O corset como objeto-fetiche na Inglaterra Vitoriana e as crises de valores nas dinâmicas entre classe e gênero
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | ModaPalavra e-periódico |
Texto Completo: | https://www.revistas.udesc.br/index.php/modapalavra/article/view/15739 |
Resumo: | Este artigo busca explorar as relações entre o corset e o fetichismo no século XIX e começo do século XX. Apoiado pela perspectiva de Anne McClintock em Couro imperial - Raça, gênero e sexualidade no embate colonial sobre o fetiche e as dinâmicas entre classe e gênero, o protagonismo do corset na manutenção da ociosidade doméstica feminina vitoriana é analisado. A investigação sugere que a crise de valor produzida pelo conflito entre os espaços públicos e privados, pela relação entre a agência masculina e a estagnação feminina e a impossibilidade do gozo do ócio feminino são encarnadas no corset que se converte em objeto-fetiche. A recuperação dos escritos de Freud, o estudo das genealogias do fetiche e a retomada de sua origem etimológica amplia as perspectivas de significação para a relação do corset com o corpo feminino oitocentista, cuja silhueta, desenhada pela corseteria, demarcava calculadamente as possibilidades de seu papel social. |
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