Avaliação da função mitocondrial, do estresse oxidativo e da expressão de sirtuínas em células HEK-293 tratadas com proantocianidinas de semente de uva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rigotti, Marina
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UCS
Texto Completo: https://repositorio.ucs.br/11338/4222
Resumo: A uva possui uma quantidade abundante de proantocianidinas, as quais se encontram localizadas principalmente em sua semente. Estudos têm demonstrado que as proantocianidinas da semente de uva atuam na diminuição do estresse oxidativo e da inflamação e, ainda, na modulação da disfunção mitocondrial. No entanto, não se sabe ao certo o mecanismo pelo qual as proantocianidinas promovem estes efeitos. Respostas ao estresse gerado pela mitocondria e a atividade dos complexos da cadeia transportadora de elétrons podem ser coordenados por uma família de proteínas chamada sirtuínas. Desta forma, as sirtuínas são um alvo terapêutico importante em doenças que possuem em sua fisiopatologia a disfunção mitocondrial, tais como o câncer, doenças neurodegenerativas (Parkinson e Alzheimer), aterosclerose e diabetes. Neste intuito, os produtos naturais emergem como uma estratégia para modular o estresse oxidativo e a disfunção mitocondrial. Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar a capacidade das proantocianidinas da semente de uva em modular os efeitos do H2O2 quanto ao estresse oxidativo, a função mitocondrial, a apoptose e a expressão da sirtuína 1 e da sirtuína 3 em células embrionárias de rim humano HEK-293. Para os testes, as células HEK-293 foram tratadas com diferentes concentrações de proantocianidinas (25, 50 e 100 µg/ml) por 30 minutos, seguida por um tratamento por 24 horas com o H2O2 (100µM), um conhecido indutor de dano oxidativo celular. Os resultados mostraram que o tratamento com proantocianidinas foi capaz de prevenir a morte celular e a ocorrência do dano oxidativo a lipídios e proteínas em células HEK-293. As proantocianidinas também evitaram a depleção da atividade da enzima antioxidante superóxido dismutase, causada pelo H2O2. A atividade da cadeia de transporte de elétrons mitocondrial (complexos I, III, IV), bem como a expressão da subunidade 7 do complexo I mitocondrial e os níveis de ATP, que haviam sido diminuídos pelo H2O2, foram preservados com o tratamento com proantocianidinas. Para o complexo II, as proantocianidinas diminuíram sua atividade, que havia sofrido um aumento com o tratamento com o H2O2. As proantocianidinas também preveniram a ocorrência de apoptose induzida pelo H2O2, via diminuição da expressão das proteínas PARP, p53 e BAX. A expressão das sirtuínas 1 e 3 também foi modulada com o tratamento com proantocianidinas, através do aumento da expressão da sirtuína 1 e diminuição da expressão da sirtuína 3. Estes dados demonstram que as proantocianidinas são moléculas capazes de reduzir o estresse oxidativo, a disfunção mitocondrial e a apoptose em células HEK-293. A modulação destes marcadores ocorreu em virtude do aumento da expressão da sirtuína 1 pelas proantocianidinas, demostrada pela primeira vezem nosso trabalho [resumo fornecido pelo autor].
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spelling Rigotti, MarinaPoser, Gilsane Lino vonPicada, JaquelineSchwambach, JoséliPaesi, Suelen OsmarinaSalvador, Mirian2019-01-28T14:45:58Z2019-01-28T14:45:58Z2018-12-202018-11-28https://repositorio.ucs.br/11338/4222A uva possui uma quantidade abundante de proantocianidinas, as quais se encontram localizadas principalmente em sua semente. Estudos têm demonstrado que as proantocianidinas da semente de uva atuam na diminuição do estresse oxidativo e da inflamação e, ainda, na modulação da disfunção mitocondrial. No entanto, não se sabe ao certo o mecanismo pelo qual as proantocianidinas promovem estes efeitos. Respostas ao estresse gerado pela mitocondria e a atividade dos complexos da cadeia transportadora de elétrons podem ser coordenados por uma família de proteínas chamada sirtuínas. Desta forma, as sirtuínas são um alvo terapêutico importante em doenças que possuem em sua fisiopatologia a disfunção mitocondrial, tais como o câncer, doenças neurodegenerativas (Parkinson e Alzheimer), aterosclerose e diabetes. Neste intuito, os produtos naturais emergem como uma estratégia para modular o estresse oxidativo e a disfunção mitocondrial. Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar a capacidade das proantocianidinas da semente de uva em modular os efeitos do H2O2 quanto ao estresse oxidativo, a função mitocondrial, a apoptose e a expressão da sirtuína 1 e da sirtuína 3 em células embrionárias de rim humano HEK-293. Para os testes, as células HEK-293 foram tratadas com diferentes concentrações de proantocianidinas (25, 50 e 100 µg/ml) por 30 minutos, seguida por um tratamento por 24 horas com o H2O2 (100µM), um conhecido indutor de dano oxidativo celular. Os resultados mostraram que o tratamento com proantocianidinas foi capaz de prevenir a morte celular e a ocorrência do dano oxidativo a lipídios e proteínas em células HEK-293. As proantocianidinas também evitaram a depleção da atividade da enzima antioxidante superóxido dismutase, causada pelo H2O2. A atividade da cadeia de transporte de elétrons mitocondrial (complexos