A segregação socioespacial em Manaus-AM: o urbano para poucos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barros, Hellyzabeth da Silva
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
Texto Completo: https://ri.uea.edu.br/handle/riuea/4459
Resumo: The socio-spatial segregation is known to all, but not its true meaning. Common sense understands it only as a separation between classes, but this process goes much further than that. There is a relationship between socio-spatial segregation and the production of urban space in the city of Manaus/AM and it is from this that the research unfolds. Its main objective was to critically analyze how the socio-spatial segregation of the urban space in Manaus is expressed. Therefore, the works of Ana Fani Alessandri Carlos, Fabiana Ribeiro, Arlete Rodrigues, José Aldemir de Oliveira, Eduardo Braga, among others, were used to understand the production of urban space in Manaus and the socio-spatial segregation, in order to investigate the expressions of the socio-spatial segregation of Manaus in the most important moments of the urban history of the city. From the analysis of rubber periods, financial stagnation and the Manaus Free Trade Zone, it was understood that socio-spatial segregation is a process linked to the horizontal expansion of the city, which is always present in all the main moments of the production of urban space. The concentrated presence of State actions and strategies for only a small portion of manauara society resulted in the struggle for housing, which triggered, in the rubber period, the occupation of risky peripheral areas or banks of streams. In the period of economic stagnation, socio-spatial segregation reached its peak in the Floating City, which is the maximum representation of the urban housing problem in the capital of Amazonas. After the implementation of the Manaus Free Trade Zone, socio-spatial segregation expands along with demographic growth, since the population that arrives, aiming to work in the Industrial District, is faced with a city that was not prepared to receive it. The importance of this research is to contribute even more to the study of urban dynamics in the city of Manaus, being an initial work that will serve as a basis for future research. Keywords: Socio-Spatial Segregation; Urban Space Development; Urbanization.
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spelling A segregação socioespacial em Manaus-AM: o urbano para poucosSocio-spatial segregation in Manaus-AM: the urban for the fewSegregação SocioespacialProdução do Espaço UrbanoUrbanizaçãoSocio-spatial segregationUrban space developmentUrbanizationGeografiaUrbanizaçãoThe socio-spatial segregation is known to all, but not its true meaning. Common sense understands it only as a separation between classes, but this process goes much further than that. There is a relationship between socio-spatial segregation and the production of urban space in the city of Manaus/AM and it is from this that the research unfolds. Its main objective was to critically analyze how the socio-spatial segregation of the urban space in Manaus is expressed. Therefore, the works of Ana Fani Alessandri Carlos, Fabiana Ribeiro, Arlete Rodrigues, José Aldemir de Oliveira, Eduardo Braga, among others, were used to understand the production of urban space in Manaus and the socio-spatial segregation, in order to investigate the expressions of the socio-spatial segregation of Manaus in the most important moments of the urban history of the city. From the analysis of rubber periods, financial stagnation and the Manaus Free Trade Zone, it was understood that socio-spatial segregation is a process