Adequação da assistência pré-natal no estado do Rio Grande do Sul: estudo transversal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | eng por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UCS |
Texto Completo: | https://repositorio.ucs.br/11338/10761 |
Resumo: | O acompanhamento pré-natal (PN) é um período oportuno para que intervenções de saúde sejam realizadas. Além disso, o início precoce dele é essencial para a prevenção de desfechos negativos maternos-fetais, como de doenças sexualmente transmissíveis e de transmissão vertical, por exemplo. O Rio Grande do Sul (RS) é, historicamente, um dos estados com maior prevalência e incidência da infecção pelo HIV do Brasil. Ademais, nos últimos anos, tem figurado entre os estados com as mais elevadas taxas de detecção de sífilis e sífilis congênita do Brasil. Esses dados pressupõem uma inadequação no cuidado pré-natal. Neste sentido, é relevante obter-se dados sobre a adequação do PN e sobre o perfil das mulheres atendidas nas maternidades do Sistema Único de Saúde (SUS) e redes conveniadas no RS, a fim de avaliar a qualidade do pré-natal ofertado e aprimorar as políticas públicas de saúde voltadas às mulheres atendidas nesse contexto. Com isso, esta dissertação apresenta os resultados obtidos da avaliação da adequação da assistência PN no RS, utilizando dados obtidos a partir do Projeto Parturientes RS, uma pesquisa realizada de 2017 a 2019. Trata-se de um estudo transversal, com amostra probabilística de parturientes, de 66 maternidades do SUS e de redes conveniadas, das 19 coordenadorias regionais de saúde pertencentes às sete macrorregiões de saúde do estado do RS. Foram coletados dados secundários (do cartão pré-natal, do prontuário e dos laudos) de 13.432 parturientes, no período de 26/09/2017 a 21/10/2019. Os resultados mostram alta cobertura de PN (98,4%), porém, apenas 57,5% das parturientes iniciaram o PN até a 12ª de gestação e realizaram, no mínimo, 6 consultas. As variáveis idade, raça/etnia, nível de escolaridade, o tipo de parto e número de partos prévios e região de residência foram associadas com a adequação ao PN A análise multivariada mostrou que a cada aumento de 1 ano na idade da parturiente, ocorre um aumento de 4% na chance de adequação do PN. Parturientes da raça/etnia branca, com ensino superior e primíparas residentes na macrorregião dos Vales apresentam mais chances de PN adequado quando comparadas com parturientes não brancas, analfabetas e/ou com ensino fundamental incompleto, com 3 ou mais partos e que residam nas demais macrorregiões do RS. No momento do parto, 98,1% das parturientes realizaram ao menos um teste anti-HIV e 96,9%, um teste rápido para sífilis. A taxa de cesárea foi de 57,2%. Na população de parturientes residentes no RS, atendidas pelo sistema público de saúde a assistência PN alcançou cobertura praticamente universal e é mais do que adequada para pouco mais da metade da população. Parturientes brancas, com menor número de partos prévios e com maior nível de escolaridade, apresentam melhor adequação PN. O rastreamento para HIV e sífilis abrangeu quase a totalidade das gestantes e observou-se percentuais de parto cesáreo muito acima do preconizado pela OMS. Para obter-se uma análise mais detalhada da qualidade da assistência pré-natal no RS, é necessário considerar todos os aspectos da assistência pré-natal com indicadores sobre a estrutura, o processo (intervenções realizadas) e os resultados da gravidez.[resumo fornecido pelo autor] |
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Adami, Aline De GregoriIkeda, Maria Letícia RodriguesMadi, José MauroSouza, Vandrea Carla deGarcia, Rosa Maria Rahmi2022-08-04T12:34:47Z2022-08-04T12:34:47Z2022-07-302022-07-22https://repositorio.ucs.br/11338/10761O acompanhamento pré-natal (PN) é um período oportuno para que intervenções de saúde sejam realizadas. Além disso, o início precoce dele é essencial para a prevenção de desfechos negativos maternos-fetais, como de doenças sexualmente transmissíveis e de transmissão vertical, por exemplo. O Rio Grande do Sul (RS) é, historicamente, um dos estados com maior prevalência