Processamento e desempenho mecânico de vitrocerâmicos obtidos a partir do basalto da Serra Gaúcha
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UCS |
Texto Completo: | https://repositorio.ucs.br/11338/4806 |
Resumo: | Uma das principais formações de rochas ígneas dos países ocidentais, denominada Formação Serra Geral (FSG), está localizada no sul do Brasil e se estende sobre parte significativa do território do Estado do Rio Grande do Sul, formando o Planalto Gaúcho. Essas rochas, como basaltos e dacitos, são utilizadas há séculos como pavimento, elemento estrutural em edificações, rochas ornamentais, entre outros. A possibilidade de fundir essas rochas e transformá-las em materiais vitrocerâmicos as tornam materiais tecnológicos de alto valor agregado, porém ainda não são fabricados no Brasil. Os basaltos podem ser fundidos em temperaturas próximas de 1200 °C e, se resfriados a uma taxa suficientemente alta, formam vidros. Tratamentos térmicos com controle de temperatura e tempo transformam os vidros em vitrocerâmicos com microestrutura definida, que irá influenciar diretamente as propriedades do produto final. Neste trabalho, foram avaliadas as propriedades mecânicas dos vitrocerâmios do basalto da FSG em função da microestrutura. A rocha basáltica, sem adição de agentes nucleantes foi fundida e resfriada bruscamente em moldes metálicos. Tratamentos térmicos foram conduzidos à temperatura de 1070 °C por 40 min, 6 h e 36 h. A caracterização microestrutural indicou que o tempo de tratamento térmico na temperatura de cristalização do vidro controla o índice de cristalinidade, IC, e o tamanho dos cristais do vitrocerâmico. Fases como magnetita (FeO.Fe2O3), labradorita (anortita sódica) ((Ca,Na)(Al,Si)4O8) e piroxênio (augita) ((Ca,Na)(Mg,Fe,Al,Ti)(Si,Al)2O6) foram identificadas por difração de raios x (DRX). Tanto a densidade aparente quanto a tenacidade à fratura do vitrocerâmico aumentaram e são linearmente dependentes do IC. O tratamento térmico de 36 h resultou no maior IC, 64%, na maior densidade aparente 2,90 g/cm³, e na maior KIC, 1,33 MPa.m1/2. Já para a dureza, o maior valor encontrado foi para o tratamento térmico de 6 h, 7,34 GPa. Assim, pode-se concluir que para tempos de tratamento térmico mais prolongados, tanto o IC quanto o tamanho dos cristais aumentaram e influenciaram diretamente na propagação das trincas através do material e, portanto, que a produção de vitrocerâmicos com microestrutura controlada a partir do basalto da serra gaúcha é tecnicamente viável. [resumo fornecido pelo autor] |
id |
UCS_6f1f9a284888b9812ee0d04e849e6318 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ucs.br:11338/4806 |
network_acronym_str |
UCS |
network_name_str |
Repositório Institucional da UCS |
repository_id_str |
|
spelling |
Titton, Ângelo PradellaMichels, Alexandre FassiniZorzi, Janete EuniceFarias, Maria Cristina MoreMantas, Pedro Manuel de QuintanilhaCruz, Robinson Carlos Dudley2019-07-10T19:19:58Z2019-07-10T19:19:58Z2019-07-102019-03-26https://repositorio.ucs.br/11338/4806Uma das principais formações de rochas ígneas dos países ocidentais, denominada Formação Serra Geral (FSG), está localizada no sul do Brasil e se estende sobre parte significativa do território do Estado do Rio Grande do Sul, formando o Planalto Gaúcho. Essas rochas, como basaltos e dacitos, são utilizadas há séculos como pavimento, elemento estrutural em edificações, rochas ornamentais, entre outros. A possibilidade de fundir essas rochas e transformá-las em materiais vitrocerâmicos as tornam materiais tecnológicos de alto valor agregado, porém ainda não são fabricados no Brasil. Os basaltos podem ser fundidos em temperaturas próximas de 1200 °C e, se resfriados