Dinâmica do nitrogênio em solos alagados destinados ao cultivo de arroz irrigado/Ronaldir Knoblauch

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: knoblauch, Ronaldir
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UDESC
Texto Completo: http://sistemabu.udesc.br/pergamumweb/vinculos/000056/00005617.pdf
Resumo: Orientador: Paulo Roberto Ernani
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spelling Dinâmica do nitrogênio em solos alagados destinados ao cultivo de arroz irrigado/Ronaldir Knoblauch633.18Solos Teor de nitrogênioArrozAdubos e fertilizantesOrientador: Paulo Roberto ErnaniTese (doutorado)-Universidade do Estado de Santa Catarina, Centro de Ciências Agroveterinárias, Doutorado em Ciência do Solo, Lages, 2011Bibliografia: p. 94-108Disponível em formato AcrobatO nitrogênio (N) é o nutriente mais requerido pelo o arroz irrigado cultivado no sistema pré-germinado. A dinâmica do N no solo é bastante complexa, devido à multiplicidade de formas químicas e às reações e processos aos quais ele está sujeito, fazendo com que os índices de recuperação pelas plantas sejam, normalmente, muito baixos. No arroz irrigado, a água altera o equilíbrio do solo desencadeando várias reações físicas, químicas, eletroquímicas e biológicas que tornam a dinâmica do N bem mais complexa e a recuperação do N menor do que nas culturas de sequeiro. Visando avaliar o comportamento do N no solo, foram realizados cinco estudos incluindo experimentos de campo, casa-de-vegetação e laboratório. O de campo teve por objetivos monitorar a formação e a mobilidade do amônio e do nitrato no solo além da produtividade de grãos e da qualidade industrial e culinária do arroz decorrentes da aplicação de uréia, Entec 26 (produto comercial com inibidor de nitrificação) e cama de aves. O segundo estudo avaliou a formação e o movimento vertical do N mineral no solo alagado após a aplicação de uréia sobre uma lâmina de água de 4,0 cm, em colunas de PVC. No terceiro estudo monitorou a formação de N mineral no solo alagado e mensurou a recuperação pelas plantas após a aplicação de uréia e de cama de aves, em casa-de-vegetação. O quarto estudo visou quantificar a volatilização de amônia em solos alagados, influenciada pela forma de aplicação de uréia, em câmaras estáticas semi-abertas. No último estudo, avaliou-se a formação de ácidos orgânicos e a dinâmica do N mineral no solo alagado em função da época de incorporação da palha de arroz antecedendo o alagamento do solo. No experimento de campo, a aplicação dos fertilizantes nitrogenados químicos e da cama de aves com antecedência à semeadura proporcionaram altas concentrações de amônio no solo até aproximadamente 40 a 50 dias após a semeadura (DAS) que, após esse tempo, diminuíram para valores insignificantes. A uréia parcelada, embora tenha sido pouco detectada nas análises, proporcionou as maiores concentrações de N nas folhas. A maior produtividade de grãos (9,95 t ha-1) ocorreu no tratamento com uréia parcelada, na safra 2008/09 produzindo 29% a mais que a testemunha (sem N). Na safra 2009/10, houve pouca diferença na produtividade de grãos entre a maioria dos tratamentos que receberam adubação nitrogenada, atingindo, na média, 9,5% a mais que a testemunha, com exceção da uréia incorporada que produziu apenas 4% acima da testemunha. O N mineral não contaminou as águas de superfície e nem o lençol freático em nenhum dos tratamentos e pouco afetaram a qualidade industrial e culinária do arroz. A aplicação de uréia na lâmina de água proporcionou alta concentração de amônio na água de alagamento e na camada superficial do solo e ocasionou alta volatilização de amônia. Nos vasos sem plantas, a uréia incorporada ao solo resultou em alta concentração de amônio no solo atingindo 92 % do N aplicado no 6º dia enquanto a cama de aves atingiu apenas 15 % no 6º dia e depois aumentou lentamente até atingir 29 % aos 95 dias após o alagamento. A maior volatilização de amônia ocorreu quando a uréia foi aplicada sobre a lâmina de água e a menor quando ela foi incorporada ao solo alagado. A incorporação da palha do arroz no solo, com antecedência mínima de 30 dias ao alagamento, liberou o equivalente a 27 kg ha-1 de N-NH4+ a mais que a testemunha (sem palha), ao final de 90 dias de alagamento e evitou a formação de ácidos orgânicos. Por outro lado, a incorporação da palha imediatamente antes do alagamento, imobilizou em torno de 41 kg ha-1 de N-NH4+ e proporcionou a formação de ácido acético em níveis considerados tóxicos (7,2 mmol L-1) aos 15 dias após o alagamento. A uréia incorporada ao solo alagado libera rapidamente o N na forma de amônio atingindo altos teores do íon no solo nas primeiras semanas e, em função das perdas de N ao longo do tempo, não supre as plantas adequadamente nos períodos de maior demanda. A cama de aves também não supre o N nos períodos de maior demanda das plantas, além de liberar menos de 30 % de seu N. A uréia aplicada em cobertura disponibiliza o N nos períodos de maior demanda das plantas. Entretanto, a aplicação desta sobre a lâmina de água pode propiciar alta volatilização de amônia. A palha do arroz deve ser incorporada ao solo com antecedência mínima de 30 dias; do contrário, imobilizará N e liberará ácido acéticoExigências do sistema: Adobe Acrobat ReaderErnani, Paulo Roberto. OrientadorUniversidade do Estado de Santa Catarina.Doutorado em Manejo do Soloknoblauch, Ronaldir2011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttp://sistemabu.udesc.br/pergamumweb/vinculos/000056/00005617.pdfporpor engTexto em português com resumo em inglêsDisponível em PDF, versão on-linereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UDESCinstname:Universidade do Estado de Santa Catarinainstacron:UDESCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2019-07-20T19:38:44Zmail@mail.com -