e incidência da infecção pelo HIV do Brasil. Ademais, nos últimos anos, tem figurado entre os estados com as mais elevadas taxas de detecção de sífilis e sífilis congênita do Brasil. Esses dados pressupõem uma inadequação no cuidado pré-natal. Neste sentido, é relevante obter-se dados sobre a adequação do PN e sobre o perfil das mulheres atendidas nas maternidades do Sistema Único de Saúde (SUS) e redes conveniadas no RS, a fim de avaliar a qualidade do pré-natal ofertado e aprimorar as políticas públicas de saúde voltadas às mulheres atendidas nesse contexto. Com isso, esta dissertação apresenta os resultados obtidos da avaliação da adequação da assistência PN no RS, utilizando dados obtidos a partir do Projeto Parturientes RS, uma pesquisa realizada de 2017 a 2019. Trata-se de um estudo transversal, com amostra probabilística de parturientes, de 66 maternidades do SUS e de redes conveniadas, das 19 coordenadorias regionais de saúde pertencentes às sete macrorregiões de saúde do estado do RS. Foram coletados dados secundários (do cartão pré-natal, do prontuário e dos laudos) de 13.432 parturientes, no período de 26/09/2017 a 21/10/2019. Os resultados mostram alta cobertura de PN (98,4%), porém, apenas 57,5% das parturientes iniciaram o PN até a 12ª de gestação e realizaram, no mínimo, 6 consultas. As variáveis idade, raça/etnia, nível de escolaridade, o tipo de parto e número de partos prévios e região de residência foram associadas com a adequação ao PN A análise multivariada mostrou que a cada aumento de 1 ano na idade da parturiente, ocorre um aumento de 4% na chance de adequação do PN. Parturientes da raça/etnia branca, com ensino superior e primíparas residentes na macrorregião dos Vales apresentam mais chances de PN adequado quando comparadas com parturientes não brancas, analfabetas e/ou com ensino fundamental incompleto, com 3 ou mais partos e que residam nas demais macrorregiões do RS. No momento do parto, 98,1% das parturientes realizaram ao menos um teste anti-HIV e 96,9%, um teste rápido para sífilis. A taxa de cesárea foi de 57,2%. Na população de parturientes residentes no RS, atendidas pelo sistema público de saúde a assistência PN alcançou cobertura praticamente universal e é mais do que adequada para pouco mais da metade da população. Parturientes brancas, com menor número de partos prévios e com maior nível de escolaridade, apresentam melhor adequação PN. O rastreamento para HIV e sífilis abrangeu quase a totalidade das gestantes e observou-se percentuais de parto cesáreo muito acima do preconizado pela OMS. Para obter-se uma análise mais detalhada da qualidade da assistência pré-natal no RS, é necessário considerar todos os aspectos da assistência pré-natal com indicadores sobre a estrutura, o processo (intervenções realizadas) e os resultados da gravidez.[resumo fornecido pelo autor]Prenatal care (PNC) presents the ideal timeframe for health interventions to be carried out. In addition, a prenatal care with early onset and intervention of risk situations is essential for prevention of negative maternal-fetal outcomes, such as of sexually transmitted diseases, for instance. The state of Rio Grande do Sul (RS) is historically one of the states with the highest rates of HIV infection in Brazil. Moreover, in recent years, it has figured among the states with the highest detection rates of syphilis and congenital syphilis in the country. These data suggest inadequacy in PNC. Therefore, it is important to obtain data regarding the adequacy of PNC, as well as, on the profile of women receiving care in maternity hospitals of the Unified Health System (SUS) and private associated facilities in RS to assess the quality of PNC offered to and to improve public health policies targeted at women receiving care in this setting. This dissertation presents the results obtained from the evaluation of the PNC adequacy in RS using survey data from "Projeto Parturientes RS", which was carried out from 2017 to 2019. This is a cross-sectional study, with a probabilistic sample of childbearing women, from 66 maternity hospitals of the SUS and private associated