As trajetórias de jovens egressos do ensino médio de escola pública no mercado de trabalho de Salvador no período de 2011 a 2017

• Autor(a) principal: Santos, Janaína Matos dos
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UCSAL
• Texto Completo: http://ri.ucsal.br:8080/jspui/handle/prefix/501
• topic: Sociais e Humanidades; Multidisciplinar; Juventude; Mercado de trabalho; Trajetórias escola X trabalho; Desemprego; Youth; Job market; Trajectory school X work; Unemployment

O sistema capitalista vive mais uma das suas crises recorrentes, e apesar da centra-lidade do trabalho, enquanto gerador de valor para o funcionamento do próprio sis-tema, muitas nações são atingidas pelos altos índices de desemprego. Nesse cenário, os jovens acabam sendo a as principais vítimas, com maior dificuldade de colocação no mercado de trabalho. Essa conjuntura traz preocupação para o desenvolvimento de um país e por isso mobiliza chefes de governo a pensarem estratégias para identificar o problema e resolvê-lo. A partir de 1990, o Brasil ampliou o espaço na sua agenda de políticas públicas para conhecer seus jovens de forma mais aprofundada, buscando ir além das estatísticas, com a realização de diversas pesquisas institucionais, teses e dissertações. Com o propósito de contribuir para os debates sobre o desemprego juvenil, o estudo tem por objetivo analisar a trajetória do jovem oriundo de escola pública para o mercado de trabalho na cidade de Salvador. Para isso, são observadas as trajetórias de 10 ex-alunos do Colégio Landulfo Alves, concluintes do ensino médio nos anos de 2011 a 2017. A pesquisa é contextualizada a partir da análise do cenário econômico, político e social do final do século XX e início do século XXI. Foram utilizadas a análise documental, análise de dados secundários sobre o mercado de trabalho da região metropolitana de Salvador e entrevistas semiestruturadas, onde se constatou que 9 entre os 10 jovens que responderam à pesquisa deram continuidade aos estudos, sendo beneficiados por um momento de expansão do ensino superior no país, porém, apesar da elevação da escolaridade continuar sendo importante para a inserção no mercado de trabalho, o diploma não garante o pleno emprego nem a estabilidade profissional, pois mesmo nos períodos de crescimento econômico, os postos de trabalho criados foram marcados pela precariedade e falta de segurança, por outro lado, nos momentos de intensa crise econômica, os jovens são os primeiros a serem expulsos do mercado de trabalho. Por fim, a reforma trabalhista de 2017 que destrói direitos e flexibiliza ao máximo as formas de contratação e de remuneração torna ainda mais negativas as perspectivas de trabalho das gerações de jovens que estão por vir.