a uma taxa suficientemente alta, formam vidros. Tratamentos térmicos com controle de temperatura e tempo transformam os vidros em vitrocerâmicos com microestrutura definida, que irá influenciar diretamente as propriedades do produto final. Neste trabalho, foram avaliadas as propriedades mecânicas dos vitrocerâmios do basalto da FSG em função da microestrutura. A rocha basáltica, sem adição de agentes nucleantes foi fundida e resfriada bruscamente em moldes metálicos. Tratamentos térmicos foram conduzidos à temperatura de 1070 °C por 40 min, 6 h e 36 h. A caracterização microestrutural indicou que o tempo de tratamento térmico na temperatura de cristalização do vidro controla o índice de cristalinidade, IC, e o tamanho dos cristais do vitrocerâmico. Fases como magnetita (FeO.Fe2O3), labradorita (anortita sódica) ((Ca,Na)(Al,Si)4O8) e piroxênio (augita) ((Ca,Na)(Mg,Fe,Al,Ti)(Si,Al)2O6) foram identificadas por difração de raios x (DRX). Tanto a densidade aparente quanto a tenacidade à fratura do vitrocerâmico aumentaram e são linearmente dependentes do IC. O tratamento térmico de 36 h resultou no maior IC, 64%, na maior densidade aparente 2,90 g/cm³, e na maior KIC, 1,33 MPa.m1/2. Já para a dureza, o maior valor encontrado foi para o tratamento térmico de 6 h, 7,34 GPa. Assim, pode-se concluir que para tempos de tratamento térmico mais prolongados, tanto o IC quanto o tamanho dos cristais aumentaram e influenciaram diretamente na propagação das trincas através do material e, portanto, que a produção de vitrocerâmicos com microestrutura controlada a partir do basalto da serra gaúcha é tecnicamente viável. [resumo fornecido pelo autor]One of the main formations of igneous rocks of the western countries, denominated Serra Geral Formation (FSG), is located in the south of Brazil and extends over a significant part of the territory of the State of Rio Grande do Sul, forming the Gaúcho Plateau. These rocks, like basalts and dacites, have been used for centuries as pavement, structural elements in buildings, ornamental rocks, among others. The possibility of melting these rocks and turning them into glass-ceramic materials makes them high-value technological materials, but they are not yet manufactured in Brazil. The basalts may be melted at temperatures close to 1200 °C and if cooled to a sufficiently high rate, form glasses. Heat treatments with temperature and time control transform the glasses into glass-ceramics with defined microstructures, which will directly influence the properties of the final product. In this work, the mechanical properties of the FSG basalt glass ceramics were evaluated as a function of the microstructure. The basaltic rock, without addition of nucleating agents was fused and quenched in metallic molds. Thermal treatments were conducted at 1070 °C for 40 min, 6 h and 36 h. The microstructural characterization indicated that the time of heat treatment at the crystallization temperature of the glass controls the crystallinity index and the size of the crystals of the glass ceramic. Phase like magnetite (FeO.Fe2O3), labradorite sodium anorthite) ((Ca,Na)(Al,Si)4O8) and pyroxene (augite) (Ca,Na)(Mg,Fe,Al,Ti),Al)2O6) were identified by XRD. Both the bulk density and KIC of the glass ceramic increased and were linearly dependent on the IC. The heat treatment of 36 h resulted in the highest CI, 64%, the highest apparent density 2.90 g/c hardness, the highest value was found for the heat treatment of 6 h, 7.34 GPa. Thus, it can be concluded that for longer treatment times, both CI and crystal size increased and influenced directly the propagation of cracks through the material and, therefore, the production of glass-ceramics with controlled