trabalho e vulnerabilidade relacional. In: A. Lancetti (org.). Saúde e loucura. pp. 21-47. São Paulo: Hucitec.Castel, R. (2009). As metamorfoses da questão social: uma crônica do salário. Petrópolis, RJ: Vozes.Chauí, M. (1995). Cultura política e política cultural. Estudos Avançados, 9(23), 71-84. LinkCheibub, B. (2009). Lazer, experiência turística, mediação e cidadania: um estudo sobre o projeto Turismo Jovem Cidadão (Sesc-RJ). Dissertação, Mestrado em Lazer, Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais, Brasil. LinkCohen, E. (1974). Who is a tourist? A conceptual clarification. The Sociological Review, 22(4), 527-555. LinkCunha, A. G. (1998). Dicionário etimológico Nova Fronteira de língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.Dantas, M. (2007). Construção de políticas públicas para população em situação de rua no município do Rio de Janeiro: Limites, Avanços e Desafios. Dissertação, Mestrado em Saúde Pública, Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, Fiocruz, Rio de Janeiro, Brasil. LinkElias, G., & Medeiros Filho, J. (2010). A luta pelo passe livre sob a perspectiva do direito à cidade no Distrito Federal. Anais... VI Encontro Anual da ANDHEP, Universidade de Brasília, Brasília, Distrito Federal. Link Escorel. S. (1999). Vidas ao léu. Trajetórias de exclusão social. Rio de Janeiro: Fiocruz.Eugenio, J. (2018). A Experiência Turística da população em situação de rua da cidade de Niterói–RJ: Horizontes possíveis para o turismo social. Dissertação, Mestrado em Turismo, Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. LinkEugenio, J., & Cheibub, B. (2017). As políticas públicas de lazer atreladas ao turismo social como possibilidade de inclusão. Anais... XIV Seminário ANPTUR, Balneário Camboriú, Santa Catarina. LinkFelício, C. (2010). Direitos Humanos ou o direito a ter direitos? Um diálogo com o pensamento político de Hannah Arendt. Dissertação, Mestrado em Filosofia, Universidade Federal de Goiás, Goiás, Brasil. LinkFrangella, S. (2004). Corpos urbanos errantes: uma etnografia da corporalidade de rua em São Paulo. Tese, Doutorado em Ciências Sociais, Universidade de Campinas, Campinas, São Paulo, Brasil. LinkGastal, S. & Moesch, M. (2007). Turismo, políticas públicas e cidadania. São Paulo: Aleph.Ghirardi G., Lopes, S., Barros, D., & Galvani, D. (2005). Vida na rua e cooperativismo: transitando pela produção de valores. Interface, 9(8), 601-610. LinkGNT. (2020). Invisíveis: qual é a verdadeira situação dos moradores de rua? Papo de Segunda. (24m12s). LinkGomes, C., Osorio, E., Pinto, L., & Elizalde, R. (2009). Lazer na América Latina. Belo Horizonte: UFMG.Gondar, J. (2016). Cinco proposições sobre memória social. In: V. Dodebei, F. R. Freitas & J. Gondar (Orgs.). Porque memória social? Rio Janeiro: Revista Morpheus.Gosling, M. S., Silva, J. A., Mendes, J., Coelho, M. F., & Brener, I. (2016). Experiência turística em museus: percepções de gestores e visitantes. Tourism & Management Studies, 12(2), 107-116. LinkGoulding, C. (2000). The museum environment and the visitor experience. European Journal of Marketing, 34(3/4), 261-278. LinkKunz, G. (2012). Os Modos de Vida da População em Situação de Rua: Narrativas de Andanças nas Ruas de Vitória-ES. Dissertação, Mestrado em Psicologia Institucional, Universidade Federal do Espírito Santo, Espírito Santo, Brasil. LinkLefebvre, H. (1967). Metafilosofia. Rio de Janeiro: Martins Fontes.Lefebvre, H. (2001). Du rural à l’urbain. Paris: Anthropos.Leite, M. I., & Ostetto, L. E. (Org.). (2005). Museu, educação e cultura: encontros de crianças e professores com a arte. Campinas-SP: Papirus.Lima, B. (2014). Por esse pão para comer, por esse chão para dormir: direito à cidade e população em situação de rua em Natal-RN. Dissertação, Mestrado em Serviço Social, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Rio Grande do Norte, Brasil. LinkMagnani, J. (2003). A antropologia urbana e os desafios da metrópole. Tempo