I, III, IV), bem como a expressão da subunidade 7 do complexo I mitocondrial e os níveis de ATP, que haviam sido diminuídos pelo H2O2, foram preservados com o tratamento com proantocianidinas. Para o complexo II, as proantocianidinas diminuíram sua atividade, que havia sofrido um aumento com o tratamento com o H2O2. As proantocianidinas também preveniram a ocorrência de apoptose induzida pelo H2O2, via diminuição da expressão das proteínas PARP, p53 e BAX. A expressão das sirtuínas 1 e 3 também foi modulada com o tratamento com proantocianidinas, através do aumento da expressão da sirtuína 1 e diminuição da expressão da sirtuína 3. Estes dados demonstram que as proantocianidinas são moléculas capazes de reduzir o estresse oxidativo, a disfunção mitocondrial e a apoptose em células HEK-293. A modulação destes marcadores ocorreu em virtude do aumento da expressão da sirtuína 1 pelas proantocianidinas, demostrada pela primeira vezem nosso trabalho [resumo fornecido pelo autor].The grape has an abundant quantity of proanthocyanidins, which are located inside the seeds. Researches has shown proanthocyanidins of the grape seeds act by reducing the oxidative stress, inflammation and act in the modulation of the mitochondrial dysfunction as well. However, it is not known exactly how the proanthocyanidins mechanism foster these effects. Answers to the stress provided by the mitochondria and by the complex electron transport chain activity can be coordinated by a protein family called sirtuins. This way, sirtuins are an important therapeutic target in diseases, which has in their physiopathology, the mitochondrial disfunction, as cancer, neurodegenerative diseases (Parkinson e Alzheimer), atherosclerosis and diabetes. For this purpose, natural products emerge as a strategy to modulate the oxidative stress and the mitochondrial dysfunction. Thus, the study purpose was to evaluate the grape seed proanthocyanidins capacity to modulate the H2O2 effects in terms of oxidative stress, the mitochondrial function, the apoptosis and the sirtuin 1 and sirtuin 3 manifestation in the HEK-293 human kidney’s embryonic cells. In the tests, the HEK-293 cells were treated with different proanthocyanidins concentrations (25, 50 e 100 µg/ml) by 30 minutes, followed by a 24 hour H2O2 (100µM) treatment, known as an oxidative cellular damage inductor. Results reveal that the proanthocyanidins treatment was capable to prevent the cellular death and the oxidative damage occurrence to lipids and proteins into HEK-293 cells. The proanthocyanidins also avoided the depletion of the antioxidant enzyme superoxide dismutase activity, caused by the H2O2. The mitochondrial electron transport chain activity (complexes I, III and IV), as the expression of the 7-subunit of the mitochondrial I complex and the ATP levels, decreased by H2O2, were preserved with the proanthocyanidins treatment. To the complex II, proanthocyanidins reduced its activity, which had suffered an increase due the H2O2 treatment. Proanthocyanidins also avoided the apoptosis occurrence inducted by H2O2 by reducing the PARP, p53 e BAX proteins expression. Sirtuins 1 and 3 expression was also modulated with the proanthocyanidins treatment, through the enhancement of sirtuin 1 expression and the sirtuin 3 depletion. These data points appoint that proanthocyanidins are cells capable to reduce the oxidative stress, the mitochondrial dysfunction and the apoptosis in HEK-293 cells. These markers increase occurred due to the sirtuin 1 expression regulation made by the proanthocyanidins, attested for the first time in our wor [resumo fornecido pelo autor]Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPqProantocianidinasMitocôndriasEstresse oxidativoApoptoseSirtuínasProanthocyanidinsMitochondriaOxidative stressApoptosisSirtuinsAvaliação da função mitocondrial, do estresse oxidativo e da expressão de sirtuínas em células HEK-293 tratadas com proantocianidinas de semente de uvainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UCSinstname:Universidade de Caxias do Sul (UCS)instacron:UCSinfo:eu-repo/semantics/openAccessUniversidade de Caxias do Sulhttp://lattes.cnpq.br/7607236236378989RIGOTTI, M.ORIGINALDissertação Marina Rigotti.pdfDissertação Marina Rigotti.pdfapplication/pdf1351329https://repositorio.ucs.br/xmlui/bitstream/11338/4222/2/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Marina%20Rigotti.pdf7a7f7493614f6317f289db860ca64789MD52TEXTDissertação Marina Rigotti.pdf.txtDissertação Marina Rigotti.pdf.txtExtracted texttext/plain2399https://repositorio.ucs.br/xmlui/bitstream/11338/4222/3/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Marina%20Rigotti.pdf.txtb0e1f7b875c80ce416b545d81070f357MD53THUMBNAILDissertação Marina Rigotti.pdf.jpgDissertação Marina Rigotti.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1205https://repositorio.ucs.br/xmlui/bitstream/11338/4222/4/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Marina%20Rigotti.pdf.jpge538ac96563b8770f5262915576edd82MD5411338/42222021-01-25 13:48:23.433oai:repositorio.ucs.br:11338/4222Repositório de Publicaçõeshttp://repositorio.ucs.br/oai/requestopendoar:2024-05-06T10:03:13.295147Repositório Institucional da UCS - Universidade de Caxias do Sul (UCS)false
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