A pessoa idosa no contexto da pandemia da COVID-19: vulnerabilidades se enfrentam com direitos e políticas públicas sociais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UCS |
Texto Completo: | https://repositorio.ucs.br/11338/10941 |
Resumo: | O presente Trabalho de Conclusão de Curso trata do tema da pessoa idosa no contexto da pandemia de Covid-19, tomando como problema o estudo sobre a importância dos direitos e das políticas públicas sociais no enfrentamento das vulnerabilidades que acometem esse segmento. O objetivo é explanar e discutir a importância dos direitos e das políticas públicas no enfrentamento das vulnerabilidades vivenciadas pela população idosa, particularizando o contexto da pandemia da Covid-19. Os procedimentos metodológicos foram a revisão bibliográfica com o uso de materiais de referência, ancorados numa perspectiva crítica, além da pesquisa documental. Tratou-se o envelhecimento como um processo que envolve singularidades e determinações biopsicossociais. A partir das análises realizadas foi possível identificar que o contingente de pessoas idosas está crescendo, resultando no fenômeno mundial da longevidade, em face da queda da fecundidade e da taxa de mortalidade, bem como do aumento da expetativa média de vida. Evidenciou-se, também, que embora esse fenômeno seja uma conquista da humanidade, esse ciclo vital não é devidamente valorizado na sociedade capitalista, havendo uma tendência a tratar o envelhecimento como um ?problema?, sendo os idosos muitas vezes vistos como um encargo para a família, para o Estado e para a sociedade. Um processo que está carregado de estereótipos, que impede a construção de uma imagem positiva do idoso. No que concerne à Pandemia de Covid-19, problematizou-se que com a rápida e repentina disseminação do coronavírus no mundo e no Brasil, desdobrou-se um cenário trágico, que agudiza desigualdades sociais e potencializa vulnerabilidades já existentes, colocando a vida de muitos idosos na berlinda. Com a pandemia, houve um elevado número de mortes e a agutização da questão social, somando-se ao congelamento de gastos públicos e a precarização das políticas sociais e do trabalho. Um contexto social atravessado por situações de vulnerabilidade social, em que a pessoa idosa é fortemente atingida. Mesmo antes da pandemia, muitos idosos já viviam situações de vulnerabilidade sem a garantia de uma proteção social condizente com as suas necessidades e a pandemia escancara ainda mais essa fragilidade. Conclui-se que a vulnerabilidade, precisa ser concebida não como um evento individual, mas como um fenômeno social complexo, decorrente da desigualdade social e não de problemas particularizados. Embora o Brasil tenha sido signatário dos planos internacionais em prol do envelhecimento saudável, implementando direitos e políticas específicas para a pessoa idosa, a exemplo da Política Nacional do Idoso e o Estatuto do Idoso, convive-se com um contexto desmantelador e negador de direitos e de fragilização das políticas públicas sociais, derivado das regras de acumulação e do mercado que tem orientado a sociedade que vivemos. Uma lógica que faz o país viver o acirramento de suas contradições mais profundas, transitando na contramão da igualdade e universalidade, intensificando a questão social e as decorrentes vulnerabilidades. Assim, somando-se às transições demográficas e epidemiológicas, são múltiplos os desafios a enfrentar em relação à pessoa idosa, num país de profundas desigualdades e que é assolado por uma pandemia de grandes proporções. [resumo fornecido pelo autor] |
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A partir das análises realizadas foi possível identificar que o contingente de pessoas idosas está crescendo, resultando no fenômeno mundial da longevidade, em face da queda da fecundidade e da taxa de mortalidade, bem como do aumento da expetativa média de vida. Evidenciou-se, também, que embora esse fenômeno seja uma conquista da humanidade, esse ciclo vital não é devidamente valorizado na sociedade capitalista, havendo uma tendência a tratar o envelhecimento como um ?problema?, sendo os idosos muitas vezes vistos como um encargo para a família, para o Estado e para a sociedade. Um processo que está carregado de estereótipos, que impede a construção de uma imagem positiva do idoso. No que concerne à Pandemia de Covid-19, problematizou-se que com a rápida e repentina disseminação do coronavírus no mundo e no Brasil, desdobrou-se um cenário trágico, que agudiza desigualdades sociais e potencializa vulnerabilidades já existentes, colocando a vida de muitos idosos na berlinda. Com a pandemia, houve um elevado número de mortes e a agutização da questão social, somando-se ao congelamento de gastos públicos e a precarização das políticas sociais e do trabalho. Um contexto social atravessado por situações de vulnerabilidade social, em que a pessoa idosa é fortemente atingida. Mesmo antes da pandemia, muitos idosos já viviam situações de vulnerabilidade sem a garantia de uma proteção social condizente com as suas necessidades e a pandemia escancara ainda mais essa fragilidade. Conclui-se que a vulnerabilidade, precisa ser concebida não como um evento individual, mas como um fenômeno social complexo, decorrente da desigualdade social e não de problemas particularizados. Embora o Brasil tenha sido signatário dos planos internacionais em prol do envelhecimento saudável, implementando direitos e políticas específicas para a pessoa idosa, a exemplo da Política Nacional do Idoso e o Estatuto do Idoso, convive-se com um contexto desmantelador e negador de direitos e de fragilização das políticas públicas sociais, derivado das regras de acumulação e do mercado que tem orientado a sociedade que vivemos. Uma lógica que faz o país viver o acirramento de suas contradições mais profundas, transitando na contramão da igualdade e universalidade, intensificando a questão social e as decorrentes vulnerabilidades. Assim, somando-se às transições demográficas e epidemiológicas, são múltiplos os desafios a enfrentar em relação à pessoa idosa, num país de profundas desigualdades e que é assolado por uma pandemia de grandes proporções. 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