O CEARÁ TURÍSTICO: POLÍTICA DE REGIONALIZAÇÃO E GOVERNANÇA NOS DESTINOS INDUTORES
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Título da fonte: | GeoUECE |
Texto Completo: | https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/6969 |
Resumo: | O espaço geográfico cearense torna-se locus do turismo e de políticas públicas que incentivam o desenvolvimento da atividade. Parte-se da premissa que o turismo gera territorialidade de forma desigual no espaço geográfico cearense, é prática social e atividade socioeconômica que ocasiona transformações diversas nas regiões turísticas, é fenômeno socioeconômico que tem conteúdo material e simbólico, atividade recente com produção científica que leva à atualização de conceitos e que na regionalização do turismo a governança é proposta de democratização na gestão pública possibilitando a socialização da política. A tese trata da governança nos destinos indutores do desenvolvimento turístico regional do Ceará: Fortaleza, Aracati, Jijoca de Jericoacoara e Nova Olinda. Tem como objetivos estudar no processo de regionalização a governança nos destinos indutores, identificar o papel das políticas públicas de turismo e dos grupos gestores dos destinos indutores na construção de espaços de governança nos destinos indutores do desenvolvimento turístico regional. Conhecer os desafios que os grupos gestores enfrentam na efetivação da governança e identificar contribuições, dificuldades e conflitos da regionalização pela instância de governança local, os grupos gestores. Buscou-se realizar estudo crítico, encontrar as determinações e contradições inerentes ao fenômeno estudado, entendendo que a relação entre sujeito investigador e investigado se inicia na escolha do problema. Realizou-se revisão de literatura, pesquisa documental, entrevistas e aplicação de questionários. Os resultados da pesquisa revelaram que os grupos gestores mostram que é possível avançar na governança, se desarticulam em consequência de mudanças político-administrativas, que as dificuldades na efetivação da governança estão relacionadas ao pouco reconhecimento dos governos às instâncias de governança, que a estratégia de destino indutor regional não produziu os resultados pretendidos pela política. A efetivação da regionalização e da governança necessita de direcionamento e de realizações, e a estrutura de governança proposta implica compatibilizar a autonomia das instâncias de governança e legitimar politicamente esses sujeitos, definir instrumentos que dificultem a mudança de encaminhamento da organização da governança a cada eleição. Verificou-se a confirmação das hipóteses fundantes da tese: apesar de ainda existir muitas deficiências nos destinos indutores, os investimentos se concentram na implantação de infraestrutura, equipamentos e serviços voltados ao turismo ao passo que o incremento da governança é incipiente, e que para ocorrer o desenvolvimento regional são necessários planos e projetos regionais e não apenas nos destinos indutores. |
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