microstructure from basalt of the Rio Grande do Sul is technically feasible. [resumo fornecido pelo autor]BasaltoVidro - Tratamento térmicoMicroestruturaBasaltGlass - Heat treatmentMicrostructureProcessamento e desempenho mecânico de vitrocerâmicos obtidos a partir do basalto da Serra Gaúchainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UCSinstname:Universidade de Caxias do Sul (UCS)instacron:UCSinfo:eu-repo/semantics/openAccessUniversidade de Caxias do Sulhttp://lattes.cnpq.br/9025819390692908TITTON, Â. P.Programa de Pós-Graduação em Engenharia MecânicaLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-8510https://repositorio.ucs.br/xmlui/bitstream/11338/4806/2/license.txt0bfdaf5679b458f1c173109e3e8d8e40MD52TEXTDissertacao Ângelo Pradella Titton.pdf.txtDissertacao Ângelo Pradella Titton.pdf.txtExtracted texttext/plain9432https://repositorio.ucs.br/xmlui/bitstream/11338/4806/3/Dissertacao%20%c3%82ngelo%20Pradella%20Titton.pdf.txtad942fb893cbc32bd880d547dbb5dc22MD53THUMBNAILDissertacao Ângelo Pradella Titton.pdf.jpgDissertacao Ângelo Pradella Titton.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1205https://repositorio.ucs.br/xmlui/bitstream/11338/4806/4/Dissertacao%20%c3%82ngelo%20Pradella%20Titton.pdf.jpge538ac96563b8770f5262915576edd82MD54ORIGINALDissertacao Ângelo Pradella Titton.pdfDissertacao Ângelo Pradella Titton.pdfapplication/pdf4058586https://repositorio.ucs.br/xmlui/bitstream/11338/4806/5/Dissertacao%20%c3%82ngelo%20Pradella%20Titton.pdfe762191005c73b0e4d812a9a4e6ecc49MD5511338/48062023-06-06 16:10:14.164oai:repositorio.ucs.br:11338/4806Repositório de Publicaçõeshttp://repositorio.ucs.br/oai/requestopendoar:2024-05-06T10:00:05.705235Repositório Institucional da UCS - Universidade de Caxias do Sul (UCS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Processamento e desempenho mecânico de vitrocerâmicos obtidos a partir do basalto da Serra Gaúcha |
title |
Processamento e desempenho mecânico de vitrocerâmicos obtidos a partir do basalto da Serra Gaúcha |
spellingShingle |
Processamento e desempenho mecânico de vitrocerâmicos obtidos a partir do basalto da Serra Gaúcha Titton, Ângelo Pradella Basalto Vidro - Tratamento térmico Microestrutura Basalt Glass - Heat treatment Microstructure |
title_short |
Processamento e desempenho mecânico de vitrocerâmicos obtidos a partir do basalto da Serra Gaúcha |
title_full |
Processamento e desempenho mecânico de vitrocerâmicos obtidos a partir do basalto da Serra Gaúcha |
title_fullStr |
Processamento e desempenho mecânico de vitrocerâmicos obtidos a partir do basalto da Serra Gaúcha |
title_full_unstemmed |
Processamento e desempenho mecânico de vitrocerâmicos obtidos a partir do basalto da Serra Gaúcha |
title_sort |
Processamento e desempenho mecânico de vitrocerâmicos obtidos a partir do basalto da Serra Gaúcha |
author |
Titton, Ângelo Pradella |
author_facet |
Titton, Ângelo Pradella |
author_role |
author |
dc.contributor.other.none.fl_str_mv |
Michels, Alexandre Fassini Zorzi, Janete Eunice Farias, Maria Cristina More Mantas, Pedro Manuel de Quintanilha |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Titton, Ângelo Pradella |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Cruz, Robinson Carlos Dudley |
contributor_str_mv |
Cruz, Robinson Carlos Dudley |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Basalto Vidro - Tratamento térmico Microestrutura |
topic |
Basalto Vidro - Tratamento térmico Microestrutura Basalt Glass - Heat treatment Microstructure |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Basalt Glass - Heat treatment Microstructure |
description |
