Emergência de padrões silábicos no português brasileiro e seus reflexos no Inglês língua estrangeira

• Autor(a) principal: Nascimento, Katiene Rozy Santos do
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UECE
• Texto Completo: https://siduece.uece.br/siduece/trabalhoAcademicoPublico.jsf?id=111869
• topic: Modelo de exemplares; Padrões silábicos emergentes; Sistemas adaptativos complexos

<div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Esta pesquisa teve por objetivo investigar Padrões Silábicos Emergentes (PSE) no Português</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Brasileiro (PB) e averiguar quais os seus reflexos no desenvolvimento de padrões silábicos no</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Inglês Língua Estrangeira (ILE). Fundamentada na visão de língua enquanto Sistema</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Adaptativo Complexo (LARSEN-FREEMAN; CAMERON, 2008) e no Modelo de</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">Exemplares (PIERREHUMBERT, 2001), considerou-se a hipótese central de que PSE em</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">sílabas mediais no PB é um fenômeno emergente, que favorece o desenvolvimento de tipos</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">silábicos semelhantes no ILE. A pesquisa envolveu 24 informantes, divididos em dois grupos:</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">o grupo controle com 08 falantes monolíngues do PB, e o grupo experimental com 16</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">estudantes brasileiros de ILE. Foram desenvolvidos 06 experimentos, nomeados PB1, PB2,</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">PB3, ING1, ING2 e ING3. Os encontros consonantais heterossilábicos investigados no PB e</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">ILE foram _/kt/_, _/pt/_, _/ft/_ , _/dk/_, _/bd/_, _/bv/_, _/dv/_. Os contextos _CV.C_ _/ki.t/_,</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">_/pi.t/_, _/fi.t/_ , _/di.k/_, _/bi.d/_, _/bi.v/_, _/di.v/_ foram investigados apenas no PB. A</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">duração das vogais epentéticas e plenas foi observada numa análise gradiente. Os dados</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">apontaram 77% de PSE em encontros consonantais heterossilábicos e 28% em contextos</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">_CV.C_, considerando os experimentos PB1 e PB2. No ILE, o resultado foi 92% de PSE nos</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">experimento ING1 e ING2. Em geral, observou-se que a manifestação de PSE no PB e no ILE</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">é um fenômeno gradiente. Tipos silábicos desvozeados e sílabas postônicas favorecem os</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">PSE. Efeitos de frequência de tipo também foram observados. Diferentes níveis de PSE foram</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">associados a palavras específicas, comprovando a relevância da palavra como unidade de</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">representação fonológica. Quanto aos indivíduos, os resultados apontaram que o percurso</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">aquisição de PSE no PB e no ILE é peculiar a cada sujeito. O sexo dos informantes se</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">mostrou irrelevante na ocorrência de PSE no PB e no ILE. No tocante ao variável tempo de</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">exposição à língua alvo, não foram observadas diferenças significativas entre os grupos de</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">estudantes iniciantes e avançados. Os experimentos PB3 e ING3 apresentaram resultados</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">semelhantes aos experimentos anteriormente discutidos, apesar desses experimentos serem</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">mais próximos ao uso linguístico não-controlado. Estes resultados evidenciam que PSE em</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">sílabas mediais no PB é um fenômeno emergente, assim como o desenvolvimento do ILE por</span></font></div><div style=""><font face="Arial, Verdana"><span style="font-size: 13.3333px;">estudantes brasileiros refletem os padrões sonoros encontrados no PB.</span></font></div>