Social, 15(1), 81-96. LinkMalinowski, B. (1976). Argonautas do Pacífico Ocidental. São Paulo: Abril Cultural, Ática.Morettoni, M.M. (2018). Museus, lazer e turismo cidadão: um diálogo interdisciplinar. Revista Brasileira de Estudos do Lazer, 5(1), 80-94. LinkNatalino, M. (2016). Estimativa da População em Situação de Rua no Brasil. Diretoria de Estudos e Políticas Sociais - IPEA, 73, 1-20. LinkPark, R. E. (1925). The urban community as a spacial pattern and a moral order. In: E.W. Burgess (Ed.). The urban community. pp. 3-18. Chicago: The University of Chicago Press.Peirano, M. (1999) A antropologia no Brasil (alteridade contextualizada). In: S. Miceli (org.). Ciências sociais no Brasil: tendências e perspectivas. pp. 226-266. São Paulo: Sumaré, Anpocs; Brasília: Capes.Pezzi, E. & Santos, R. J. (2012) A experiência turística e o turismo de experiência: aproximações entre a antropologia e o marketing. Anais... VII Seminário de Pesquisa em Turismo do Mercosul, Universidade de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brasl. LinkPinho, R. J., Pereira, A. P. F, B., & Lussi, I. A. O. (2019). População em situação de rua, mundo do trabalho e os centros de referência especializados para população em situação de rua (centro pop): perspectivas acerca das ações para inclusão produtiva. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 27(3), 480-495. LinkPrates, J. C., Prates, F. C., & Machado, S. (2011). Populações em situação de rua: os processos de exclusão e inclusão precária vivenciados por esse segmento. Temporalis, 11(22), 191-215. LinkEckert, C., & Rocha, A. L. C. (2008). Etnografia: saberes e práticas. Iluminuras, 9(21), 1-23. LinkRosa, A. S. & Brêtas, A. C. P. (2015). A violência na vida de mulheres em situação de rua na cidade de São Paulo, Brasil. Interface, 19(53), 275-285. LinkSantana, V. & Castelar, M. (2014). A população em situação de rua e a luta pela cidadania. Revista Baiana de Saúde Pública, 38(2), 357-369. LinkSantos, F. (2007). Turismo: Mosaico de Sonhos. Lisboa: Colibri.Serrano, C. (2004). Eu Mendigo: alguns discursos da mendicância na cidade de São Paulo. Dissertação, Mestrado em Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil. LinkSilva, P. (2000). Vocabulário jurídico. Rio de Janeiro: Forense.Silva, C. A. (2012). Desigualdade imposta pelos papéis de homem e mulher: Uma possibilidade de construção da igualdade de gênero. Revista Direito em Foco, 5, 1-9. LinkSimões, A., Athias, L., & Botelho, L. (2018). Panorama nacional e internacional da produção de indicadores sociais: grupos populacionais específicos e uso do tempo. Estudos & Analises. Rio de Janeiro: IBGE.Schmitt, B.H. (2002). Marketing experimental. São Paulo: Nobel.Sotero, M. (2011). Vulnerabilidade e vulneração: população de rua, uma questão ética. Revista Bioéica, 19(3), 799-817. LinkStoffels, M. (1977). Os mendigos na cidade de São Paulo. Rio de Janeiro: Paz e Terra.Tura, M. de L. R. (2003). A observação do cotidiano escolar. In: N. Zago, M. P. Carvalho & R. A. Vilela (Org.). Itinerários de pesquisa: perspectivas qualitativas em sociologia da educação. pp. 183-206. Rio de Janeiro: DP&A.Turner, V. W., & Bruner, E. M. (eds.) (1986). Dewey, Dilthey, and Drama: an essay in the anthropology of experience. Urban and Chicago: University of Illinois Press.Valencio, N., Pavan, B., Silva, M., & Marchezini, V. (2010) Pessoas em situação de rua no Brasil: estigmatizarão, desfiliação e desterritorialização. In: Valencio, N. (org.). Sociologia dos desastres: construção, interfaces e perspectivas no Brasil. pp. 53-72. São Paulo: RiMa.Vilella, F. (2017). Número de pessoas em situação de rua aumenta mais de 150% em 3 anos no Rio de Janeiro. Agência Brasil - EBC [on-line]. Link PROCESSO EDITORIALRecebido: 27 MAR 20; Aceito: 11 SET 20. |
