ABC de Antônio Balduíno, um Bildungsroman do herói negro na narrativa brasileira
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | A Cor das Letras |
Texto Completo: | http://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletras/article/view/6230 |
Resumo: | Este artigo objetiva dar corpo à ideia de que o romance Jubiabá, de Jorge Amado pertence à filiação do Bildungsroman, sendo uma variação de sua matriz burguesa europeia, isso porque a história se aclimatou às necessidades do romance da década 30, dando voz aos proletários, erigindo um herói negro que representa todos os trabalhadores da classe baixa, promovendo a emancipação deste como sujeito na narrativa brasileira. Nela, vê-se um herói que passa por uma jornada em papeis diversos, onde vai de malandro a trabalhador, da infância no morro do Capa Negro à fase adulta com as greves e lutas coletivas vividas no cais do porto. Em sua itinerância, espaço-tempo de inúmeras aprendizagens, o protagonista, se encantou pelo cordel e sonhou com a possibilidade de um dia ser cantado como herói em um ABC. Nas reflexões aqui postas foi possível perceber ainda que no romance, Jorge Amado segue apresentando a Bahia, especificamente o entrelaçamento entre a sua cultura popular e a sua religiosidade, traz à luz a presença dos contadores de histórias, dos cordelistas, dos compositores de ABC, dos sambistas, das giras de Candomblé, do Pai de Santo Jubiabá, da mitologia dos Orixás, apresentando um grande painel de parte importante da cultura oral baiana. Para compor a imagem do seu herói, Jorge Amado se inspirou nessa confluência entre a tradição oral e a tradição romanesca do Bildungsroman e a apresentou no romance Jubiabá. |
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ABC de Antônio Balduíno, um Bildungsroman do herói negro na narrativa brasileiraEste artigo objetiva dar corpo à ideia de que o romance Jubiabá, de Jorge Amado pertence à filiação do Bildungsroman, sendo uma variação de sua matriz burguesa europeia, isso porque a história se aclimatou às necessidades do romance da década 30, dando voz aos proletários, erigindo um herói negro que representa todos os trabalhadores da classe baixa, promovendo a emancipação deste como sujeito na narrativa brasileira. Nela, vê-se um herói que passa por uma jornada em papeis diversos, onde vai de malandro a trabalhador, da infância no morro do Capa Negro à fase adulta com as greves e lutas coletivas vividas no cais do porto. Em sua itinerância, espaço-tempo de inúmeras aprendizagens, o protagonista, se encantou pelo cordel e sonhou com a possibilidade de um dia ser cantado como herói em um ABC. Nas reflexões aqui postas foi possível perceber ainda que no romance, Jorge Amado segue apresentando a Bahia, especificamente o entrelaçamento entre a sua cultura popular e a sua religiosidade, traz à luz a presença dos contadores de histórias, dos cordelistas, dos compositores de ABC, dos sambistas, das giras de Candomblé, do Pai de Santo Jubiabá, da mitologia dos Orixás, apresentando um grande painel de parte importante da cultura oral baiana. Para compor a imagem do seu herói, Jorge Amado se inspirou nessa confluência entre a tradição oral e a tradição romanesca do Bildungsroman e a apresentou no romance Jubiabá.UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA2022-05-07info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletras/article/view/623010.13102/cl.v22i3.6230A Cor das Letras; v. 23 n. 1 (2022): Estudos Literários; 42-522594-96751415-8973reponame:A Cor das Letrasinstname:Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)instacron:UEFSporhttp://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletras/article/view/6230/6855Copyright (c) 2022 Universidade Estadual de Feira de Santanahttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessCandido, Weslei Roberto Santos, Luciene Souza2022-12-31T21:15:30Zoai:ojs3.uefs.br:article/6230Revistahttp://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletrasPUBhttp://periodicos.uefs.br/index.php/acordasletras/oairevistacordasletras@uefs.br||revistacordasletras@uefs.br1415-89732594-9675opendoar:2022-12-31T21:15:30A Cor das Letras - Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS)false |
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