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O nitrogênio (N) é o nutriente mais requerido pelo o arroz irrigado cultivado no sistema pré-germinado. A dinâmica do N no solo é bastante complexa, devido à multiplicidade de formas químicas e às reações e processos aos quais ele está sujeito, fazendo com que os índices de recuperação pelas plantas sejam, normalmente, muito baixos. No arroz irrigado, a água altera o equilíbrio do solo desencadeando várias reações físicas, químicas, eletroquímicas e biológicas que tornam a dinâmica do N bem mais complexa e a recuperação do N menor do que nas culturas de sequeiro. Visando avaliar o comportamento do N no solo, foram realizados cinco estudos incluindo experimentos de campo, casa-de-vegetação e laboratório. O de campo teve por objetivos monitorar a formação e a mobilidade do amônio e do nitrato no solo além da produtividade de grãos e da qualidade industrial e culinária do arroz decorrentes da aplicação de uréia, Entec 26 (produto comercial com inibidor de nitrificação) e cama de aves. O segundo estudo avaliou a formação e o movimento vertical do N mineral no solo alagado após a aplicação de uréia sobre uma lâmina de água de 4,0 cm, em colunas de PVC. No terceiro estudo monitorou a formação de N mineral no solo alagado e mensurou a recuperação pelas plantas após a aplicação de uréia e de cama de aves, em casa-de-vegetação. O quarto estudo visou quantificar a volatilização de amônia em solos alagados, influenciada pela forma de aplicação de uréia, em câmaras estáticas semi-abertas. No último estudo, avaliou-se a formação de ácidos orgânicos e a dinâmica do N mineral no solo alagado em função da época de incorporação da palha de arroz antecedendo o alagamento do solo. No experimento de campo, a aplicação dos fertilizantes nitrogenados químicos e da cama de aves com antecedência à semeadura proporcionaram altas concentrações de amônio no solo até aproximadamente 40 a 50 dias após a semeadura (DAS) que, após esse tempo, diminuíram para valores insignificantes. A uréia parcelada, embora tenha sido pouco detectada nas análises, proporcionou as maiores concentrações de N nas folhas. A maior produtividade de grãos (9,95 t ha-1) ocorreu no tratamento com uréia parcelada, na safra 2008/09 produzindo 29% a mais que a testemunha (sem N). Na safra 2009/10, houve pouca diferença na produtividade de grãos entre a maioria dos tratamentos que receberam adubação nitrogenada, atingindo, na média, 9,5% a mais que a testemunha, com exceção da uréia incorporada que produziu apenas 4% acima da testemunha. O N mineral não contaminou as águas de superfície e nem o lençol freático em nenhum dos tratamentos e pouco afetaram a qualidade industrial e culinária do arroz. A aplicação de uréia na lâmina de água proporcionou alta concentração de amônio na água de alagamento e na camada superficial do solo e ocasionou alta volatilização de amônia. Nos vasos sem plantas, a uréia incorporada ao solo resultou em alta concentração de amônio no solo atingindo 92 % do N aplicado no 6º dia enquanto a cama de aves atingiu apenas 15 % no 6º dia e depois aumentou lentamente até atingir 29 % aos 95 dias após o alagamento. A maior volatilização de amônia ocorreu quando a uréia foi aplicada sobre a lâmina de água e a menor quando ela foi incorporada ao solo alagado. A incorporação da palha do arroz no solo, com antecedência mínima de 30 dias ao alagamento, liberou o equivalente a 27 kg ha-1 de N-NH4+ a mais que a testemunha (sem palha), ao final de 90 dias de alagamento e evitou a formação de ácidos orgânicos. Por outro lado, a incorporação da palha imediatamente antes do alagamento, imobilizou em torno de 41 kg ha-1 de N-NH4+ e proporcionou a formação de ácido acético em níveis considerados tóxicos (7,2 mmol L-1) aos 15 dias após o alagamento. A uréia incorporada ao solo alagado libera rapidamente o N na forma de amônio atingindo altos teores do íon no solo nas primeiras semanas e, em função das perdas de N ao longo do tempo, não supre as plantas adequadamente nos períodos de maior demanda. A cama de aves também não supre o N nos períodos de maior demanda das plantas, além de liberar menos de 30 % de seu N. A uréia aplicada em cobertura disponibiliza o N nos períodos de maior demanda das plantas. Entretanto, a aplicação desta sobre a lâmina de água pode propiciar alta volatilização de amônia. A palha do arroz deve ser incorporada ao solo com antecedência mínima de 30 dias; do contrário, imobilizará N e liberará ácido acético
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