linked to the horizontal expansion of the city, which is always present in all the main moments of the production of urban space. The concentrated presence of State actions and strategies for only a small portion of manauara society resulted in the struggle for housing, which triggered, in the rubber period, the occupation of risky peripheral areas or banks of streams. In the period of economic stagnation, socio-spatial segregation reached its peak in the Floating City, which is the maximum representation of the urban housing problem in the capital of Amazonas. After the implementation of the Manaus Free Trade Zone, socio-spatial segregation expands along with demographic growth, since the population that arrives, aiming to work in the Industrial District, is faced with a city that was not prepared to receive it. The importance of this research is to contribute even more to the study of urban dynamics in the city of Manaus, being an initial work that will serve as a basis for future research. Keywords: Socio-Spatial Segregation; Urban Space Development; Urbanization.A segregação socioespacial é conhecida por todos, mas não o seu verdadeiro sentido. O senso comum a entende apenas como uma separação entre classes, mas esse processo vai muito além disso. Existe uma relação entre a segregação socioespacial e a produção do espaço urbano na cidade de Manaus/AM e é a partir disso que a pesquisa se desdobra. A pesquisa teve como objetivo central analisar de forma crítica como se expressa a segregação socioespacial do espaço urbano manauara. Por isso, utilizou-se, especialmente, as obras de Ana Fani Alessandri Carlos, Fabiana Ribeiro, Arlete Rodrigues, José Aldemir de Oliveira, Eduardo Braga dentre outros para compreender a produção do espaço urbano de Manaus e a segregação socioespacial, a fim de investigar as expressões da segregação socioespacial de Manaus nos momentos mais importantes da história urbana da cidade. A partir da análise dos períodos da borracha, de estagnação financeira e da Zona Franca de Manaus, compreendeu-se que a segregação socioespacial é um processo vinculado à expansão horizontal da cidade, sendo ela sempre presente em todos os principais momentos da produção desse espaço urbano. A presença concentrada de ações e estratégias do Estado apenas para uma pequena parcela da sociedade manauara resultou na luta por moradia, que desencadeou, no período da borracha, na ocupação de áreas periféricas de risco ou margens de igarapés. No período de estagnação econômica, a segregação socioespacial teve seu auge na Cidade Flutuante, que é a representação máxima do problema de moradia urbana da capital amazonense. Após a implantação da Zona Franca de Manaus, a segregação socioespacial se expande junto com o crescimento demográfico, pois, a massa populacional que chega, visando trabalhar no Distrito Industrial, se depara com uma cidade que não estava preparada para recebê-la. A importância dessa pesquisa está em contribuir ainda mais para o estudo das dinâmicas urbanas da cidade de Manaus, sendo um trabalho inicial que servirá de base para pesquisas futuras. Palavras-chave: Segregação Socioespacial; Produção do Espaço Urbano; Urbanização.Universidade do Estado do AmazonasBrasilUEACampos, Iolanda Aida de MedeirosBarros, Hellyzabeth da Silva2022-12-05T12:34:00Z2024-09-08T11:27:52Z2022-12-042022-12-05T12:34:00Z2022-05-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfBARROS, Hellyzabeth da Silva. A segregação socioespacial em Manaus-AM: o urbano para poucos. 2022. 