Prevalência de distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho em viticultores da Serra Gaúcha

• Autor(a) principal: Cavazzola, Lenise Baldin
• Data de Publicação: 2019
• Outros Autores: Mânica, Carolina Cristina
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UCS
• Texto Completo: https://repositorio.ucs.br/11338/5958
• topic: Lesões por esforços repetitivos; Trabalhadores; Saúde; Regiões vinícolas - Serra, Região (RS)

OBJETIVOS: Analisar a prevalência de distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho referidos pelos viticultores da Serra Gaúcha. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo transversal, realizado com viticultores com idade superior a 18 anos. A coleta de dados foi realizada entre abril e maio de 2019 nas dependências da Cooperativa Agroindustrial Pradense em Antônio Prado, na Serra Gaúcha. Os viticultores foram entrevistados, foram utilizadas as características sociodemográficas e ocupacionais, o Questionários Nórdico de Sintomas Osteomusculares e o 12-Item Short Form Health Survey. Os dados foram analisados pelo teste de Pearson, processados no programa SPSS 18.0, com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Foram entrevistados 124 viticultores com idade média de 50,07 anos (±14,23). Dentre os trabalhadores 60 (48,4%) eram do sexo feminino e 64 (51,6%) do sexo masculino. Quanto à escolaridade 79 (63,7%) tinham apenas o ensino fundamental incompleto, e 60 (48,4%) tinham renda mensal até dois salários mínimos. A prevalência total de dor referida pelos viticultores foi de 88,7% (n=110) durante a atividade laboral. Foi referida dor na região superior das costas e nos membros superiores por 95 (76,61%) viticultores, enquanto 88 (70,97%) referiram dor na região inferior das costas e 70 (56,45%) em membros inferiores nos últimos 12 meses. CONCLUSÕES: Concluiu-se que o trabalho na viticultura teve uma relação significativa com as variáveis demográficas e ocupacionais revelando maior frequência de dor osteomuscular nas regiões superior e inferior das costas e em membros superiores nos últimos 12 meses, relacionados aos menores escores físicos de qualidade de vida. Os achados mostram a importância da Fisioterapia na prevenção e na conscientização dos riscos ocupacionais afim de promover a saúde e qualidade de vida desta população.(sic)