O POVO TAMBÉM GOVERNA: UM ESTUDO DE CASO DO DISCURSO DE TOMADA DE POSSE DO EX-PRESIDENTE BRASILEIRO, LUÍS INÁCIO LULA DA SILVA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Alfaia, Dayse
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Linguagem em Foco (Online)
Texto Completo: https://revistas.uece.br/index.php/linguagememfoco/article/view/1689
Resumo: O objetivo principal deste artigo é verificar/abordar alguns elementos linguístico-discursivos em alguns excertos do discurso de tomada de posse (doravante DTP) do ex-presidente brasileiro Luís Inácio Lula da Silva, no ano de 2003, mais conhecido como Lula. É preciso entendermos, a priori, que o Discurso Político é, em sua essência enunciativa, uma forma de argumentar (cf. ADAM 2011, p., 122) com o intuito de persuadir o interlocutor. Deve-se, ainda, perceber que há uma separação propriamente dita entre língua e discurso, como ressalta (SAUSSURE 2002, p. 95 in ADAM, 2011, p. 29). O discurso, na realidade, demonstra uma coesão entre dois conceitos “revestidos de forma linguística” (ADAM, 2011, p. 30). Entendermos como se aplica a formação discursiva, num DTP, por exemplo, consiste em descortinarmos o que está nas entrelinhas, ou simplesmente o que, de forma estratégica, o ex-presidente Lula, como enunciador político, procura elaborar, através da língua, alguma forma de persuadir o enunciatário a uma determinada ideia. Neste estudo de caso específico, abordar-se-á, portanto, algumas estratégias de persuasão ao nível da Língua e ao nível Discursivo, que nos darão a real noção de como um político constitui, em seu enunciado, alguns lexemas afetivos, a responsabilidade enunciativa (RE), a forma como a figura política constituirá o seu ethos, tendo em conta o pathos – já estudados na Retórica clássica – e, finalmente, determinados enunciados que serão revelados ao seu enunciatário como este tem o dever de governar, abstraindo do enunciador a responsabilidade Institucional do Estado. É, portanto, legítimo salientar que o enunciador político, através de uma forma implícita, revelar-nos-á que o povo também governa.
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