IDENTIDADES (DES)COLONIAIS NAS PRÁTICAS DE LETRAMENTOS DA POPULAÇÃO CAMPONESA
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Linguagem em Foco (Online) |
Texto Completo: | https://revistas.uece.br/index.php/linguagememfoco/article/view/1679 |
Resumo: | Este trabalho apresenta uma análise dos processos de construção de identidades dos moradores do campo a partir das práticas linguísticas educacionais, considerando os letramentos como uma interface entre linguagem e (des)colonialidade. Delimitamos para análise um corpus constituído por um trecho do Projeto Base do Projovem e um estudo etnográfico. Desenvolvemos uma pesquisa conduzida pelo programa de estudos linguísticos críticos de Fairclough (2001, 2003). Consideramos a atuação dialética dos três tipos de significados -acional, representacional e identificacional - os quais estão relacionados às dimensões constituintes do discurso - texto, prática social e prática discursiva (FAIRCLOUGH 2001,2003). Os dados indicam que os sentidos construídos para os sujeitos do campo fazem com que a identidade do camponês seja múltipla. Identificamos tanto a presença de identidades legitimadoras, através das práticas alienadoras, quanto as identidades de resistência, criadas pelos camponeses diante das contradições. Os processos de letramentos vivenciados nas práticas educacionais desenvolvidas no Projovem se materializaram tanto como representativas do modelo ideológico quanto do modelo autônomo. Assim, os letramentos têm contribuído com os processos de opressão e libertação, colonialidade e descolonialidade. Portanto, o Projovem não chega a construir um processo libertador semelhante ao que Freire(1981) postula, mas oferece as condições necessárias para que os sujeitos comecem a refletir sobre a realidade opressora em que estão inseridos. |
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