DEGRADAÇÃO, DESERTIFICAÇÃO E RECOMPOSIÇÃO AMBIENTAL NO SERIDÓ OCIDENTAL, ESTADO DA PARAÍBA
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Título da fonte: | GeoUECE |
Texto Completo: | https://revistas.uece.br/index.php/GeoUECE/article/view/6936 |
Resumo: | a conservação dos recursos naturais tem recebido especial atenção nas investigações acadêmicas e esferas de governo. nesse contexto, a degradação ambiental no domínio semiárido brasileiro está definida como processo de desertificação, o que tem ocasionado apreensão por parte de diversos grupos sociais. em busca do preenchimento de algumas lacunas, o presente trabalho buscou alternativas teórico-metodológicas para um melhor esclarecimento sobre as noções de degradação, desertificação e recomposição ambiental. com finalidade propositiva, optou-se por explicá-los a partir de sua distinção conceitual: degradação ambiental, necessariamente, enquanto fenômeno decorrente da produção do espaço geográfico; desertificação, necessariamente, enquanto processo climático espontâneo; e recomposição ambiental, necessariamente, enquanto retomada da produtividade biofísica e socioeconômica. a microrregião do seridó ocidental do estado da paraíba foi utilizada como estudo de caso entre os anos de 2012 e 2015. adotou-se como hipótese a assertiva de que, mesmo em condições de extrema degradação, é possível induzir a recomposição bioprodutiva do ambiente. o acompanhamento coincidiu com uma estiagem prolongada, a mais seca já registrada, em uma das zonas mais secas do país e em condições de extrema ablação dos solos. a metodologia reuniu a temática e o aporte teórico-metodológico, tendo como fundamento o conhecimento geográfico e o uso da análise ambiental integrada, munida com a aquisição de dados em unidades experimentais. de modo acessório, foram utilizadas técnicas de coleta de dados das geociências e tratamentos quantitativos dos dados primários. foi realizada a articulação entre: caracterização do meio físico; histórico da produção espacial geográfica, com ênfase no uso da terra; aquisição interpretação de dados secundários; elaboração do mapeamento temático; e a implantação, monitoramento e aquisição de dados primários de vegetação e precipitação. foram utilizados três tratamentos: x - testemunha, sem intervenção; y - contensão de sedimentos em curvas de nível, com adubação orgânica; e z - contensão de sedimentos em curvas de nível, com adubação orgânica e adubação fosfatada. comparou-se a dinâmica de áreas degradadas em recomposição, por meio de tratamento conclui-se que a temática: degradação/desertificação requer uma abordagem conceitual rigorosa e crítica, assim como a reversão do problema mostrou-se superável. os mecanismos de adaptação da caatinga e seus limites de tolerância permitem recolonização de espécies vegetais, predominantemente herbáceas, mas também de arbustivas e até de algumas arbóreas no estágio inicial da sucessão ecológica. é possível estimular a recomposição com a adoção de procedimentos tecnicamente simples, especialmente a contensão de sedimentos e incorporação de matéria orgânica. a noção de degradação ambiental é utilizada com diferentes etimologias, o que exige rigor na explicação de sua existência na realidade objetiva. |
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