Família na assistência ao doente de acidente vascular encefálico no domicílio

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Machado, Maria do Socorro Siqueira
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UECE
Texto Completo: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=66927
Resumo: Ao realizar o atendimento domiciliar às famílias com pacientes vitimas de AVE, percebe-se a ansiedade dos familiares no cuidado do enfermo, por desconhecer a patologia, suas causas e os cuidados ao doente crônico. Objetivou-se a partir desse estudo compreender a experiência de famílias cuidadoras e suas modalidades de cuidados em domicílio aos vitimados de AVE, descrevendo como os cuidadores se sentem no processo de cuidar, conhecendo como e onde eles encontram apoio, como ocorre a escolha e qual o grau de conhecimento dos mesmos. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, realizado junto à cuidadores de doentes de AVE no domicilio em um bairro de Fortaleza/CE, na área de abrangência do Centro de Saúde da Família Guiomar Arruda. A inclusão ocorreu a partir da constatação de que há um cuidador - direto e ou indireto. A exclusão foi realizada através da análise do empenho deste "cuidador". A amostra constituiu-se de cuidadores de sete famílias de doente com AVE com dependência parcial ou total e que estejam recebendo os cuidados em seus domicílios. Os dados foram coletados durante o mês de setembro por meio de entrevistas semi-estruturadas, após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos (CEP) da UECE. Como método de análise dos dados, foi utilizado a análise de conteúdo. Os cuidadores dividem-se em diretos e indiretos com idade entre 23 a 63 anos, são em sua maioria solteiros, cursou o nível médio de ensino, alguns referiram empobrecimento, após o agravo, por abandonarem os empregos para estabelecerem o cuidado domiciliar ao sequelado de AVE. Foram estabelecidas seis categorias temáticas. A primeira apresenta o sentimento onde foram encontrados solidão, dar a satisfação, sufocada, negação, aperreado, sobrecarregada, dever por gratidão, ansiedade, angústia e alguns referiram prazer. A segunda abordou as atitudes adotadas quando precisam de ajuda, muitos falaram não contar com ninguém quanto à orientação recebida sobre a doença, quando obtiveram foi através da internet ou das instituições hospitalares. A terceira foi o processo de escolha para ser o cuidador, a maioria cita consequência, outros a infra-estrutura da casa e a falta de opção e a pressão da família. A quarta traz o conhecimento a cerca da doença, onde ficou evidente o quanto a população desconhece o AVE. A quinta se refere aos cuidados aos pacientes, que foram suprir as necessidades humanas básicas e a terapêutica medicamentosa. E a sexta trouxe a capacitação para o cuidado no lar, na qual os cuidadores a negam. Concluímos a partir desse trabalho que existe a necessidade de maior assistência aos cuidadores, através de estratégias educativas e serviços de apoio, para o auxílio no cuidado, de forma a prevenir e promover a saúde do sequelado e do cuidador. É necessário que os profissionais conheçam e desenvolvam habilidades de comunicação não verbal para dar esse suporte ao cuidador.
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