facilities, from the 19 Regional Health Coordinations, belonging to the seven health macro-regions of the state.Secondary data (from the prenatal cards, hospital records and medical reports) of 13,432 childbearing women were collected from September 26th,2017 to October 21st, 2019. The results showed high PNC coverage (98.4%), but only 57.5% of the participants initiated PNC until the 12th gestational week and attended at least 6 appointments. The variables age, race/ethnicity, educational level, mode of delivery, number of deliveries and region of residence were associated with PNC adequacy. The multivariate analysis showed that for each 1-year increase in the age of the childbearing woman, there was a 4% increase in the chance of having an adequate PNC. White women, with higher education and with fewer deliveries, residing in the macro-region of Valleys are more likely to have adequate PNC when compared to non-white women, illiterate and/or with incomplete elementary school, with 3 or more deliveries and who reside in the other macro-regions of RS. At Delivery, 98.% of the participants performed at least one anti-HIV test and 96.9% a rapid test for syphilis. The cesarean rate was 57.2%. In the population of parturients residing in RS, assisted by the SUS, PNC reached practically universal coverage, however is more than adequate for just over half of the population. White parturients, with a lower number of previous deliveries and with a higher education level present better PNC adequacy. Screening for HIV and syphilis covered almost all pregnant women and percentages of cesarean delivery were far above those recommended by the WHO. In order to obtain a more detailed analysis of the quality of prenatal care in RS, it is necessary to consider all aspects of prenatal care with indicators on the structure, process (interventions performed) and pregnancy outcomes. [resumo fornecido pelo autor]engporServiços de saúde à maternidade - Rio Grande do SulServiços de saúde para mulheres - Rio Grande do SulCuidado pré-natalDiagnóstico pré-natalSaúde pública - Rio Grande do SulMaternal health services - Rio Grande do Sul (Brazil)Women's health services - Rio Grande do Sul (Brazil)Prenatal carePrenatal diagnosisPublic health - Rio Grande do Sul (Brazil)Adequação da assistência pré-natal no estado do Rio Grande do Sul: estudo transversalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UCSinstname:Universidade de Caxias do Sul (UCS)instacron:UCSinfo:eu-repo/semantics/openAccessUniversidade de Caxias do Sulhttp://lattes.cnpq.br/1164448168643815GREGORI, A.Mestrado Acadêmico em Ciências da SaúdeCampus Universitário de Caxias do SulTEXTDissertação Aline De Gregori Adami.pdf.txtDissertação Aline De Gregori Adami.pdf.txtExtracted texttext/plain147579https://repositorio.ucs.br/xmlui/bitstream/11338/10761/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Aline%20De%20Gregori%20Adami.pdf.txte95ddd0354b47eec41da75fae2cace1aMD53THUMBNAILDissertação Aline De Gregori Adami.pdf.jpgDissertação Aline De Gregori Adami.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1177https://repositorio.ucs.br/xmlui/bitstream/11338/10761/4/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Aline%20De%20Gregori%20Adami.pdf.jpg261a3b112ed93d913326b26f436557a1MD54ORIGINALDissertação Aline De Gregori Adami.pdfDissertação Aline De Gregori Adami.pdfapplication/pdf2156176https://repositorio.ucs.br/xmlui/bitstream/11338/10761/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Aline%20De%20Gregori%20Adami.pdf146f30c1250df4fc7275e4fbff1408e8MD51Dissertação Aline De Gregori Adami.pdfDissertação Aline De Gregori Adami.pdfapplication/pdf290215https://repositorio.ucs.br/xmlui/bitstream/11338/10761/2/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Aline%20De%20Gregori%20Adami.pdf2485e222e3e46993c0c6f4b06bfb7aafMD5211338/107612022-10-18 17:43:50.364oai:repositorio.ucs.br:11338/10761Repositório de Publicaçõeshttp://repositorio.ucs.br/oai/requestopendoar:2022-10-18T17:43:50Repositório Institucional da UCS - Universidade de Caxias do Sul (UCS)false |
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