Uma das principais formações de rochas ígneas dos países ocidentais, denominada Formação Serra Geral (FSG), está localizada no sul do Brasil e se estende sobre parte significativa do território do Estado do Rio Grande do Sul, formando o Planalto Gaúcho. Essas rochas, como basaltos e dacitos, são utilizadas há séculos como pavimento, elemento estrutural em edificações, rochas ornamentais, entre outros. A possibilidade de fundir essas rochas e transformá-las em materiais vitrocerâmicos as tornam materiais tecnológicos de alto valor agregado, porém ainda não são fabricados no Brasil. Os basaltos podem ser fundidos em temperaturas próximas de 1200 °C e, se resfriados a uma taxa suficientemente alta, formam vidros. Tratamentos térmicos com controle de temperatura e tempo transformam os vidros em vitrocerâmicos com microestrutura definida, que irá influenciar diretamente as propriedades do produto final. Neste trabalho, foram avaliadas as propriedades mecânicas dos vitrocerâmios do basalto da FSG em função da microestrutura. A rocha basáltica, sem adição de agentes nucleantes foi fundida e resfriada bruscamente em moldes metálicos. Tratamentos térmicos foram conduzidos à temperatura de 1070 °C por 40 min, 6 h e 36 h. A caracterização microestrutural indicou que o tempo de tratamento térmico na temperatura de cristalização do vidro controla o índice de cristalinidade, IC, e o tamanho dos cristais do vitrocerâmico. Fases como magnetita (FeO.Fe2O3), labradorita (anortita sódica) ((Ca,Na)(Al,Si)4O8) e piroxênio (augita) ((Ca,Na)(Mg,Fe,Al,Ti)(Si,Al)2O6) foram identificadas por difração de raios x (DRX). Tanto a densidade aparente quanto a tenacidade à fratura do vitrocerâmico aumentaram e são linearmente dependentes do IC. O tratamento térmico de 36 h resultou no maior IC, 64%, na maior densidade aparente 2,90 g/cm³, e na maior KIC, 1,33 MPa.m1/2. Já para a dureza, o maior valor encontrado foi para o tratamento térmico de 6 h, 7,34 GPa. Assim, pode-se concluir que para tempos de tratamento térmico mais prolongados, tanto o IC quanto o tamanho dos cristais aumentaram e influenciaram diretamente na propagação das trincas através do material e, portanto, que a produção de vitrocerâmicos com microestrutura controlada a partir do basalto da serra gaúcha é tecnicamente viável. [resumo fornecido pelo autor] |
publishDate |
2019 |
dc.date.submitted.none.fl_str_mv |
2019-03-26 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-07-10T19:19:58Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-07-10T19:19:58Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2019-07-10 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ucs.br/11338/4806 |
url |
https://repositorio.ucs.br/11338/4806 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UCS instname:Universidade de Caxias do Sul (UCS) instacron:UCS |
instname_str |
Universidade de Caxias do Sul (UCS) |
instacron_str |
UCS |
institution |
UCS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UCS |
collection |
Repositório Institucional da UCS |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ucs.br/xmlui/bitstream/11338/4806/2/license.txt https://repositorio.ucs.br/xmlui/bitstream/11338/4806/3/Dissertacao%20%c3%82ngelo%20Pradella%20Titton.pdf.txt https://repositorio.ucs.br/xmlui/bitstream/11338/4806/4/Dissertacao%20%c3%82ngelo%20Pradella%20Titton.pdf.jpg https://repositorio.ucs.br/xmlui/bitstream/11338/4806/5/Dissertacao%20%c3%82ngelo%20Pradella%20Titton.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
0bfdaf5679b458f1c173109e3e8d8e40 ad942fb893cbc32bd880d547dbb5dc22 e538ac96563b8770f5262915576edd82 e762191005c73b0e4d812a9a4e6ecc49 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UCS - Universidade de Caxias do Sul (UCS) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1813258424361680896 |