72 f. TCC (Graduação em Geografia) - Universidade do Estado do Amazonas, Manaus.https://ri.uea.edu.br/handle/riuea/4459porALVAREZ, Isabel Pinto. A segregação como conteúdo da produção do espaço urbano. In: VASCONCELOS, Pedro de Almeida; CORRÊA, Roberto Lobato; PINTAUDI, Silvana Maria (orgs.). A cidade contemporânea: segregação espacial. Contexto, 1 ed., 2ª reimpressão. São Paulo, 2018 ALVES, Glória. Transformações e resistências nos centros urbanos. In: CARLOS, Ana Fani Alessandri (org.). Crise Urbana, 1. Ed. Contexto. São Paulo, 2018. ANDES, Pedro Marcos Mansour. Entre à Paris dos trópicos a à Miami brasileira: as imagens da cidade de Manaus durante a estagnação econômica. Escritas. Araguaína/TO: vol. 7, n. 2. p.230-252. 2016. ARAÚJO, Emanuelle Silva. Desenvolvimento urbano local: o caso da Zona Franca de Manaus. Urbe Revista Brasileira de Gestão Urbana. Curitiba/PR: v.1, n. 1, p. 33-42. 2009. BRAGA, Eduardo Henrique Freitas. A (re)produção da metrópole na Amazônia: Manaus, a cidade que atravessa o rio. Universidade Federal do Amazonas – Ufam. Dissertação (mestrado). Manaus, 2019. CARLOS, A prática espacial urbana como segregação e o “direito à cidade” como horizonte utópico. In: VASCONCELOS, Pedro de Almeida; CORRÊA, Roberto Lobato; PINTAUDI, Silvana Maria (orgs.). A cidade contemporânea: segregação espacial. Contexto, 1 ed., 2ª reimpressão. São Paulo, 2018. CARLOS, Ana Fani Alessandri. A (Re)produção do espaço urbano. EDUSP. São Paulo, 1994. CONDOMÍNIO Jardins das Américas - Ponta Negra, 750m2 área construída. Amazonas House. Disponível em: https://www.amazonashouse.com.br/p/38086090/venda-amazonas-manaus-condominio-jardim-das-americas-ponta-negra-750m-area. Acesso em: 16 de Mai. de 2022. HISTÓRICO: A história da Zona Franca de Manaus, em resumo. Governo Federal - Governo do Brasil, 14 de Novembro de 2020. Disponível em: https://www.gov.br/suframa/pt-br/zfm/o-que-e-o-projeto-zfm. Acesso em: 16 de Mai. de 2022. NEGRI, Silvio Moisés. Segregação sócio-espacial: alguns conceitos e análises. Coletâneas do nosso tempo. Rondonópolis/MT: v. VII, nº 8, p. 129-153. 2008. O JORNAL. As Casas Populares da Cohab-AM. 30 jul. 1968. In: DUARTE, Durango. Fatos e Datas Históricas. Instituto Durango Duarte. Disponível em: https://idd.org.br. Acesso em: 17 fev. 2021. OLIVEIRA, Beatriz; PROFIRO, Caio. A Manaus que (quase) ninguém quer enxergar. ((o))eco, 19 de Abril de 2022. Disponível em; https://oeco.org.br/reportagens/a-manaus-que-quase-ninguem-quer-enxergar/. Acesso em: 16 de Mai. de 2022. 70 OLIVEIRA, José Aldemir de. Manaus de 1920-1967: A cidade doce e dura em excesso. Editora Valer, Universidade Federal do Amazonas. Manaus, 2003. OLIVEIRA, José Aldemir; SCHOR, Tatiana. Manaus: transformações e permanências, do forte à metrópole regional. In: CASTRO, E. (Org.). Cidades na floresta. São Paulo: Anablume, 2009. p. 13-39. OPERAÇÃO retira barracos de invasão ao lado da Reserva Adolpho Ducke, em Manaus. G1 - O portal de notícias da Globo, 25 de Março de 2022. Disponível em: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2022/03/25/operacao-retira-barracos-de-invasao-ao-lado-da-reserva-adolpho-ducke-em-manaus.ghtml. Acesso em: 16 de Mai. de 2022. REINTEGRAÇÃO de posse na invasão Monte Horebe em manaus; FOTOS. G1 - O portal de notícias da Globo, 02 de Março de 2020. Disponível em; https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2020/03/02/reintegracao-de-posse-na-invasao-monte-horebe-em-manaus-fotos.ghtml. Acesso em: 16 de Mai. de 2022. RIBEIRO, Fabiana Valdoski. Produção contraditória do espaço urbano e resistências. In: CARLOS, Ana Fani Alessandri (org.). Crise Urbana, 1. Ed., 1. Reimpressão. Contexto. São Paulo, 2018. RODRIGUES, Arlete Moysés. In: VASCONCELOS, Pedro de Almeida; CORRÊA, Roberto Lobato; PINTAUDI, Silvana Maria (orgs.). A cidade contemporânea: segregação espacial. Contexto, 1 ed., 2ª reimpressão. São Paulo, 2018 SANTOS, Altair. Manaus tem maior conjunto do Minha Casa Minha Vida. Massa Cinzenta, 25 de Outubro de 2013. Disponível em: https://www.cimentoitambe.com.br/massa-cinzenta/manaus-tem-o-maior-conjunto-habitacional-do-minha-casa-minha-vida/. Acesso em: 16 de Mai. de 2022. SOUZA, Leno Barata. Cidade Flutuante: uma Manaus sobre as águas. Urbana. Campinas/SP: v.8, n.2 [13], p. 115-146. 