DO OUTRO LADO DA AVENIDA RIVADAVIA: O ANTI-MUNDO
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | A Cor das Letras |
Texto Completo: | http://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletras/article/view/1417 |
Resumo: | A partir de pontuais relações entre história e literatura, as reflexões que se seguem giram em torno da construção mítica de Buenos Aires, da fronteira — sem linhas geográficas específicas, mas também com a indicação de fronteira com o Brasil — e do Sul, realizada por Jorge Luis Borges, toman- do símbolos, já recorrentes na literatura argentina, como o punhal, o gaúcho oriental, o duelo e o pampa e os torna universais. No caso específico dos duelos de gaúchos com armas brancas está presente o tema do duplo, tema importante para a literatura fantástica, promovendo a intersecção de planos literários diversos; a partir de uma leitura que toma esta estética como mi- mesis da representação, passa-se a observar a presença da mimesis da pro- dução, termo cunhado pelo crítico Luis Costa Lima para um tipo de mimesis que, ao invés de conjugar-se com a physis aproxima-se de uma antiphysis. A mimesis da representação está presente na fundação mítica de Buenos Aires, da fronteira e do Sul, nos contos que a concretizam e nos motivos borgeanos de tal fundação. A antiphysis, por sua vez, se pode notar em contos como “El inmortal”, “El evangelio según Marcos”, “Tlön, Uqbar, Orbis Tertius” e “El en- cuentro”. |
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DO OUTRO LADO DA AVENIDA RIVADAVIA: O ANTI-MUNDOA partir de pontuais relações entre história e literatura, as reflexões que se seguem giram em torno da construção mítica de Buenos Aires, da fronteira — sem linhas geográficas específicas, mas também com a indicação de fronteira com o Brasil — e do Sul, realizada por Jorge Luis Borges, toman- do símbolos, já recorrentes na literatura argentina, como o punhal, o gaúcho oriental, o duelo e o pampa e os torna universais. No caso específico dos duelos de gaúchos com armas brancas está presente o tema do duplo, tema importante para a literatura fantástica, promovendo a intersecção de planos literários diversos; a partir de uma leitura que toma esta estética como mi- mesis da representação, passa-se a observar a presença da mimesis da pro- dução, termo cunhado pelo crítico Luis Costa Lima para um tipo de mimesis que, ao invés de conjugar-se com a physis aproxima-se de uma antiphysis. A mimesis da representação está presente na fundação mítica de Buenos Aires, da fronteira e do Sul, nos contos que a concretizam e nos motivos borgeanos de tal fundação. A antiphysis, por sua vez, se pode notar em contos como “El inmortal”, “El evangelio según Marcos”, “Tlön, Uqbar, Orbis Tertius” e “El en- cuentro”.UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA2017-02-13info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletras/article/view/141710.13102/cl.v15i1.1417A Cor das Letras; v. 15 n. 1 (2014): Vertentes do insólito nas Literaturas das Américas; 53-742594-96751415-8973reponame:A Cor das Letrasinstname:Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)instacron:UEFSporhttp://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletras/article/view/1417/pdfCopyright (c) 2017 Universidade Estadual de Feira de Santanainfo:eu-repo/semantics/openAccessSiqueira Correia, Heloísa Helenade Souza, Valdir Aparecido2018-02-19T02:51:25Zoai:ojs3.uefs.br:article/1417Revistahttp://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletrasPUBhttp://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletras/oairevistacordasletras@uefs.br||revistacordasletras@uefs.br1415-89732594-9675opendoar:2018-02-19T02:51:25A Cor das Letras - Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)false |
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