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Este trabalho, ao empreender o turismo como um direito social, descreve como decorreram as experiências turísticas de um grupo de pessoas em situação de rua - atendidas por um órgão público de assistência social, em parceria com um programa de extensão da Universidade Federal Fluminense -, que visitou atrativos turísticos da região metropolitana do Rio de Janeiro. Além do contato com autores/pesquisas que se debruçaram sobre a realidade das pessoas em situação de rua, o embasamento teórico entrelaçou os temas do Direito ao Lazer e à Cidade, da Experiência Turística e do Turismo Social. As análises realizadas a partir de bases etnográficas, incluindo a observação participante e entrevistas com roteiro semiestruturado, indicaram que as experiências turísticas parecem ter despertado memórias afetivas que funcionam para esse grupo como meio de resistência à condição na qual se encontram. Ainda assim, algumas experiências foram atravessadas por situações graves de preconceito e discriminação, direcionadas por visitantes convencionais ao grupo.PALAVRAS-CHAVETurismo Social; Direito ao Lazer; População em Situação de Rua; Rio de Janeiro, RJ, Brasil. ABSTRACTWhen they are disregarded as citizens, people on the street seem to be invisible with regard to their rights, while in their daily lives their presence causes discomfort, generating the inverse of invisibility. This work, when undertaking tourism as a social right, describes how the tourist experiences of a group of homeless people - assisted by a public social assistance agency, in partnership with a UFF extension program - took place, which they visited tourist attractions in the metropolitan region of Rio. In addition to contact with authors / research that dealt with the reality of people living on the streets, the theoretical basis intertwined the themes of the Right to Leisure and the City, the Tourist Experience and Social Tourism. The analyzes carried out from ethnographic bases, including participant observation and interviews with a semi-structured script, indicated that tourist experiences seem to have aroused affective memories that work for this group as a means of resistance to the condition in which they find themselves. Even so, some experiences were crossed by serious situations of prejudice and discrimination, directed by conventional visitors to the group.KEYWORDSSocial Tourism; Right to Leisure; Homeless Population; Rio de Janeiro, RJ, Brazil. AUTORIAJordania de Oliveira Eugenio – Doutoranda. Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer, Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais, Brasil. Currículo: http://lattes.cnpq.br/6752199442222274 E-mail: jordaniaeugenio@ufmg.br Bernardo Lazary Cheibub – Doutor. Professor na Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. Currículo: http://lattes.cnpq.br/3403295501230221 E-mail: bernardocheibubu@id.uff.br REFERÊNCIASAndré. M. (2005). Etnografia da prática escolar. São Paulo: Papirus. Alves, V. F.N., Miranda Júnior, M. C., & Martins, R. D. (12 a 15 de setembro de 2004). Turismo e Lazer: em Busca da Cidadania e da Inclusão Social. Anais... 2º Congresso Brasileiro de Extensão Universitária, Belo Horizonte, UFMG, 1-8. LinkArendt, H. (2004). Origens do totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras.Bettin, G. (1982). Los sociólogos de Ias ciudád. Barcelona: Gustavo Gili.Buarque, C. (1993). O que é apartação: o apartheid social no Brasil. São Paulo: Brasiliense.Bureau. (1996). Declaração de Montreal. Bureau Internacional du Tourisme Social, [S.l.].Carta de Viena. (1990). Estúdios turísticos. LinkCastel, R. (1993). Da indigência à exclusão, a desfiliação, precariedade do trabalho e vulnerabilidade relacional. In: A. Lancetti (org.). Saúde e loucura. pp. 21-47. São Paulo: Hucitec.Castel, R. (2009). As metamorfoses da questão social: uma crônica do salário. Petrópolis, RJ: Vozes.Chauí, M. (1995). Cultura política e política cultural. Estudos Avançados, 9(23), 71-84. LinkCheibub, B. (2009). Lazer, experiência turística, mediação e cidadania: um estudo sobre o projeto Turismo Jovem Cidadão (Sesc-RJ). Dissertação, Mestrado em Lazer, Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais, Brasil. LinkCohen, E. (1974). Who is a tourist? A conceptual clarification. The Sociological Review, 22(4), 527-555. LinkCunha, A. G. (1998). Dicionário etimológico Nova Fronteira de língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.Dantas, M. (2007). Construção de políticas públicas para população em situação de rua no município do Rio de Janeiro: Limites, Avanços e Desafios. Dissertação, Mestrado em Saúde Pública, Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, Fiocruz, Rio de Janeiro, Brasil. LinkElias, G., & Medeiros Filho, J. (2010). A luta pelo passe livre sob a perspectiva do direito à cidade no Distrito Federal. Anais... VI Encontro Anual da ANDHEP, Universidade de Brasília, Brasília, Distrito Federal. Link Escorel. S. (1999). Vidas ao léu. Trajetórias de exclusão social. Rio de Janeiro: Fiocruz.Eugenio, J. (2018). A Experiência Turística da população em situação de rua da cidade de Niterói–RJ: Horizontes possíveis para o turismo social. Dissertação, Mestrado em Turismo, Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. LinkEugenio, J., & Cheibub, B. (2017). As políticas públicas de lazer atreladas ao turismo social como possibilidade de inclusão. Anais... XIV Seminário ANPTUR, Balneário Camboriú, Santa Catarina. LinkFelício, C. (2010). Direitos Humanos ou o direito a ter direitos? Um diálogo com o pensamento político de Hannah Arendt. Dissertação, Mestrado em Filosofia, Universidade Federal de Goiás, Goiás, Brasil. LinkFrangella, S. (2004). Corpos urbanos errantes: uma etnografia da corporalidade de rua em São Paulo. Tese, Doutorado em Ciências Sociais, Universidade de Campinas, Campinas, São Paulo, Brasil. LinkGastal, S. & Moesch, M. (2007). Turismo, políticas públicas e cidadania. São Paulo: Aleph.Ghirardi G., Lopes, S., Barros, D., & Galvani, D. (2005). Vida na rua e cooperativismo: transitando pela produção de valores. Interface, 9(8), 601-610. LinkGNT. (2020). Invisíveis: qual é a verdadeira situação dos moradores de rua? Papo de Segunda. (24m12s). LinkGomes, C., Osorio, E., Pinto, L., & Elizalde, R. (2009). Lazer na América Latina. Belo Horizonte: UFMG.Gondar, J. (2016). Cinco proposições sobre memória social. In: V. Dodebei, F. R. Freitas & J. Gondar (Orgs.). Porque memória social? Rio Janeiro: Revista Morpheus.Gosling, M. S., Silva, J. A., Mendes, J., Coelho, M. F., & Brener, I. (2016). Experiência turística em museus: percepções de gestores e visitantes. Tourism & Management Studies, 12(2), 107-116. LinkGoulding, C. (2000). The museum environment and the visitor experience. European Journal of Marketing, 34(3/4), 261-278. LinkKunz, G. (2012). Os Modos de Vida da População em Situação de Rua: Narrativas de Andanças nas Ruas de Vitória-ES. Dissertação, Mestrado em Psicologia Institucional, Universidade Federal do Espírito Santo, Espírito Santo, Brasil. LinkLefebvre, H. (1967). Metafilosofia. Rio de Janeiro: Martins Fontes.Lefebvre, H. (2001). Du rural à l’urbain. Paris: Anthropos.Leite, M. I., & Ostetto, L. E. (Org.). (2005). Museu, educação e cultura: encontros de crianças e professores com a arte. Campinas-SP: Papirus.Lima, B. (2014). Por esse pão para comer, por esse chão para dormir: direito à cidade e população em situação de rua em Natal-RN. 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Turismo Social ‘Na Prática’: A Experiência Turística de Pessoas em Situação de Rua na Região Metropolitana do Rio De Janeiro-RJ, Brasil / Social Tourism 'In Practice': The Tourist Experience of Homeless People in the Metropolitan Region of Rio de Janeiro-RJ, Brazil |
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Eugenio, Jordania de Oliveira |
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Eugenio, Jordania de Oliveira Cheibub, Bernardo Lazary |
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Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do RJ, FAPERJ, Brasil. |