2016 SOUZA, Lupuna Corrêa de. Espaço e tempo na cidade de Manaus: processo de verticalização 1970 a 2010. Manaus/AM: Universidade do Estado do Amazonas UFAM. Dissertação (mestrado). 2016. SOUZA, Roberto Fontes de. Economia e produção do espaço urbano precário: um olhar para o processo de urbanização da cidade de Manaus. XVII ENANPUR Anais[...]. São Paulo/SP. 2017. SPOSITO, E. Geografia e Filosofia. Contribuição para o ensino do pensamento geográfico. São Paulo: UNESP. 2004. SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão. Segregação socioespacial e centralidade urbana. In: VASCONCELOS, Pedro de Almeida; CORRÊA, Roberto Lobato; PINTAUDI, Silvana Maria (orgs.). A cidade contemporânea: segregação espacial. Contexto, 1 ed., 2ª reimpressão. São Paulo, 2018. 71 VELOSO, Tiago Veloso dos Santos. Metrópole e Região na Amazônia: Concepções do planejamento e da gestão metropolitana em Belém, Manaus e São Luís. Belém/PA: Universidade Federal do Pará UFPA. Tese (Doutorado). 2015. VOLOCJKO, Danilo. Nova reprodução das periferias urbanas e reprodução do cotidiano. In: CARLOS, Ana Fani Alessandri (org.). Crise Urbana. São Paulo/SP: 1. Ed. 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Disponível em: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2022/03/25/operacao-retira-barracos-de-invasao-ao-lado-da-reserva-adolpho-ducke-em-manaus.ghtml. Acesso em: 16 de Mai. de 2022. REINTEGRAÇÃO de posse na invasão Monte Horebe em manaus; FOTOS. G1 - O portal de notícias da Globo, 02 de Março de 2020. Disponível em; https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2020/03/02/reintegracao-de-posse-na-invasao-monte-horebe-em-manaus-fotos.ghtml. Acesso em: 16 de Mai. de 2022. RIBEIRO, Fabiana Valdoski. Produção contraditória do espaço urbano e resistências. In: CARLOS, Ana Fani Alessandri (org.). Crise Urbana, 1. Ed., 1. Reimpressão. Contexto. São Paulo, 2018. RODRIGUES, Arlete Moysés. In: VASCONCELOS, Pedro de Almeida; CORRÊA, Roberto Lobato; PINTAUDI, Silvana Maria (orgs.). A cidade contemporânea: segregação espacial. Contexto, 1 ed., 2ª reimpressão. São Paulo, 2018 SANTOS, Altair. Manaus tem maior conjunto do Minha Casa Minha Vida. Massa Cinzenta, 25 de Outubro de 2013. Disponível em: https://www.cimentoitambe.com.br/massa-cinzenta/manaus-tem-o-maior-conjunto-habitacional-do-minha-casa-minha-vida/. Acesso em: 16 de Mai. de 2022. SOUZA, Leno Barata. Cidade Flutuante: uma Manaus sobre as águas. Urbana. Campinas/SP: v.8, n.2 [13], p. 115-146. 2016 SOUZA, Lupuna Corrêa de. Espaço e tempo na cidade de Manaus: processo de verticalização 1970 a 2010. Manaus/AM: Universidade do Estado do Amazonas UFAM. Dissertação (mestrado). 2016. SOUZA, Roberto Fontes de. Economia e produção do espaço urbano precário: um olhar para o processo de urbanização da cidade de Manaus. XVII ENANPUR Anais[...]. São Paulo/SP. 2017. SPOSITO, E. Geografia e Filosofia. Contribuição para o ensino do pensamento geográfico. São Paulo: UNESP. 2004. SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão. Segregação socioespacial e centralidade urbana. In: VASCONCELOS, Pedro de Almeida; CORRÊA, Roberto Lobato; PINTAUDI, Silvana Maria (orgs.). A cidade contemporânea: segregação espacial. 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