Intervenções psicossociais da psicologia na Atenção Básica (AB) da rede de saúde mental

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Valente, Lara Antônia Simonete
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UCS
Texto Completo: https://repositorio.ucs.br/11338/11836
Resumo: A intervenção psicossocial, compreendida no SUS principalmente pelos Grupos Operativos (GOs), surge como uma oportunidade de identificar novas atuações da Psicologia na Atenção Básica (AB) e aperfeiçoar a rede de saúde mental. Desse modo, objetiva-se identificar intervenções psicossociais realizadas por um psicólogo quando trabalha na AB da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Além disso, busca-se caracterizar a AB da RAPS, definir e descrever as intervenções psicossociais de Psicologia, e identificar quais dessas intervenções estão presentes na AB. Realiza-se um estudo qualitativo e documental, com base em 6 fontes selecionadas conforme os seguintes critérios: ser relato de experiência; estar na RAPS; estar na AB; ser uma intervenção psicossocial ou grupo operativo; e ter preferencialmente o psicólogo como autor. Como instrumento para coleta de dados utiliza-se uma planilha do Excel, detalhando-se os dados em análise geral das intervenções psicossociais, achados das intervenções, características dos GOs e recortes de experiência. Para análise e compreensão dos dados, utiliza-se a Análise Temática (AT) proposta por Braun e Clarke em Rosa em Mackedanz. Os resultados encontrados sobre os GOs analisados indicam diversidade de temáticas, público e frequência; variedade de articulações do GO com o SUS, e locais de ocorrência; achados referindo melhoria em aspectos sociais, de assistência à saúde, e de saúde mental e física; diversidade de profissionais coordenando o GO, estando o psicólogo presente na maioria dos grupos; diversas técnicas utilizadas; o método de avaliação do GO pautou-se na observação individual, observação do grupo e/ou na análise de dados médicos fora do grupo; os indicadores de avaliação foram a narrativa individual e a narrativa coletiva. Conclui-se que o grupo operativo constitui-se como uma potente ferramenta para o psicólogo na AB da RAPS, demonstrando potencial interprofissional e apresentando função terapêutica, diagnóstica, de educação em saúde e de capacitação profissional. Os locais de ocorrência dos GOs demonstram intervenções extramuros. Os métodos e indicadores de avaliação podem utilizar elementos para além de, respectivamente, observação e narrativa, podendo se utilizar de dados internos e externos ao grupo. Ademais, o GO constitui-se como uma etapa, não descartando a necessidade de diagnóstico do território e planejamento de trabalho, e complementa o atendimento psicológico individual. Ainda, sugere-se que a função do psicólogo nos GOs da AB compreende estimular a criação de vínculos e acolher as vulnerabilidades; contribuir para relações menos verticalizadas e mais democráticas; auxiliar os sujeitos em enfrentamentos coletivos diante de processos como adoecimento, relações sociais, gênero, pobreza, etc; trabalhar aspectos da saúde mental; e promover autonomia, reflexão e postura ativa do usuário do serviço de saúde. [resumo fornecido pelo autor]
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