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Ciências Sociais Aplicadas/Turismo Turismo Social; Social Tourism; Direito ao Lazer; Right to Leisure; População em Situação de Rua; Homeless Population; Rio de Janeiro, RJ, Brasil; Brazil. |
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Ciências Sociais Aplicadas/Turismo Turismo Social; Social Tourism; Direito ao Lazer; Right to Leisure; População em Situação de Rua; Homeless Population; Rio de Janeiro, RJ, Brasil; Brazil. |
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RESUMOAo serem desconsideradas como cidadãs, as pessoas em situação de rua parecem ser invisíveis no que diz respeito aos seus direitos, enquanto que no cotidiano a presença delas causa incômodo, gerando o inverso da invisibilidade. Este trabalho, ao empreender o turismo como um direito social, descreve como decorreram as experiências turísticas de um grupo de pessoas em situação de rua - atendidas por um órgão público de assistência social, em parceria com um programa de extensão da Universidade Federal Fluminense -, que visitou atrativos turísticos da região metropolitana do Rio de Janeiro. Além do contato com autores/pesquisas que se debruçaram sobre a realidade das pessoas em situação de rua, o embasamento teórico entrelaçou os temas do Direito ao Lazer e à Cidade, da Experiência Turística e do Turismo Social. As análises realizadas a partir de bases etnográficas, incluindo a observação participante e entrevistas com roteiro semiestruturado, indicaram que as experiências turísticas parecem ter despertado memórias afetivas que funcionam para esse grupo como meio de resistência à condição na qual se encontram. Ainda assim, algumas experiências foram atravessadas por situações graves de preconceito e discriminação, direcionadas por visitantes convencionais ao grupo.PALAVRAS-CHAVETurismo Social; Direito ao Lazer; População em Situação de Rua; Rio de Janeiro, RJ, Brasil. ABSTRACTWhen they are disregarded as citizens, people on the street seem to be invisible with regard to their rights, while in their daily lives their presence causes discomfort, generating the inverse of invisibility. This work, when undertaking tourism as a social right, describes how the tourist experiences of a group of homeless people - assisted by a public social assistance agency, in partnership with a UFF extension program - took place, which they visited tourist attractions in the metropolitan region of Rio. In addition to contact with authors / research that dealt with the reality of people living on the streets, the theoretical basis intertwined the themes of the Right to Leisure and the City, the Tourist Experience and Social Tourism. The analyzes carried out from ethnographic bases, including participant observation and interviews with a semi-structured script, indicated that tourist experiences seem to have aroused affective memories that work for this group as a means of resistance to the condition in which they find themselves. Even so, some experiences were crossed by serious situations of prejudice and discrimination, directed by conventional visitors to the group.KEYWORDSSocial Tourism; Right to Leisure; Homeless Population; Rio de Janeiro, RJ, Brazil. AUTORIAJordania de Oliveira Eugenio – Doutoranda. Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer, Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais, Brasil. Currículo: http://lattes.cnpq.br/6752199442222274 E-mail: jordaniaeugenio@ufmg.br Bernardo Lazary Cheibub – Doutor. Professor na Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. Currículo: http://lattes.cnpq.br/3403295501230221 E-mail: bernardocheibubu@id.uff.br REFERÊNCIASAndré. M. (2005). Etnografia da prática escolar. São Paulo: Papirus. Alves, V. F.N., Miranda Júnior, M. C., & Martins, R. D. (12 a 15 de setembro de 2004). Turismo e Lazer: em Busca da Cidadania e da Inclusão Social. 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